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Coronel Assis Peixoto |
A nomeação
de comandante da Polícia Militar do Amazonas é de competência do governador do
Estado, salvo no período do Governo Militar, quando somente oficiais do
Exército assumiram o cargo.
O governador
Gilberto Mestrinho, em seu primeiro governo (1959-63), nomeou para aquela
função ao Dr. Francisco de Assis Albuquerque Peixoto, advogado militante do
Foro local. A nomeação, segundo comentam as escadas do antigo Quartel da Praça
da Polícia, foi motivada pela amizade e pela “velha” espada guardada pelo certificado
pelo NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais do Exército) Assis Peixoto. Como a conclusão
do curso ocorrera em 1944, à época da investidura na função de coronel
comandante, Assis Peixoto estava próximo de festejar vinte anos de oficial R/2.
Quando comandante,
em 18 de setembro de 1961, o coronel Assis Peixoto foi demitido “a pedido” pelo
governador interino, Josué Claudio de Souza, presidente da Assembleia
Legislativa. Sobre essa decisão, somente há referência em Boletim Interno, nada
em Diário Oficial, como seja a indicação do respectivo decreto. Estranho, no
mínimo.
Quatro dias
depois, retornando o governador titular, o ex-comandante voltou ao posto e ao
cargo. Com um detalhe, a nomeação era contada a partir de 19 de setembro, ou
seja, a contar do dia imediato da exoneração. Como se vê, briga de políticos,
cuja versão escutei um dia, porém, juro que o tempo me fez olvidar por inteiro.
E a maioria daqueles que poderiam acrescentar alguma versão ao fato já “deram
baixa”. Tento sinalizar com o coronel Pedro Lustosa, que, na condição de
tenente, assistiu esse entrave político-policial.
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Fragmento das alterações do coronel Assis Peixoto |
A foto reproduz
parte dos registros administrativos pertencentes ao coronel Assis Peixoto, intitulados
de “Alterações”, comum aos policiais de todas as categorias. Como se pode
observar, eram produzidas em letras cursivas, por elementos de melhor
caligrafia. A caneta era de pena e a tinta Parker, encontrada em vidro
personalizado. Sim, era empregado o mata-borrão, a fim de reparar qualquer
excesso de tinta. Os livros pertencem ao acervo do Museu Tiradentes.
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