Igreja de Santo Antonio, em Borba |
Duas
notícias que se completam: em 30 de julho de 1970, o Jornal do Commercio divulgou que os vereadores de Itajuípe (BA)
solicitavam ao arcebispo de Manaus as medidas para a remoção dos restos mortais
do cônego Bento José de Souza.
No
ano seguinte, em 31 outubro, o mesmo periódico informava do condução dos restos
mortais para aquela cidade, conduzidos pelo arcebispo de Manaus, dom João de
Souza Lima.
Essa
atitude do metropolita se deveu ao desinteresse do povo borbense, que não se
importou com o destino do antigo vigário, um dos mais longevos e operante.
Abaixo,
as publicações jornalísticas.
PEDEM
RESTOS MORTAIS
Da Câmara Municipal de
Vereadores de Itajuípe, Estado da Bahia, o arcebispo de Manaus recebeu
expressivo ofício solicitando a remoção dos restos mortais do cônego Bento José
de Sousa para a matriz paroquial daquela cidade baiana, da Diocese de Ilhéus.
Recorte do Jornal do Commercio |
Entre os motivos que
legitimam o pedido, o itajuipenses enaltecem a ação educadora do antigo
vigário, que também foi o construtor da igreja do Sagrado Coração de Jesus,
atual sede da paróquia, onde pretendem fiquem em repouso a relíquia funerária,
tão querida ao povo do município de Itajuípe.
O arcebispo informou-nos
que não vê dificuldade alguma em atender à solicitação que lhe chega da Bahia,
desde que o povo de Borba não assuma igual atitude, pois os méritos do ilustre
falecido nessa cidade do Madeira não serão menores do que os apontados pelos
baianos.
Em Borba, o Côn. Bento
também ergueu igreja e colégio que bem atestam seu patriotismo e zelo
apostólico, além de ter ai passado maior tempo de sua vida.
SERÃO TRANSLADADOS PARA
BAHIA OS
RESTOS MORTAIS DO CÔN. BENTO
Este ano, no dia de Finados,
os filhos de Borba, residentes no Amazonas não mais visitarão a sepultura do
Cônego Bento em Manaus.
É que no dia 28 deste mês,
D. João de Souza Lima viajou para a Bahia, levando os restos mortais do Cônego Bento
Jose de Souza para a cidade de Itajuípe, naquele Estado.
O motivo da mudança foi a insistência
que, por mais de um ano, as autoridades e o povo de Itajuípe fizeram, junto a
D. João, para lhes serem enviados os restos mortais do Cônego Bento, construtor
da Igreja matriz daquela cidade, de onde foi Vigário incansável por vários anos,
durante os quais tudo fez pelo progresso espiritual e material da comunidade.
Recorte do Jornal do Commercio |
O Cônego Bento, embora baiano
de nascimento, era amazonense de coração. Vigário da cidade de Borba por quase
trinta anos, dedicou-se com todo o ardor ao bem do povo daquela cidade do Madeira,
que guarda viva memória de sua figura austera mas bondosa, sempre pronto a
atender aos que o procuravam.
Foi ele quem reconstruiu a
Igreja de Borba, dedicada a Santo Antônio, igreja belíssima que é um dos orgulhos
do povo de Borba. Veio a falecer em Manaus, a 27 de julho de 1965.
Por isso, embora seus
restos mortais tenham ido descansar na Bahia, a lembrança da vida benfazeja do Cônego Bento continuará viva em Borba, que não o esquece, e em Manaus, onde encerrou
sua vida de sacerdote exemplar.
Muito bom, e parabéns pela descrição sobre o querido padre Bento, fui seu acompanhante nos seus últimos anos de vida em man6
ResponderExcluirMuito bom, e parabéns pela descrição sobre o querido padre Bento, fui seu acompanhante nos seus últimos anos de vida em man6
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