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| Sepultura de Aria Ramos | 
1.       Em 17
de fevereiro de 1915, em uma festa de carnaval no Ideal Clube, então localizado
no cruzamento da avenida Eduardo Ribeiro com a rua Henrique Martins, foi morta
a violinista Aria Ramos, participante do conjunto musical. O desastre causou uma
comoção na cidade. Sobre seu túmulo (SP 3869 – Quadra 05) no cemitério São João existe este poema de autoria de Th. Vaz:
Diante
de sua graça, 
que a doce alegria de viver tornava ainda mais radiosa, 
em face do gênio que no esplendor 
de sua mocidade alvorecia, 
a própria morte estacou maravilhada, 
e, em vez de a prostrar com a arma sinistra e brutal, 
que traz ao ombro, a tocou de leve, 
sutilmente, com um beijo fulminador... 
2.   
Dois dias antes, em 15 de
fevereiro, havia falecido o Dr. Simplício Coelho de Rezende, ilustre piauiense,
que, entre outros merecimentos, possui o de ter sido o primeiro diretor da centenária
Faculdade de Direito do Amazonas. A lápide de seu túmulo (SP 614 – Quadra 05) guarda esta inscrição em latim:
Hic jacet doctor Simplicio Coelho de Rezende jurisconsultus brasiliensis.
1841-1915 
3.   
Em março de 1983, o Jornal Cultura, órgão da Superintendência
Cultural do Amazonas, publicou do acadêmico padre Raimundo Nonato Pinheiro (1922-1994),
que refletia sobre sua (dele) morte, este poema:
Estranho Pensamento
Padre Nonato Pinheiro 
Estranho pensamento me assedia: 
de saber em que sítio, em que floresta, 
vive a árvore que, na extrema sesta, 
ao meu corpo o caixão dará um dia! 
E me assaltou atroz melancolia: 
sentindo a imolação da árvore honesta, 
abandonando os pássaros em festa 
para levar meu corpo à cova fria... 
Se Deus, que é poderoso e onisciente, 
me indicasse o local, com exatidão, 
onde se encontra a árvore silente 
que a madeira dará pra meu caixão, 
partiria pra selva incontinenti, 
para beijar-lhe o tronco com emoção!...
 
 
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