Para rematar a semana, reproduzo o poema de Sylvio Omena, de quem não possuo referência, sacado do
matutino A Crítica (19 julho 1956),
louvando sua terra natal.
Acredito que por deficiência de tipos, muito comum de
então, o jornal esqueceu o “A”, de
Lábrea. Não creio que o poeta louvasse o fundador.
LÁBRE[A]
Sylvio
Omena
Entre
muitas, és a mais bela cidade
De
todo garboso e gigante solo querido,
Teu
nome ascende por todas as idades,
A
flor mais linda do Amazonas garrido.
Lábrea.
Escuta daqui ausente o filho teu
Que
soberbo... canta em versos o colorido
Do
lençol verdejante que sobre tudo estendeu,
Mas,
tu ficaste inerte... radiante e florida.
Teu
passado belo e saudoso,
Que
o presente reclama insistentemente...
Vem.
Que teus filhos te esperam ansiosos.
Ajudai.
Ó Deus esse povo paciente...
Trazei
ó Deus a esses corações bondosos
A
liberdade de viver economicamente.
Djalma
Passos (1923-90) escreveu
esse poema encerrando o curso secundário, por isso pertencente a um grêmio estudantil,
atividade então muito comum. Era já integrante da Polícia Militar do Estado.
A publicação abaixo ocorreu no matutino O Jornal (10 agosto 1944). Passos publicou
seus poemas em dois livros: Poemas do
tempo perdido (1949) e As vozes
amargas (1952).
À EMBAIXATRIZ DA BELEZA
À Futura Rainha dos Estudantes
Djalma
Passos
(Do Centro Estudantil Plácido Serrano)
Virá
com doce som de raras harmonias,
Entre
pompas reais e soberbas princesas,
Majestosa
sob oiro e ricas pedrarias,
Onde
fulgem rubis e gemas e turquesas!
No
seu régio cortejo aureolada e formosa,
Com
uma expressão de amor, sublime e sedutora,
Virá
como a manhã festiva, cor de rosa,
Que
de beijos de sol o firmamento doura...
Assim
ela virá do reino das quimeras,
Do
palácio floral das belas primaveras,
Na
apoteose da sua efémera realeza!
E
todos hão de cair ajoelhados, pequenos,
Ante
o olhar divinal, ante o corpo de Vênus,
Da
egrégia Embaixatriz do Sonho e da Beleza.
Este poema é de meu falecido e amado áo Sylvio de Souza Omena. Ex colunista do jornal "A Critica", nascido em Lábrea, Amazonas.
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