Submetida a Força Policial, foi essa
metamorfoseada em Guarda Cívica, sob o comando do capitão Arthur Martins da
Silva, alçado ao posto de "coronel". Os boletins internos dessa
organização, relíquia do arquivo da Polícia Militar, registram a abnegação dos
guardas em socorrer as forças federais, por ocasião do ataque ao Forte de
Óbidos, no mês de agosto. Com este objetivo, foram entregues 50 fuzis e 45 mil
cartuchos de guerra ao 27° BC, além de colocar à disposição 39 praças da capital
e as destacadas em Itacoatiara, sob o comando do tenente Francisco Pio de
Souza. A consequência do engajamento à rebeldia foi funesto, pois foram presos
juntamente com os insurretos pelas Forças do Destacamento do Norte, e, posteriormente,
processados na Auditoria Militar de Belém.
O Amazonas todo se beneficiou desse trauma
constitucional, após a sublevação seguiu-se a intervenção. A Força Policial foi
reabilitada, passando a ser comandada novamente por oficiais do Exército requisitados
pelo interventor Alfredo Sá, alguns no próprio 27° BC, os quais ajudaram a
refundir na Polícia Militar as vigas mestras do progresso castrense —
disciplina e hierarquia. Para concluir, reescrevo parte do discurso do orador
oficiai saudando na Câmara Municipal, no ano de 1962, a revolução cognominada
de Redentora.
O vereador Evandro Carreira orava "para que os campeadores de 23 de julho de 1924, redivivos, reacendam a chama sagrada do heroísmo nas gerações e advirtam com a anátema indefectível da História os que, porventura, tentem fazer dos bens comuns do povo propriedade particular".
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