Em 1972, às vésperas de comemorar o centenário, a Polícia Militar do Amazonas foi surpreendia por uma publicação do saudoso mestre Mário Ypiranga, que expandia a idade desta corporação. Cuja criação ocorreu em 4 de abril de 1837, e segue sendo respeitada. Assim, o centenário desapareceu, passando-se a aguardar o sesquicentenário.
Esta data ocorreu no comando do coronel PM Pedro Lustosa (1987-89), por coincidência, foi este oficial que, quando da publicação do mestre Ypiranga, servindo na Casa Militar, estimulou ao governador João Walter a adoção da mencionada efeméride. Todavia, coronel Lustosa não foi capaz de realizar uma respeitável festa, limitando-se a reunir a imprensa, para assistir um culto ecumênico, e, ao lado do governador Amazonino Mendes, na praça da Polícia inaugurar uma placa comemorativa mequetrefe, sem brilho, ressaltando apenas os caciques da Segurança.
Quando da remodelação da praça e do antigo quartel da Polícia, a placa foi transferida para uma parede do Palacete Provincial, assim pois, segue abandonada pela corporação.
SOLENIDADE
DOS 150 ANOS DA
POLÍCIA
MILITAR DO AMAZONAS
A Policia Militar do Amazonas terá,
no prazo de oito meses, o seu destacamento de Cavalaria. A decisão foi
anunciada ontem de manhã, pelo governador do Estado Amazonino Mendes e pelo
comandante coronel Pedro Lustosa, durante as festividades do sesquicentenário
da PM. Logo pela manhã, o comando da Policia Militar recebeu o governador Amazonino
Mendes, o comandante da 12ª Região Militar, coronel Garrone, a Imprensa e outros
convidados para um breakfast que foi servido em um dos salões do quartel
do Comando-Geral.
Durante o café, Amazonino Mendes
e o coronel Lustosa conversaram com os jornalistas, anunciando a ideia de
formar um destacamento de cavalaria, “que é um tipo de policiamento já
consagrado no mundo todo e que já foi usado pela PM desde os tempos de Canudos,
em 1897”, disse o comandante.
ORDEM DO DIA
O restante da solenidade teve
continuidade na praça Heliodoro Balbi, a conhecida praça da Policia, onde foi
realizado um ato litúrgico com a participação de três segmentos diferentes de
religiões: católica, hebraica e batista. Em seguida foi realizada a solenidade
de incorporação da Bandeira Nacional e apresentação da tropa ao governador Amazonino
Mendes.
Na leitura da Ordem do Dia,
pelos 150 anos da PM, o coronel Lustosa disse que o acontecimento cívico-histórico
de 4 de abril, marcava uma maior aproximação da polícia com o povo da terra. “A
Polícia Militar - disse o coronel - tradicional vanguarda dos anseios sociais,
pode assegurar orgulhosamente que não dormiu sobre os louros conquistados no
passado”. De acordo com a Ordem do Dia, a evolução exige que a Polícia Militar
do Amazonas caminhe junto à comunidade, “porque ao lado dela é o nosso lugar,
para ela é dedicada nossa árdua, mas habilitante missão, a ela pertence o nosso
sacerdócio”. Para tanto -- continua — necessário se torna que cada um de nós,
milicianos amazonenses, resista às tentações enganosas, em benefício do
prestigio de nossa profissão, em nome de uma tradição de 150 anos de serviço
honrado e sem manchas”.
PLACA DE 150
ANOS
Durante a solenidade militar,
foi descerrada, também, pelo governador Amazonino Mendes, uma placa de bronze,
comemorativa aos 150 anos da Polícia Militar do Amazonas, afixada na praça, à
frente do quartel do Comando-Geral. Ao fim da cerimônia, o comando ofereceu um
coquetel aos presentes, quando o cel. Lustosa voltou a conversar com a
imprensa. Ele considera que não existe qualquer desgaste na imagem da PM
perante a comunidade: Pelo que me consta se disse o comandante -- não existe
tanto desgaste assim. O que tem que haver é conscientização de cada um para se
criar uma mentalidade profissional para exercer o sacerdócio sobre o qual acabamos
de falar (referindo-se à Ordem do Dia).
Sobre a formação da cavalaria,
segundo o coronel, será feita no máximo em 8 meses, uma vez que para formar um
cavaleiro são necessários 4 meses. “E depois vem ainda o tempo para adestrar o
animal e fazer as instalações. E isso é um elenco muito grande de pessoal e
material”, lembrou o comandante. Sobre o pessoal de treinamento, o comandante Lustosa
informou que os seus oficiais são formados na Academia onde recebem, também,
instruções de cavalariano. “Nós temos oficiais com aptidões cavalarianas”.
Sobre a aquisição de animais, o cel. Lustosa disse que a PM poderá buscar fora,
talvez Minas Gerais, ou usar animais criados aqui mesmo.
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