A postagem nos foi disponibilizada
pelo amigo Ed Lincon, catador de notícias históricas expostas em jornais
manauaras. Trata-se de uma singela recordação da morte do cientista Djalma
Batista, que ocorreu em 1979. É obvio que muitas outras memórias sobre este
ilustre homem de ciências já se encontram disponíveis. O texto foi extraído do
matutino A Crítica (8 e 9 ago. 1999), cabendo
esclarecer que ao tempo
este jornal não circulava na segunda-feira (9), por isso, a edição de domingo (8)
serviu ao dia imediato.
O
cientista foi responsável também pelo desenvolvimento da cultura, sempre valorizando
a região amazônica. De 1959 a 1968, ele presidiu o INPA (Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia), voltado, de forma obstinada, para as causas humanistas.
É muito comum, cientistas brasileiros batizarem suas descobertas com o nome de
Djalma Batista. Muitos brasileiros e, principalmente os amazonenses desconhecem
o fato de que há um fóssil gastrópode denominado “euomphalus batistai”.
HUMANISTA
Qualquer
pessoa que possa, de forma precipitada deparar-se com a obra de Djalma Batista
pode ser levada a pensar apenas em sua relevante contribuição para as ciências
biológicas. À primeira vista, é mesmo este o pensamento dominante. Mas os que
pensam desta maneira enganam-se redondamente. É notório que ele tanto poderia
ser encontrado entre pipetas e tubos de-ensaio quanto debruçado sobre originais
de artigos que a revista Centro Médico Amazonense viria a publicar. Um lado
altruísta de Djalma era também desconhecido. Era comum ele tirar dinheiro do
próprio bolso para impedir que se parasse ou mesmo que se atrasasse uma ação
pública que beneficiasse a população.
Mais conhecido livro de Djalma Batista |
Escritor de vários livros - sua obra mais conhecida é “O Complexo da Amazônia”, que já se tornou um clássico sobre a região, Djalma tem uma fundação com seu nome que, preocupada, executa várias atividades para reverenciar sua memória, dentre elas, um ciclo de palestras sobre vários aspectos da personalidade e da vida profissional do cientista. Num país de memória curta é importante ressaltar o caráter e a qualidade dos seus melhores homens.
Manaus,
domingo, 8 e segunda-feira, 9 de agosto de 1999
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