No livro Igreja sobre o rio (2012), frei Antonino de Perugia analisa para seus superiores na Itália, a perspectiva de crescimento da Ordem dos capuchinhos umbros no Amazonas, em carta escrita em 1954. Lamentavelmente, não creio que essas ideias tenham prosperado.

Detalhe da capa. Livro escrito por Mario Tosti,
utilizando missivas dos frades no Amazonas
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| Detalhe da capa. Livro escrito por Mario Tosti, utilizando missivas dos frades no Amazonas |
A sua
análise era sustentada por algumas observações: em primeiro lugar, era
possível, segundo ele: “abrir um belo convento ao lado do santuário de Nossa Senhora
de Fátima, em construção, mas já próximo à conclusão. Na vizinha e florescente
cidadezinha de Itacoatiara, grande paróquia com o pároco brasileiro [cônego
Alcides Peixoto] e o velho cura cego [monsenhor Pereira, português], o senhor
arcebispo [dom Alberto Ramos] nos pediu para assumir a assistência espiritual.
E a população ficaria contentíssima. Também ali se poderia construir
imediatamente um convento e se faria tanto bem!
O
senhor arcebispo depois – continua – ofereceu-nos outra cidadezinha em formação
e muito promissora, em cujas proximidades encontra-se o importantíssimo centro
agrícola e industrial do senhor Agesilau Gonçalves de Araújo, nosso grande
amigo e benfeitor.
A
filha, que é religiosa franciscana missionária de Maria, nos pede para
assumirmos imediatamente ao menos o cuidado espiritual da propriedade paterna,
que conta com milhares de trabalhadores: agricultores e operários. Isto, para
não falar em noutras localidades aptas à abertura dos nossos conventos e residências.
Disto
se vê que a nossa neocustódia tem diante de si as melhores perspectivas de
crescimento e poderia ser na verdade digna do seu nome. E não faltariam nem
mesmo as vocações à Ordem, porque no sul do Estado a maioria dos habitantes são
nordestinos, e os próprios caboclos são já todos civilizados”.
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