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domingo, janeiro 26, 2025

DJALMA BATISTA (1916-79)

 A postagem nos foi disponibilizada pelo amigo Ed Lincon, catador de notícias históricas expostas em jornais manauaras. Trata-se de uma singela recordação da morte do cientista Djalma Batista, que ocorreu em 1979. É obvio que muitas outras memórias sobre este ilustre homem de ciências já se encontram disponíveis. O texto foi extraído do matutino A Crítica (8 e 9 ago. 1999), cabendo
esclarecer que ao tempo este jornal não circulava na segunda-feira (9), por isso, a edição de domingo (8) serviu ao dia imediato.

 

Título da matéria

 Nascido em Tarauacá - Acre, em [20 fev.] 1916, Djalma Batista, importante cientista, completa nesta segunda-feira, 20 anos de sua morte [20 ago. 1979]. Menino ainda, ele veio para Manaus, onde terminou o curso secundário e, após o ter concluído, seguiu o rumo de retirante na direção de Salvador (BA) para formar-se em Medicina, na conceituada Faculdade da Bahia. Djalma voltou diplomado e cheio de sonhos. Aqui desempenhou importantes funções públicas, sobretudo na área da saúde pública e, sobretudo para a população mais carente. A grande maioria dos escritos sobre tuberculose no Amazonas tem a assinatura de Djalma Batista. Muitas vidas foram salvas em virtude do seu trabalho dedicado e incessante.

O cientista foi responsável também pelo desenvolvimento da cultura, sempre valorizando a região amazônica. De 1959 a 1968, ele presidiu o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), voltado, de forma obstinada, para as causas humanistas. É muito comum, cientistas brasileiros batizarem suas descobertas com o nome de Djalma Batista. Muitos brasileiros e, principalmente os amazonenses desconhecem o fato de que há um fóssil gastrópode denominado “euomphalus batistai”.

 

HUMANISTA

Qualquer pessoa que possa, de forma precipitada deparar-se com a obra de Djalma Batista pode ser levada a pensar apenas em sua relevante contribuição para as ciências biológicas. À primeira vista, é mesmo este o pensamento dominante. Mas os que pensam desta maneira enganam-se redondamente. É notório que ele tanto poderia ser encontrado entre pipetas e tubos de-ensaio quanto debruçado sobre originais de artigos que a revista Centro Médico Amazonense viria a publicar. Um lado altruísta de Djalma era também desconhecido. Era comum ele tirar dinheiro do próprio bolso para impedir que se parasse ou mesmo que se atrasasse uma ação pública que beneficiasse a população.

Mais conhecido livro 
de Djalma Batista

Escritor de vários livros - sua obra mais conhecida é “O Complexo da Amazônia”, que já se tornou um clássico sobre a região, Djalma tem uma fundação com seu nome que, preocupada, executa várias atividades para reverenciar sua memória, dentre elas, um ciclo de palestras sobre vários aspectos da personalidade e da vida profissional do cientista. Num país de memória curta é importante ressaltar o caráter e a qualidade dos seus melhores homens.

 

Manaus, domingo, 8 e segunda-feira, 9 de agosto de 1999

 

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