CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, outubro 07, 2017

POESIA DE JORNAL (II)

Este poema catei na Revista do Ideal, circulada no início de 1959, que relatava entre outras festas as comemorações do Reveillon Idealino.



Silvestre Melodia

Felismino F. Soares

À Betty

Como encanta o nascer do Sol na selva densa,
Quando a luz matinal, então, nos arrebata
A sonhos que nos levam a escutar, intensa,
— A música dos ventos a bailar na mata...

Como é doce, ao sabor de correnteza imensa,
Descer os paranás... e perceber, intacta,
Belíssima canção de amor, que a Deus incensa:
— A música dos ventos a bailar na mata...

Quando, ao sentar do Sol, o dia, enfim se encerra,
A Lua, lá do céu, nas águas se retrata         
e uma serenidade, pelos campos, erra.

Como é sublime ouvir os sons de tal sonata
(Silvestre melodia a revestir a Terra):
— A música dos ventos a bailar na mata...

BETTY, cujo retrato se vê no alto, é Isabel de Amorim Soares, filha do desembargador Felismino Francisco Soares, a qual cursa com brilhantismo, o Instituto de Educação do Amazonas. 

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