CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, outubro 26, 2017

AVIÃO CATALINA

Em janeiro de 1973, o saudoso Waldemar Batista de Salles publicou este artigo, no qual registra sua consideração para com os aviões Catalinas. Operados tanto pela aviação civil quanto pela FAB, aproximou e socorreu nossos distantes e quase inalcançáveis municípios.


Os Catalinas, pioneiros

A região amazônica é imensa. Conhecê-la e conquistá-la tem sido um trabalho duro, cansativo, pleno de heroísmo e dedicação. Nesse desbravamento, já se referia o engenheiro Leopoldino Cardoso Amorim Filho em relatório publicado em Manaus — 18 de novembro de 1972, tratando de pioneirismo e desenvolvimento. E nos afirmava:
“a aviação continua com sua característica de pioneirismo e aqui também representada pela Força Aérea, pelos táxis-aéreos, pelas empresas de transporte regular, por aviões particulares e helicópteros: profissionais, homens idealistas, outros imbuídos do espírito de aventura, todos unidos como nos velhos tempos, executando as tarefas que lhes são atribuídas através do transporte aéreo.”

Atualmente esta cidade de Manaus, encravada na selva imensa, é servida por aviões Bandeirantes; a jato, de diversas companhias, sem contarmos as pequenas aeronaves, que fazem as linhas para o interior do Estado, cruzando municípios distantes, pousando às vezes em campos inadequados, onde a experiência do comandante é fator importantíssimo no cumprimento de suas atividades e missões.

Porém, há muitos anos, entre os diversos tipos de aviões, que integravam as várias companhias, existiam os chamados Catalinas, usados pela extinta Panair do Brasil S.A. e pela FAB [Força Aérea Brasileira], aparelhos esses que levantavam voos e pousavam, no aeroporto da Ponta Pelada. Eram aviões anfíbios, porque pousavam em terra e em águas tranquilas e prestaram, na região amazônica, grandes e inestimáveis serviços.


Viajar de navio, lancha e motores pelos inúmeros rios da área continua sendo uma tarefa demorada e exaustiva. 

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