Em janeiro de
1973, o saudoso Waldemar Batista de Salles publicou este artigo, no qual
registra sua consideração para com os aviões Catalinas. Operados tanto pela aviação civil quanto pela FAB,
aproximou e socorreu nossos distantes e quase inalcançáveis municípios.
Os
Catalinas, pioneiros
A região amazônica é
imensa. Conhecê-la e conquistá-la tem sido um trabalho duro, cansativo, pleno
de heroísmo e dedicação. Nesse desbravamento, já se referia o engenheiro
Leopoldino Cardoso Amorim Filho em relatório publicado em Manaus — 18 de
novembro de 1972, tratando de pioneirismo e desenvolvimento. E nos afirmava:
“a
aviação continua com sua característica de pioneirismo e aqui também
representada pela Força Aérea, pelos táxis-aéreos, pelas empresas de transporte
regular, por aviões particulares e helicópteros: profissionais, homens
idealistas, outros imbuídos do espírito de aventura, todos unidos como nos
velhos tempos, executando as tarefas que lhes são atribuídas através do
transporte aéreo.”
Atualmente esta cidade de
Manaus, encravada na selva imensa, é servida por aviões Bandeirantes; a jato,
de diversas companhias, sem contarmos as pequenas aeronaves, que fazem as
linhas para o interior do Estado, cruzando municípios distantes, pousando às
vezes em campos inadequados, onde a experiência do comandante é fator
importantíssimo no cumprimento de suas atividades e missões.
Porém, há muitos anos,
entre os diversos tipos de aviões, que integravam as várias companhias,
existiam os chamados Catalinas,
usados pela extinta Panair do Brasil S.A. e pela FAB [Força Aérea Brasileira],
aparelhos esses que levantavam voos e pousavam, no aeroporto da Ponta Pelada.
Eram aviões anfíbios, porque pousavam em terra e em águas tranquilas e
prestaram, na região amazônica, grandes e inestimáveis serviços.
Viajar de navio, lancha e
motores pelos inúmeros rios da área continua sendo uma tarefa demorada e
exaustiva.
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