Em julho de 1930, surgiu o Nacional Fast Club, uma dissidência
do Nacional FC. Conhecido hoje por Fast Clube.
Manteve-se competitivo, tendo alcançado
destacado sucesso no meado da década de 1950 quando conquistou, por dois anos
seguidos, o campeonato amazonense, de forma invicta. Então, na vigência do
futebol amador. Voltaria a demonstrar superioridade na década de 1970, quando o
futebol local ingressou no profissionalismo.
A direção fastiana, entusiasmada com o sucesso de sua equipe, lançou a revista
Fast em Revista, em julho de 1956. Da
revista nº 2, catei a matéria abaixo, escrita pelo jornalista Almir Diniz que,
em nossos dias, prossegue como expressivo poeta e contista, afora a
participação como membro das maiores sociedades literárias de nossa terra.
RETRATO DO FAST
Almir
Diniz
No esplendor de seus 26
anos de existência, o Fast apenas desabrocha para a consecução de seus grandes
empreendimentos e de suas maiores finalidades. Mas, embora viceje apenas a sua
infância, já lhe ornamenta as cores o galardão de inesquecíveis justas.
O seu nome, é um
estandarte que os corações levantam; um hino que a voz da "hinchada"
entoa. Quando, no palco das decisões de lutas esportivas, as vozes das massas
se confundem num vibrar uníssono de paixões, o Fast está em campo. A sua
esquadra atira. Os seus petardos vencem. Adversários caem.
A estrela de ouro do Fast
prediz o seu destino. Sua bandeira, de louros é revestida. Sua tradição é
respeitada. O Fast tem tudo para continuar vencendo, para continuar brilhando,
quer nos campos onde avulta sua equipe harmoniosa de futebol, quer nos salões
onde desponta na magnificência de sua juventude esse poema verde de mulher que
é a miss Carmen Queiroz.
Dirige o querido Club caboclo,
um dínamo humano — Gonzaga de Souza. E é este dínamo, apoiado por amigos
dedicados, por fastianos invencíveis,
que conduz o Club às culminâncias da eficácia, do poderio, da Glória.
Impossível esquecer João
Liberal, técnico entre os técnicos, orientador e aprimorador das qualidades
natas de duas gerações de craques.
Seria ingratidão omitir
nesta rápida apreciação os nomes dos campeões invictos de 1955, de Futebol e de
Ténis de Mesa: Raul, Jaime, Montenegro, Mario, Gurgel, Almério, Dog, Nego, Zezinho,
Padeirinho, Guilhito, Paulo Onety, Orleans, Paulo Lira, Lafaiete, Marcelo,
Zeca, novamente Guilhito, Maurílio, Fábio, José e Jorge são rapazes que merecem
apoio e estímulo.
São legítimos campeões
porque não se deixaram abater numa temporada acesa na qual pontificaram os
expoentes máximos de nossas forças esportivas.
Aureolado por dois
campeonatos conquistados invictamente, e por sucessivas vitorias no campo
social, onde dia a dia se impõe pelo magnetismo de sua força, de sua viveza, o
FAST comemora o seu 26º aniversário de fundação. E faz desta data gloriosa um
novo marco na história esportiva do Amazonas.
E inicia uma nova era na história dos calendários esportivos, anunciando e realizando um programa de festejos que diz bem de sua capacidade realizadora, de seu talento incalculável, de seu destino invencível. Este, um retrato pobre do Fast de nossos dias, do Fast de hoje, do Fast atual — cheio de vida, de aspirações, de ideais.
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