CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

domingo, outubro 20, 2024

DIA DO POETA

 Ao pesquisar subsídios para diferentes estudos nos jornais de Manaus, frequentemente me deparei com poesias ali publicadas. Era evidente a presença dos autores dessa vasta produção – os poetas. Encontrei obras de diversos níveis, desde poetas já renomados até aqueles que ainda se tornariam conhecidos, além de uma infinidade de ilustres anônimos. No mês passado, concentrei meus esforços em organizar o material coletado, com a intenção de talvez publicá-lo; no entanto, como não tenho habilidades métricas, estou em busca de uma parceria para a finalização do projeto.

Outro detalhe marcante foi a reprodução da arte poética em todos os periódicos, sejam estudantis ou gremistas ou comerciais. Enfim, a ampliação de colaboradores verificava-se em dia festivo, sendo o Dia das Mães o de maior prestígio.

Para saudar este Dia do Poeta, exponho dois poemas: o primeiro, recolhido na pesquisa, do saudoso mestre Guimarães de Paula, publicado em A Gazeta, (26 out. 1951), há quase 73 anos; coincidência, a idade de Renato Mendonça, autor do segundo poema, ilustre coparticipante deste espaço.

Recorte do periódico citado

SONETO DA FLOR

Quanta paz e delicadeza de cor...

São as mãos benditas da natureza,

Usando as tintas do Criador!

Refletindo-nos tão pura beleza. 

            Seriam as azaleias e a rosas,

            Dignas representantes do mundo da flor?

            Não só estas, mas tantas, formosas,

            Que a Natureza nos abona, com amor. 

E, para fazer jus à imagem do belo,

Diria que, apenas estas duas flores,

Revigoram os sentimentos meus. 

            Não há pintor a imitar um fulgor singelo,

            Nem nos faça esquecer todas as dores.

            Apenas um é capaz de nos prover: Deus! 

                                                           Renato Mendonça

 

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