CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, outubro 31, 2019

CASAMENTO DE PIAUIENSES

Aristides Rocha

A coluna social do Jornal do Commercio (11 novembro 1906) divulgou o casamento de Aristides Rocha, nascido em 1882 no Piauí, e graduado pela Faculdade de Direito do Recife, em 1907, ao lado de dois irmãos (Análio e Carlos Alberto) da noiva. Na condição de político pelo Amazonas, encerrou a carreira como Senador. Foi ainda professor e diretor da Faculdade de Direito do Amazonas, entre 1937-42, falecendo em 1950.

Simplicio Rezende, pai da noiva
Sobre a noiva - Pergentina de Rezende, pouco se sabe. Apenas que era também nascida no Piauí, portanto, conterrânea do noivo. Que era filha do conceituado advogado piauiense Simplício Coelho de Rezende, igualmente oriundo da Faculdade de Direito do Recife. Por questões políticas em seu estado, este se mudou para Manaus, onde exerceu a advocacia e foi professor e diretor da FDA. Residia em elegante chalé ainda hoje existente na Praça dos Remédios. Outro detalhe sobre o casarão: quando do Bombardeio de Manaus (1910), foi ele atingido, que forçou ao causídico proprietário recorrer à Justiça para as indenizações.

A festa do casamento, portanto, deve ter sido do arromba.

Tópico do mencionado jornal
Casamentos 
Realizar-se-á amanhã o enlace matrimonial do sr. dr. Aristides Rocha com a senhorita Pergentina de Rezende, filha do provecto advogado do nosso foro, sr. dr. Simplício Coelho de Rezende.
O ato civil será efetuado no Palácio da Justiça, às cinco horas da tarde, e o religioso logo após, na Catedral.
De ambas as cerimonias serão testemunhas as exmas. sras. d. Laura Rosa de Rezende Rubim, Philomena Tavares Pedreira e Marieta Pedrosa da Câmara, e os srs. exmo. Desembargador Benjamim de Souza Rubim, dr. Manoel José Ribeiro da Cunha e farmacêutico Joaquim Gonçalves Pedreira, por si e como procurador do exmo. sr. general Gregório Taumaturgo de Azevedo.
Para assistirem à realização desse brilhante casamento, o sr. dr. Coelho de Rezende e sua exma. esposa d. Cândida Nimpha de Mello Rezende, assim como o sr. dr. Aristides Rocha, convidaram todas as pessoas de suas relações nesta Capital, e, certamente, o elegante palacete da praça dos Remédios regurgitará, amanhã, de exmas. famílias e distintos cavalheiros, tendo-se ocasião de notar ali o escol da sociedade amazonense, tão largo é o círculo das amizades cultivadas pelos jovens noivos e suas ilustres famílias.

PS. Mantive em parte a redação do colunista, própria da época para indicar as personalidades.

POLVILHO SILVA FERRAZ

Parece estranho em nossos dias afeitos à propaganda televisiva, afinal os jornais impressos estão em fase de mudança, todavia, no início do século passado era comum – em jornais (único meio de comunicação), a declaração de médicos acerca de algum medicamento. Servia de anúncio. Outros profissionais também eram usados, assim como literatos, compondo em versos.


A postagem compartilhada do jornal Amazonas (junho de 1906) exemplifica o enunciado, em que o sempre lembrado dr. Alfredo da Matta atesta a eficiência de certo polvilho.

Alfredo Augusto da Matta, doutor em medicina pela Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia, diretor da Higiene Pública do Estado do Amazonas, ex-médico adjunto [do] Exército Nacional, clínico interno do Hospital da Santa Casa de Misericórdia e da Sociedade Portuguesa Beneficente de Manaus etc. etc.
Atesto que tenho empregado em minha clínica, sempre com excelente resultado, o Polvilho Antisséptico Silva Ferraz, em casos de eritema, principalmente no intertrigo, e em outras afecções cutâneas, o que afirmo in fide gradus. 
Manaus, 23 de agosto de 1903 
O Polvilho Antisséptico Silva Ferraz é o específico soberano para o tratamento radical das erupções da pele, (...)

segunda-feira, outubro 28, 2019

AMÉRICO ANTONY (1895-1970)

Matéria do Livrornal, julho 1978

Américo Antony, o autor de mil poemas, morto em 1970, somente conseguiu em vida publicar um livro: Os sonetos das flores (1959). Cinco anos depois, o Conselho Estadual de Cultura autorizou um levantamento dos poemas produzidos esparsamente por Antony. Encarregou-se desse mister o saudoso poeta Jorge Tufic que, auxiliado pelo promotor público Geraldo dos Anjos, divulgou parte deste trabalho no Livrornal, de 1978.

Convém esclarecer que este periódico era produzido por Tufic, portanto foi o amigo quem deu divulgação apenas a uma cronologia. A catalogação dos sonetos ficou pelo caminho, pois não houve colaboração de membro da família, possuidor de vasto material. Desse modo, não se concretizou o “proposito do Conselho em prestar sua justa homenagem a um dos maiores poetas do Amazonas.” Nunca mais se falou de Américo Antony.


CRONOLOGIA DE AMÉRICO ANTONY

1895 — Nasce em Manaus, a 23 de setembro. São seus pais, o engenheiro civil João Carlos Antony e Maria Lima de Amorim Antony. Descende de duas figuras notáveis na antiga Província do Amazonas: Henrique Antony, filho de Ajacio, na Córsega, e do comendador Alexandre Paula Brito Amorim. Sua origem materna mais remota procede “Manao-Camandri”, principal da maloca de Mariuá, hoje Barcelos. Segundo o general Dr. Aurélio de Amorim, uma filha de “Camandri” teve, com um português da comitiva de Furtado de Mendonça, uma menina, que veio a ser avó de D. Lina Ferreira, antepassada de Antônio Brandão de Amorim, o famoso autor das Lendas em Nheengatu e em Português e, também, de Américo Antony.
1900 — Segue com os seus pais para a América Central, viajando depois a família para a Europa, visitando várias cidades: Porto, Lisboa, Genova, Milão e Zurique. Após uma ligeira estadia em Paris, Américo seguiu com sua mãe e irmãos para a Inglaterra. Matricula-se no Saint Georger's College, em Waybridge, Survey, com os Joseph Phite Fathers. Concluindo os estudos de nível secundário, regressou a Manaus, onde pouco se demora encaminhado por seu pai aos cuidados do médico e educador Dr. Eugênio Gomes de Matos, no Rio de Janeiro. Matricula-se na Faculdade de Medicina, desistindo do curso. Leciona na Escola Berlitz e dedica-se ao esporte de natação. Regressando, novamente, a Manaus, ocupa-se no ensino particular da língua inglesa. Começa a publicar os seus primeiros poemas.
1917 — Adriano Jorge publica a crônica Um poeta de 20 anos, no jornal “A Imprensa”, transcrevendo os melhores sonetos de Américo Antony desse tempo: A FonteCanção Campestre – Dolce Ritorno e Depois da Primavera. Acrescenta: “Vê-se bem que não exagero ao afirmar incontestável e inconfundível talento, a delicadeza da emoção e as superiores qualidades de esteta de raça que fazem de Américo Antony um verdadeiro e belíssimo poeta”.
1925 — A revista “Redempção” publica, em seu número de dezembro, os sonetos Nova Messe – O IgapóOs Tucanos e Aos índios canoeiros do Amazonas.
1926 — A 17 de junho é nomeado pelo professor Plácido Serrano, diretor do Ginásio Amazonense, para reger, como substituto, a cadeira de Inglês. Casa-se, a 11 de outubro, com a senhora Altamira Espínola.
1927 — Nasce o seu primogênito, Marco Aurélio, a 5 de dezembro.
1929 — Publica na revista “Amazônida” nº 28 o soneto Vitória Régia, dedicado a Adriano Jorge, e traduz o poema O Balão da Menina, da inglesa Mary Woods, extraído do livro Sunshine & Solitude. A 9 de julho, nasce sua filha Isis.
1932 — Obtém o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Amazonas.
Capa do Livrornal, julho1978
1934 — É nomeado, interinamente, para exercer o cargo de Promotor do 2° Distrito Criminal da Comarca de Manaus, a 12 de março, sendo depois promovido na comarca de Lábrea, pelo Ato n° 3.983, de 7 de agosto.
1935 — Não chega a tomar posse na Promotoria Pública da comarca de Barcelos, por haver sido tornado sem efeito o Ato n° 4.532, de 1º de fevereiro. A 5 de outubro, e homologado o seu desquite amigável, pelo Juiz de Direito, Dr. Manoel Anísio Jobim.
1937 — Serve na Secretaria Geral do Estado.
1938 — Removido da comarca de Lábrea para a Promotoria de São Gabriel da Cachoeira, por Ato nº 254, de 25 de janeiro.
1939 — Publica a Canção Uanána, nos números 3 e 4 da revista “Baricea”.
1941 — Posto em disponibilidade, a 22 de setembro, por haver sido extinta a comarca de S. Gabriel.
1942 — Os norte-americanos Rose e Bob Brown, antigos diretores da revista "Brazilian-American, do Rio de Janeiro, publicam o livro Amazing Amazon. A respeito de Américo Antony, escrevem: “Raoul Broteher Amerigo was a good a storyteller and imaginative artist. For months we talked over a five-paneled screen he was going to paint for us with the Amazon flowing through and all regional motifs in place, tajás, garças, jacarés legends, indians, but it never came to anything. He lives among indians now, far up on the Rio Branco where he is a federal judge.” Américo Antony publica naquela revista o artigo: “Sucuri hunt in South American”.
1943 — Conferência no Instituto de Etnografia e Sociologia do Amazonas, fundado por Nunes Pereira, sobre os costumes dos índios da região do alto rio Negro.
1944 – Ramayana de Chevalier publica, em o jornal “A Tarde”, edição de 23 de dezembro, o prefácio para o poema Conory, livro inédito de Américo Antony.
1945 – Eleito para a cadeira nº 8, que tem como patrono o amazonólogo Torquato Tapajós, da Academia Amazonense de Letras.
1946 — Péricles de Moraes publica na Revista da Academia Amazonense de Letras uma apreciação literária sobre Américo Antony, intitulada “Um animador de símbolos mitológicos.”
1953 — A 17 de fevereiro, estando em visita à casa dos pais do seu amigo Jorge Tufic, na avenida Joaquim Nabuco, 329, conhece Maria Isis Almeida de Souza, em cujo perfil descobre traços da antiga civilização incaica. Tornam-se íntimos e passam a conviver sob o mesmo teto, na rua Japurá.
1954 — Nasce em Manaus, a 6 de junho, seu filho Alexandre Magno.
1955 — Aproveitado na comarca de Manacapuru. A 2 de agosto, é comissionado como Assistente da Promotoria Militar.
1957 — Nasce em Manaus, a 9 de marco, seu filho Siddarta Gautama.
1958 — Comissionado, a 29 de agosto, na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Manaus. A 6 de setembro, é aposentado como Promotor de Justiça de 1ª entrância. Inscreve-se na seção amazonense da Ordem dos Advogados do Brasil.
1959 — Nasce em Manaus, a 25 de julho, sua filha Hileia Amazônica.  
A 14 de julho, toma posse da cadeira n° 28, da Academia Amazonense de Letras, cujo patrono é Aníbal Teófilo, sendo recebido pelo acadêmico Nonato Pinheiro Filho. A revista do sodalício, em seu n° 9, publica o poema Peã, dedicado ao acadêmico Moacyr Rosas. E impresso em Manaus o seu primeiro livro: Os Sonetos das Flores, na editora Sérgio Cardoso & Cia. Ltda.
No mesmo número da revista, vem a lume o mais festejado poema de Américo Antony – A ronda dos cisnes, dedicado a Heliodoro Balbi. Por não acolher alguns conceitos do escritor Péricles de Moraes, o poeta faz publicar na página de anúncios comerciais do Jornal do Commercio uma pequena declaração sobre a autenticidade de sua poesia. A 30 de janeiro, é tornado sem efeito o ato de 17, do mesmo mês, mandando servir na Promotoria da Comarca de Barcelos, por motivo de saúde.
1960 — Com grave problema de saúde é recolhido ao hospital da Sociedade Beneficente Portuguesa, em Manaus, em outubro.
1962 — Sócio efetivo do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. 1968 — A Revista da Academia Amazonense de Letras publica os versos: O Caminho que falaO Jaguar e a LuaA alegria de conhecer-se a própria origemO oceano e a Yara.
1970 — Falece, em Manaus, no Hospital da Sociedade Beneficente Portuguesa, a 18 de agosto. A 23, o acadêmico Nonato Pinheiro, na edição domingueira de O Jornal publica, a seu respeito, o artigo intitulado: Uma figura desconcertante de Aedo.
1974 — Instalada a “Biblioteca Américo Antony” na Fundação Dr. Thomas.
1975 — Resolução do Conselho Estadual de Cultura, recomendando a publicação pelo Estado do Amazonas da produção poética esparsa de Américo Antony.
Autores do trabalho


domingo, outubro 27, 2019

POESIA NO DOMINGO




O saudoso L. Ruas – padre-poeta – sob o pseudônimo de Calvero, disputou em 1970 um concurso literário de Poesia, promovido pelo Governo estadual, e venceu. Deve ter recolhido o prêmio financeiro, mas olvidou, ou abandonou, a publicação. Somente quinze anos depois, por dedicação de seus amigos, a obra foi impressa com o título de Poemeu, ou o (meu) sentir dos outros.

Os originais (datilografados) encontram-se na Biblioteca Pública central, onde recolhi este, que sem título, segue reconhecido por A égua. Aliás, sua relevância deve ter inspirado o autor da capa, Van Pereira, e o editor, que o fixou na quarta capa.



FEIRA DE ARTES PLÁSTICAS (2)

Foto de O Jornal, 29 dezembro 1963

Realizada a Feira de Artes Plásticas em 24 de dezembro, o Clube da Madrugada aproveitou o Suplemento com o qual brindava o público aos domingos para agradecer e avaliar seu trabalho. Assim, na edição de O Jornal de 29 de dezembro, pode-se ler o editorial com a gratidão aos colaboradores, e adiante o julgamento elaborado pelos dirigentes da página literária, sob a direção de Aluízio Sampaio e redação de Alencar e Silva, Arthur Engrácio, Elson Farias e Jorge Tufic. 
MANAUS, 29 de dezembro de 1963
 Não obstante o tempo inseguro, com frequente ameaça de chuva, penumbra e chuvisco, levou-se a bom termo a I FEIRA DE ARTES PLÁSTICAS DO AMAZONAS, promovida pelo CLUBE DA MADRUGADA e colaboração da Prefeitura Municipal de Manaus, a título de complementação aos festejos do ciclo natalino deste ano. A feira se estendeu por todo o dia 24, desde as 5 até às primeiras horas do dia 25 do mês em curso, apresentando uma amostra, profundamente significativa, do trabalho a que, um grupo de pintores em Manaus, se vem devotando.
Trabalhos de artistas já conhecidos, pela série de exposições a que têm participado, inclusive fora do nosso Estado, como Getúlio Alho, Moacir Couto de Andrade, Álvaro Páscoa, Afrânio de Castro e Paulo D'Astuto, trabalhos a que se juntaram outros cuja presença é-nos grata registrar, posto ser um sinal do revelação, plena e viva e sobretudo dinâmica dos novíssimos Simão Assayag, Gualter Batista e Jacquemont (sic) Cantanhede.
Vários aspectos podem ser vistos e estudados, após essa amostra. Mas aqui, gostaríamos de ressaltar a força de vontade e o trabalho, até mesmo o braçal podemos dizer, da equipe que rasgou de vencida certa apatia e certas promessas incumpridas em relação à I FEIRA. Todavia, temos certeza, o trabalho foi realizado e realizado nos seus planos mais justos e válidos, como sejam o de ter arrancado o povo de sua rotina para a contemplação, a meditação e a crítica, dos elementos que constituem as preocupações do nosso grupo.
Resta-nos agora pensar em novas feiras. É essa a maneira positiva de viver, agitar as consciências, despertar vocações. Resta-nos também agradecer aos jornais matutinos e vespertinos que não regatearam esforços a fim de dar à Feira uma cobertura noticiosa, sem a qual, vale ressaltar, não teríamos tido a soma volumosa do resultado obtido. Agradecer aos intelectuais, professores, médicos, estudantes que visitaram e comentaram a Feira. Agradecer ao povo que lá acorreu, oferecendo-nos a força e a riqueza do seu prestígio e atenção. Até breve, com a próxima feira de artigos de cultura.

Manchete do Suplemento do CM, circulado no citado jornal

REALIZOU O CLUBE DA MADRUGADA, dia 24 último, encerrando o calendário de suas atividades no corrente ano, a I FEIRA DE ARTES PLÁSTICAS DO AMAZONAS, promoção que se coroou de pleno sucesso, pela receptividade que encontrou em todas as camadas de nossa população. Milhares de pessoas a visitaram. E teve o nosso povo, de modo amplo, oportunidade de tomar conhecimento do trabalho que seus artistas vêm desenvolvendo nos mais diversos gêneros das artes plásticas. Teve a feira, sobretudo, a feliz oportunidade de revelar à nossa sociedade, ao nosso povo, novos e autênticos valores, artistas que pela primeira vez participaram de uma mostra, revelando-se, de pronto, como expressões seguras de talento.
Colaboraram para o êxito dessa promoção, colaboração que muito agradecemos, a Editora Sérgio Cardoso, a imprensa amazonense, a Prefeitura Municipal de Manaus e a secretaria de Educação e Cultura.

Vale salientar, igualmente, que, objetivando documentar a envergadura e significação dessa iniciativa, o Departamento Cinematográfico do Clube da Madrugada, sob a direção do clubista IVENS LIMA, filmou, em cores, a grande mostra coletiva, podendo adiantarmos que o referido documentário brevemente será exibido num dos cinemas da cidade.
Foi, sem dúvida, uma iniciativa que alcançou plenamente os seus objetivos. Daqui para a frente, outras “Feiras” serão montadas nos diversos pontos da cidade, esperando o CM contar, como desta vez, com o indispensável apoio das mesmas entidades acima referidas.
Do sentido desta promoção diz bem o boletim que distribuímos no local e que reproduzimos a seguir:

Obras expostas
I FEIRA DE ARTES PLÁSTICAS DO AMAZONASEsta FEIRA – primeira no gênero a se realizar em nosso Estado – tem por finalidade maior, entre as muitas que poderíamos apontar, a do estabelecer uma aproximação mais estreita entre o público e a obra de arte, como primeiro passo para o diálogo direto do artista com o povo, com a comunidade em que vive. Trata-se, portanto, de um processo de informação e formação cultural. E é desse processo — eficaz, sem dúvida — que o CLUBE DA MADRUGADA lança mão no seu empenho do promover a culturização das massas, levando diretamente ao povo o trabalho de seus artistas, de seus poetas, de seus escritores. (Agora mesmo, na semana que passou, acabamos de promover, com relativo sucesso, a Semana do Livro Amazonense.) É um trabalho do pioneirismo, sujeito, por isso mesmo, a vicissitudes e incompreensões. Um trabalho, porém, que não nos cansa, por ser ele a forma de atuação que preferimos. Anima-nos, sobretudo, ao levarmos ao povo esta Primeira Feira de Artes Plásticas, a convicção de realizarmos um trabalho válido não só para a plêiade de intelectuais que a lidera, como também para o Povo, expressão legítima dos anseios do progresso espiritual de uma comunidade a todo instante capacitada a
reivindicar seu lugar no processo histórico brasileiro.
Trata-se, em suma, de mais uma semente lançada, ao que esperamos em terra fértil. Uma semente que inaugurará, sem dúvida, uma nova fase, um instante de clara significação para o aplainamento das dificuldades de uma comunicação efetiva entre o público e a criação artística.

CLUBE DA MADRUGADA

sábado, outubro 26, 2019

FEIRA DE ARTES PLÁSTICAS


Compartilhado do Jornal do Commercio (24 dezembro 1963), o texto expõe bem a iniciativa. O Clube da Madrugada inovava, saindo da Praça da Polícia com seus saraus para a Praça da Matriz, onde promoveu a 1ª Feira de Artes Plásticas.


Acerca desse Movimento, aclara Luciane Páscoa, em As Artes Plásticas no Amazonas: “O Clube da Madrugada tinha uma diversidade de interesses. Não apenas na literatura, mas as manifestações ocorreram nas artes plásticas, nas artes gráficas, no cinema, no teatro, por meio de conferências e palestras e em promoções de eventos culturais de grande abrangência pública.” 
 
Jornal do Commercio, 24 dezembro 1963


Conforme divulgamos, o Clube da Madrugada inaugura na Praça da Catedral sua I Feira de Artes Plásticas do Amazonas, que estará exposta à visitação pública desde as primeiras horas da manhã até às 23 horas aproximadamente. Os trabalhos, pintura, desenho e escultura, em número próximo a cem, estarão estendidos em painéis, cavaletes e armações confeccionadas exclusivamente para esse fim ao lado da escadaria esquerda da Catedral, próximo ao Relógio Municipal.
Ali os artistas expositores, juntamente com os dirigentes do CM, estarão para debate com o povo acerca dos motivos artísticos expostos.

Oito pintores participarão dessa mostra: Álvaro Páscoa; Moacir de Andrade; Getúlio Alho; Afrânio de Castro; Paulo Dastuto; [Jair] Jacquemont (sic) Cantanhede; Simão Assayag e Gualter Batista. Sendo que estes três últimos, pela primeira vez, vão expor trabalhos de suas lavras aqui em Manaus.
Vale apenas lembrar que Gualter Batista foi um dos pintores que no I Salão de Artes Plásticas da Universidade do Pará, mais impressionou. Simão Assayag foi laureado com o primeiro lugar no recente concurso instituído pelo Centro Estudantil Plácido Serrano do CEA [Colégio Estadual do Amazonas].
Catedral - obra de Getúlio Alho

Artesanatos
Terão parte na I Feira os grupos artesanais de nossa Capital, com trabalhos em cerâmica e tapeçaria muito procurados atualmente. As professoras dos Artesanatos, também estarão presentes para um contato direto e orientador aos visitantes.

Outras Feiras
Após a realização dessa I Feira ao que sabemos, outras serão levadas a efeito em outros pontos da cidade onde possa povo de diferentes bairros, tomar conhecimento das atividades artísticas da juventude amazonense através de Clube da Madrugada. Fazemos questão de ressaltar que esse empreendimento do CM, não se restringe apenas a membros do Clube, prova está em que apenas três dos oito artistas pertencem ao Movimento Madrugada.
Acreditamos, em vista do alto gabarito dos artistas a serem apresentados, que a I Feira de Artes Plásticas do Amazonas alcançará seus objetivos, e que o povo saberá tirar proveito dela. Além disso, os colecionadores terão ótima oportunidade de aumentar com obra de real valor suas pinacotecas.

sexta-feira, outubro 25, 2019

SELO PERSONALIZADO



 MANAUS: 350 ANOS


Manaus ganhou este selo personalizado (foto), por encomenda do Clube Filatélico do Amazonas e o empenho do setor especializado dos Correios. Foi muito pouco, porém, a situação desse colecionismo decai a cada informação deletéria do Governo Federal.

quinta-feira, outubro 24, 2019

DR. JAUARY MARINHO

Recorte do jornal

Em homenagem ao tricentenário de Manaus – hoje reverenciado, compartilho a publicação do Jornal do Commercio (16 agosto 1970), em que salienta a obra do Dr. Jauary Guimarães de Souza Marinho, Reitor da então Universidade do Amazonas, cuja atuação se expandiu de 1965 a 1970. Neste ano, ingressei na Faculdade de Direito do Amazonas, a sempiterna “Jaqueira”, onde ouvi o nome deste Reitor ressoar pelos corredores e escadas daquela extinta Casa de Ensino Superior.
A reduzida biografia deste Reitor estava encartada em coluna jornalística (cujo autor deixei de copiar) de título simpático: DIZ QUEM É.

Jauary Guimarães de Souza Marinho

Do aço da melhor têmpera, forra-se a personalidade do velho Superintendente da Manáos Harbour Limited, que encaneceu na luta do cais flutuante desta soberba Manaus — o nosso querido amigo Hildebrando de Souza Marinho, esposo da veneranda mestra, dona Leonila Guimarães de Souza Marinho, estrela de primeira grandeza na constelação do magistério da Planície. Estes são os pais de nosso biografado de hoje, o Doutor Jauary Guimarães de Souza Marinho, Magnífico Reitor da Universidade do Amazonas. Nasceu, Jauary, em plena efervescência da primeira guerra mundial — a 9 de maio de 1917, nesta metrópole cabocla, que foi o palco permanente de suas atividades desde a infância.
No Colégio Dom Bosco, sob a orientação de Lourenço Gatti, o bondoso velhinho santo que dirigiu o vetusto educandário salesiano; de Stelio D’Allison, líder de várias gerações, simpatia irradiante, orador sacro demostênico da época; do inolvidável e queridíssimo padre Agostinho Caballero Martin, o ídolo da juventude planiciária, figura de santo e de pedagogo imorredoura na lembrança de muitas progênies desta terra — o guri, depois adolescente e mais tarde rapaz feito, cursou a etapa da faixa primária e a de Humanidades, diplomando-se Perito Contador pela Escola de Comércio Dom Bosco, anexa ao mesmo educandário salesiano desta cidade. 

Três anos mais tarde, Jauary se formava em Farmácia, pela Faculdade de Farmácia e Odontologia da antiga Universidade Livre de Manaus, e mais três anos — 1939 – quando estouravam as primeiras explosões das mortíferas armas bélicas na velha Europa, incendiada pela Segunda Conflagração Universal, recebia o jovem caboclo seu diploma de bacharel em Direito, grau que lhe colou a tradicional Faculdade do Amazonas.
No ano imediato ao de sua formatura no curso de bacharelado, ingressou na magistratura, passando, a atuar como Juiz Substituto, lotado na Primeira Vara Cível da Capital; em 1943, desempenhou as funções de Juiz de Direito da mesma Vara, cargo que ocupou durante longo tempo; posteriormente, ocupou idênticas funções nas Segunda, Terceira e Quarta Varas Cíveis da comarca metropolitana, tendo, ainda, exercido as funções do cargo de Juiz Tutelar de Menores e da Vara da Família.  

Data de 1951, seu ingresso no magistério superior. Foi, primeiramente, nomeado para exercer, em caráter interino, as atividades pertinentes à cadeira de Direito Judiciário Civil em nossa FDA. Em 1954, professou a cátedra de Direito da Família, na Escola de Serviço Social de Manaus, da qual é titular até hoje. Pelos idos de 1958, doutorou-se em Direito, defendendo a tese: Do saneamento na lide, passando a atuar, em função do concurso que deu lugar aquele fato, como Professor Catedrático de Direito Judiciário Civil, de nossa Faculdade.
Jauary Marinho foi membro do Conselho dos Advogados do Brasil, secção do Amazonas, e membro do Conselho Técnico Administrativo da Faculdade de Direito do Amazonas. É correspondente do Instituto Brasileiro dos Advogados, no Rio de Janeiro, cargo que assumiu, por indicação do presidente do sodalício, Doutor Otto de Andrade Gil, tendo sido, como recipiendário, juntamente com o Doutor Rego Monteiro, recebido em solene reunião da Casa, saudado pelo eminente mestre Eliezer Rosa. Foi eleito, juntamente com figuras de relevo da juriscultura pátria, entre elas citando-se os Professores Doutores Alfredo Buzaid, Moacir Lobo da Costa, Luís Machado Guimarães, Luís Bueno Vidigal e outros; membro do Conselho Consultivo da Revista de Direito Processual Brasileiro, função que exerce ainda atualmente.

Nosso biografado representou a Universidade do Amazonas e a Faculdade de Direito da mesma UA, no Congresso de Direito Processual, em Campos do Jordão, quando se debatia o projeto do Código de Processo Civil Brasileiro, de autoria do provecto mestre Alfredo Buzaid, em abril de 1965, tendo tido atuação destacada, oferecendo inúmeras sugestões integralmente aceitas pela Comissão Central dos Trabalhos. (...)
Em junho de 1965, o Conselho Diretor da Fundação Universidade do Amazonas, por unanimidade de votos, sufragou o nome de nosso biografado de hoje, para o importante e altilocado cargo de Magnífico Reitor da mesma Universidade, cargo para o qual, em junho de 1967, foi reeleito, à unanimidade do CD da FUA.O mesmo colegiado, a 20 de junho do ano em curso, mais uma vez elegeu o benquisto homem público para exercer as funções do cargo que vem desempenhando com singular eficiência e indiscutível dinamismo, para o quatriênio 70/74.

É inescondível que Jauary de Souza Marinho haja sido o grande benfeitor da Universidade do Amazonas e indiscutível amigo da mocidade estudiosa de sua terra de berço. Por essa mesma razão, foi agraciado pelo Conselho Universitário, com expressiva condecoração, consubstanciada na Medalha do  Mérito Universitário, insígnia que lhe foi conferida em sessão solene da Assembleia Universitária, realizada em nosso belíssimo Templo de Arte — o Teatro Amazonas — a 1º de março de 1968, tendo sido, então, carinhosamente saudado pelos corpos docente e discente da Universidade, cujos destinos comanda com equilíbrio, espírito de iniciativa e idealismo e fabulosa combatividade, há mais de cinco anos.

Foi em sua gestão à frente da Reitoria, com apenas cinco meses de atuação no desempenho do honroso cargo, que se instalavam, solenemente, as Faculdades de Medicina, Engenharia e Farmácia e Odontologia, cristalização de um sonho acalentado da mocidade glebária, que enfrentara sérias lutas, objetivando a consubstanciação daqueles superiores desiderata, inutilmente, durante muitos anos. Os derrotistas e os inimigos do progresso cultural da planície, aqueles mesmos que se opuseram, à sorrelfa, à luta inglória de um punhado de moços desta terra, entre os quais se contam Alexandre Trindade, Maury Bringel, o signatário deste trabalho, e outros cujos nomes nos escapam à memória, tacharam a iniciativa do corajoso Reitor da UA, de a "incurável loucura". Mas o idealismo venceu e a primeira turma de médicos amazonenses, feitos em faculdade idealizada, realizada e dirigida por caboclos autênticos, deverá sair no ano porvindouro, fato que realça, de modo soberbo, a obra deste índio teimoso e obstinado, que se alimenta de ideal, com a raça e o ímpeto de um legítimo filho da Taba dos Manaus, o vontadoso e implacável Reitor Jauary Guimarães de Souza Marinho!
E este trabalho agigantado cresce de vulto, quando consideramos que nossas Faculdades de Ensino Superior dão guarida a excedentes vindos do Sul do país para, aqui, corporificarem seus sonhos – numa bonita e inobnubilável colaboração da Universidade do Amazonas, à cultura brasileira e ao Ministério da Educação e Cultura e espetacular e comovente lição de atuação objetiva pela grandeza da Pátria, e de fidelidade aos princípios de integração e unidade nacional.
Graças ao desprendimento e ao trabalho exemplar de Jauary Guimarães de Souza Marinho, hoje, nossa Universidade, em franco e irreversível desenvolvimento, em funcionamento pleno e fecundo, sete Faculdades de Ensino Superior, instaladas em nossa metrópole:
Faculdade de Direito; de Ciências Econômicas; de Filosofia, Ciências e Letras; de Engenharia; de Medicina; de Farmácia e Odontologia e a Escola de Serviço Social “André Araújo”, com seus vinte cursos, de cuja existência muito pouca gente sabe em nossa terra: Direito, Estágio Profissional; Ciências Econômicas; Ciências Contábeis, Administração, Filosofia, Pedagogia, Química, Matemática, Letras, Ciências, Biblioteconomia, Jornalismo, Educação Física, Engenharia Civil (opções: Estruturação e Transportes), Medicina, Odontologia, Biofarmácia, Assistente Social, Estágio Profissional.

Dando cumprimento ao seu vasto programa desenvolvimentista, no plano cultural, mantém nossa Universidade cinco Centros:
de Estudos Portugueses;
de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos;
de Estudos Americanos;
de Estudos Franceses;
e de Psicologia Aplicada.

Jauary Marinho, da galeria
dos Reitores da Ufam
Há, ainda, localizados em dois edifícios próprios, os Institutos de Histologia e o de Anatomia e um Laboratório de Eletrônica de Línguas, com 36 cabines, para atender ao curso de Letras, e aperfeiçoar os conhecimentos da mocidade universitária da planície. (...)
O Magnífico Reitor Jauary Guimarães de Souza Marinho assinou vários convênios com o MEC, todos eles de real utilidade para a Universidade sob sua sábia orientação. Conseguiu obter, em tempo muito curto, a aprovação do Estatuto da Universidade, enquadrando-a na Reforma Universitária Brasileira (Decreto nº 66.810/1970).
Fato digno de registro, para enfatizar o crescimento do Ensino na faixa universitária, em nossa área: quando Jauary Marinho apanhou as rédeas UA, possuía ela, apenas, 833 estudantes; hoje — 1970 — cinco anos depois de sua investidura, possui a Universidade o expressivo número de 3.321, devidamente matriculados. Estes dados estatísticos falam bem alto da vitória de uma luta e têm o poder estimulante de tonificar um ideal.
Nosso biografado de hoje recebeu, no corrente ano, o Diploma Honorífico do Corpo Discente da Faculdade de Medicina da Universidade do Amazonas, que, igualmente, o escolheu como Patrono de sua Primeira Turma, num justo prêmio ao trabalho que o revolucionário Reitor vem realizando a favor da juventude amazonense, principalmente na esfera da Saúde. Em janeiro do ano fluente, foi diplomado pelos Companheiros da Aliança para o Progresso. Sua luta continua. E muito dela espera ainda o Amazonas.
O futuro fará justiça ao muito que Jauary Marinho tem feito pela terra comum, ele que está escrevendo, talvez, a mais bela página da sua vida útil – a mais bela página, sem dúvida, da História do Ensino Superior do Amazonas!

quarta-feira, outubro 23, 2019

DR. NAZADIR SAPUCAIA


Universitários querem o Dr. Sapucaia como Reitor

Os acadêmicos de Odontologia, Medicina e Farmácia apoiam o nome do Dr. Nazardi (sic) Sapucaia para ocupar o cargo de futuro Reitor da Universidade do Amazonas, em substituição ao atual Reitor, prof. Aderson Dutra, que está terminando seu mandato naquela reitoria.

Dr. Sapucaia
Apontando o Dr. Nazadir Sapucaia como futuro substituto do atual reitor, os estudantes dos 3 cursos já mantiveram contatos com o Ministério da Educação e Cultura, fazendo aquela indicação que, segundo esperam, será atendida.
O Dr. Nazadir Sapucaia é chefe do Departamento de Anatomia da Universidade do Amazonas e vem se destacando perante os acadêmicos, devido seu interesse por aquele importante departamento. Ainda este mês de julho, o escolhido dos finalistas de Odontologia, Medicina e Farmácia representará o Amazonas num congresso de Anatomia, que realizar em Niterói e do qual trará melhores métodos para serem postos em prática aqui em nosso Estado.

Na semana passada, ele esteve com todos os professores do Departamento fazendo uma visita às salas de anatomia, que estão sendo construídas no Campus Universitário. Dizem os acadêmicos, falando sobre o assunto: “Nós precisamos de um homem de ação que possa substituir à altura o atual Reitor, e o Dr. Sapucaia é a pessoa Indicada”. Dos seis nomes apontados pela Imprensa, Dr. Nazadir foi o único que teve destaque na sociedade universitária, segundo os próprios acadêmicos. Eles, os estudantes universitários, acrescentam que Sapucaia é daqui e entende nossos problemas. Não adianta colocar gente de fora, pois eles não entenderiam nem participariam com tanto dinamismo e eficiência, de quem já conhece a fundo os problemas de nossa universidade.

Recorte de O Jornal, 13 de julho de 1976

Notas do blogueiro:

Conheci o dr. Nazadir (nome correto) Sapucaia, que nasceu em Belém-PA em 1939, e concluiu o CPOR/8ª RM, assim como o curso de Odontologia/UFPA, em 1967. Vindo para Manaus, ingressou na então Universidade do Amazonas, na condição de professor e depois diretor de departamento de Odontologia, aberto havia pouco. Em 1974, a Polícia Militar do Amazonas aprovou sua inclusão para ampliar o quadro de saúde, na condição de 1º tenente. Dois anos depois, teve seu nome indicado pelos discentes, conforme edição de O Jornal (13 julho 1976).

A partir de sua inclusão, travei contato com o novo dentista, inclusive passando em seu consultório, situado no edifício Rio Madeira, ali na rua Costa Azevedo. Chegado o tempo da aposentadoria, o coronel Sapucaia (seu nome de guerra) voltou ao torrão natal.

No entanto, nunca soube dessa situação de reitorável, dessa “indicação” para dirigir a nossa Universidade Federal. Afinal, a escolha do Reitor àquele ensejo era realizada pela indicação do Governador ao Ministério competente. Tanto que, ao dr. Aderson Pereira Dutra (1970-77), sucedeu-lhe o vice-reitor Octavio Hamilton Botelho Mourão (1977-84). Em nossos dias, a disputa é realizada no voto, com indicação de lista tríplice.
Trata-se, acredito, de matéria “paga” no jornal, sem conteúdo objetivo, todavia, serve como registro da atividade deste policial militar.
Seu nome foi grafado com incorreção, Nazardi, ao invés de Nazadir. Na transcrição, fiz as devidas correções.

terça-feira, outubro 22, 2019

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO: QCG


QUARTEL DO COMANDO-GERAL PMAM

Quartel do Comando-Geral
Situado no bairro de Petrópolis, o quartel principal da Polícia Militar do Amazonas não dispõe de um regular pátio frontal. Há um diminuto espaço entre o gradil sobre o muro de proteção e o próprio edifício. Sem qualquer arranjo decorativo.
Para complicar o panorama, há uma larga faixa amarfanhada suspensa no gradil, anunciando o mercado de gêneros orgânicos no próprio aquartelamento. A cena se mostra deselegante. Afinal, o quartel possui pela rua Benjamin Constant um extenso muro.
Frente do quartel da PMAM no bairro de Petrópolis


domingo, outubro 20, 2019

LUIZ BACELLAR




Nessa última sexta-feira, ultimei com o Zemaria Pinto uma retrospectiva sobre o Clube da Madrugada, que esperamos possa ser exposta como parte das comemorações dos 350 anos de Manaus. Cuja festa ocorre dia 24 próximo.
Portanto, foi em busca de anotações sobre esse Movimento cultural, que revi o premiado Frauta de Barro, do saudoso Luiz Bacellar. E me grudei no livro.

Após leituras, fixei-me no poema que compartilho, para ilustrar nosso domingo.