O Forte do Rio Negro, construído em 1754, cuja
descrição na
obra Os Fortes da Amazônia, do falecido coronel EB Lauro Pastor, “permite
uma orientação histórica de como se desenvolveu o processo de ocupação portuguesa
na região.”Neste
trabalho, Pastor relacionou 11 fortificações construídas no Amazonas, e com
este compartilhamento segue minha homenagem ao saudoso mestre.
2. Forte do Rio Negro - 1754
O Forte do Rio Negro localizava-se na
margem direita do alto rio Negro, hoje sede do município de Barcelos, então
capital da Capitania de São José do Rio Negro, no estado do Grão-Pará. Foi
reduzida a Bateria em 1755.
Era composta de dois fortes de madeira artilhados
defendendo a aldeia de Mariuá, mais tarde Barcelos, a base da demarcação dos
tratados de Madri e Santo Ildefonso e capital da capitania de São José do Rio
Negro até ser a mesma, por volta de 1804, definitivamente transferida para
Manaus, depois de cerca de meio século de permanência em Barcelos.
Barcelos foi a primeira capital do Amazonas, fundada em 6 de maio de 1758. Essa fortaleza não tem sido citada e ora a registramos.
Síntese da história de Barcelos:
O município de Barcelos teve seu início na Aldeia
de Mariauá, construída pelo tuxaua Camandri da nação Manau e pelo frei carmelita
Mathias São Boaventura. Localizada à margem direita do rio Negro, em 1728 com o
nome da Missão de Nossa Senhora da Conceição de Mariauá, palavra indígena que
significa “Grande Braço”, porque mari corresponde a grande, iuá,
à braço, significa, se referindo ao rio Negro.
Neste mesmo ano chega à Aldeia de Mariuá, Belchior
Mendes e sua tropa que, junto com frei Mathias, constroem a capela de Santo
Elizeu do Mariuá. Ergueu-se de início, uma capela de palha que mais tarde foi
ampliada com a construção de um hospital e de um colégio, formando assim a
Missão de Nossa Senhora da Conceição de Mariuá.
A Aldeia foi elevada à categoria de Vila em 6 de
maio de 1758, com o nome de Barcelos, tendo sido seu primeiro governador o coronel
de infantaria Joaquim de Melo e Póvoas. No ano de 1791, o governador Manoel da
Gama Lobo D’Almada mudou a sede da capitania para o lugar da Barra do Rio Negro
(hoje Manaus), por ser esta vila melhor localizada geograficamente. Em 1799, a
sede da capitania retornou a Barcelos, porém, em 1806, foi transferida
definitivamente para o Lugar da Barra. Em 1816, a mando do governador capitão
de mar-e-guerra José Joaquim Vitório da Costa, foram demolidos todos os edifícios
existentes em Barcelos, não restando nenhum prédio para contar esta história.
Nessa ação foi destruída a igreja onde foi sepultado o brigadeiro de infantaria
de Marinha Manuel da Gama Lobo D’Almada, governador que antecedeu a Vitório da
Costa.
Barcelos veio a receber novamente
foros de cidade por meio do decreto-lei estadual 58, de 31 de março de 1938, e
foi designada como Área de Segurança Nacional pela lei federal 5.449, de 4 de
junho de 1968.
Na ausência de imagem da fortaleza, exponho a foto do governador Areosa, em 13.nov.1969, inaugurando o Mercado Público. Na ocasião, inspecionou a construção da Usina de Energia Elétrica |
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