CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, novembro 30, 2020

SAUDOSAS EMPRESAS AÉREAS

Preparando-me para a próxima viagem, acabo de tomar as providências cabíveis. O quebra-cabeça está em escolher a empresa aérea e o hotel para a hospedagem.

 


O cartão de embarque já se encontra em mãos, basta escolher.

 

Outra facilidade é a originalidade do carnê de pagamento das prestações.

 


Até a volta!

DESATIVAÇÃO DA PMAM: 90 ANOS

Ontem, 29 de novembro, lembrou a data da desativação da Polícia Militar do Amazonas. O fato ocorreu há 90 anos, por isso, ninguém lembrou ou não merece ser lembrado, afinal uma corporação levar um “cartão vermelho” é indecoroso.

Postado na praça da Polícia, foi comando-geral da PMAM
até 2002
 
Resgatando a memória: em outubro de 1930, Getúlio Vargas assume o Governo Federal e estabelece no país seus cooperadores, um dos quais foi titulado de vice-rei do Norte, Juarez Távora. Em Belém do Pará assume a interventoria federal o major EB Magalhães Barata, que, em 1924, havia derrubado o governador do Amazonas, Cesar Monteiro. E transmudado a Força Policial em Guarda Cívica, sob o comando do capitão PM Arthur Martins. Investiu sobre a capital paraense, conduzindo parte da tropa policial, porém foi desistiu quando soube que a PM do Pará havia dominado as forças rebeldes.

Portanto, a desativação da Força Policial do Amazonas que ocorreu mediante o Ato (designação nova para o decreto) 52, de 29 de novembro, tratou-se de vindita da dupla Távora e Magalhães. Coube ao interventor Álvaro Maia, que fora em 1917 o primeiro Juiz Auditor da Força, com a patente de capitão, decidir sob frágil justificativa (escassez de recursos) extinguir a corporação, pondo na rua centenas de profissionais.

Em 20 de abril de 1936, a Força Estadual voltou a operar, propiciando um esplendoroso festejo quando de sua abertura. Foi uma conquista e tanto para os desesperançados policiais. Tanto que seu comandante, coronel PM José Rodrigues Pessoa, fez desta a data de (re)criação da Força Policial, que fluiu enquanto aquele chefe permaneceu no comando (1941).

domingo, novembro 29, 2020

MUSEU DE NUMISMÁTICA: 120 ANOS

O museu foi montado por Bernardo Ramos, adquirido pelo governo do Estado, hoje, depois de passar por alguns endereços, é encontrado no Palacete Provincial. Merece ser visitado, há muito a nos ensinar.

Ao completar 120 anos de existência, nosso colega Adriel França, animado membro do Clube Filatélico do Amazonas (CFA), empenhou-se para carimbar esta data, produzindo o selo aqui compartilhado. O texto foi publicado no Jornal do Commercio.

 

Amostra do selo comemorativo

 Um selo para o Museu

Adriel França,

autor do projeto Guerreiros do Amazonas

 

No dia em que o Museu de Numismática completa 120 anos de existência, segunda-feira, 30|11, o CFA (Clube Filatélico do Amazonas), lança um selo em alusão à data. Vale ressaltar que o CFA, entre seus associados, possui vários filatelistas que também são grandes numismatas.

O Museu de Numismática começou a se formar ainda em 1899, quando o Governo do Estado autorizou a compra da coleção numismática de Bernardo d’Azevedo da Silva Ramos, com a intenção de criar um museu na capital amazonense. Naquela época, a coleção figurava na posição de 4ª maior do Mundo e a maior da América Latina.

Bernardo Ramos foi um dos fundadores do Clube Republicano, criado logo depois da chegada do conde D’Eu a Manaus, em agosto de 1889. Também foi um dos sócios fundadores do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas), em 1917, e seu primeiro presidente, além de importante comerciante em nossa cidade.

Em 20 de fevereiro de 1900, pelo Decreto 402, a compra foi efetivada pelo valor de 300 contos de réis, e finalmente em 30 de novembro do mesmo ano, pelo Decreto 460, criou-se a Seção Numismática na Imprensa Oficial e seu regulamento, dando origem legal ao museu, tornando-se então o primeiro museu de numismática no Brasil e possivelmente o primeiro da América Latina.

Antes da criação legal do museu, por ocasião das festividades do 4º centenário do descobrimento do Brasil, realizadas no Rio de Janeiro, então Capital Federal, a coleção foi exposta, de 5 a 31 de maio de 1900, no salão nobre do externato do Ginásio Nacional, hoje Museu Nacional. Após retornar para Manaus a coleção foi dividida em 24 vitrines feitas de mogno, com cristal bisotado, e logo aberta à visitação na sede da Imprensa Oficial, que funcionava na av. Sete de Setembro.

Parte da coleção de Bernardo foi enriquecida com a compra de peças do professor pernambucano Manoel Cícero Peregrino da Silva, criador do curso de Biblioteconomia no Brasil. Dentre as peças adquiridas estavam alguns milhares de selos nacionais e estrangeiros.

Pouco é mencionada a coleção filatélica de Bernardo Ramos, possivelmente quase nada deste ramo do colecionismo ainda exista, ou está guardada nos porões do Palacete Provincial. Bernardo Ramos, enquanto presidente do IGHA, organizou as comissões que seriam abordadas pelo Instituto, dentre elas, a de Filatelia, que ainda hoje figura nos seus estatutos.

E, para lembrar desta parte de sua coleção que se perdeu no tempo, o CFA realizará o lançamento do selo personalizado para marcar não só o aniversário do Museu, mas para mostrar que Bernardo também foi filatelista. A arte do selo foi dividida em dois planos. No primeiro podemos ver o retrato do próprio Bernardo Ramos, e as inscrições sobre os 120 anos do Museu, na parte inferior. Na parte superior, o emblema do CFA. Em segundo plano, a fotografia de uma das vitrines de mogno, com várias das peças expostas no Museu.

sábado, novembro 28, 2020

MORTOS DE OUTUBRO/NOVEMBRO

 Em 30 dias, a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) perdeu três antigos oficiais: dois integrantes do Serviço de Saúde e o terceiro, do trânsito e das motocicletas. Vou relembrá-los pela ordem de falecimento: em 21 de outubro – Nazadir Sapucaia, em Belém do Pará; em 31 de outubro – Calil de Moraes Nadaf; e em 11 de novembro, o coronel José Francisco Bonates Correa, ambos em Manaus (AM).

Nazadir Sapucaia
 

Dr. Sapucaia, nascido em 1948, era dentista formado pela Universidade Federal do Pará. Incluiu na PMAM em 1974, quando a corporação encetou uma restauração do Serviço de Saúde. Foi ainda professor da Universidade Federal do Amazonas. Reformado, vivia em sua cidade natal – Belém (PA).

 

Registro da missa de 7º dia de Calil Nadaf

Dr. Calil era amazonense, nascido em 1937. Formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio, em 1964, esteve no Serviço de Saúde entre 04|01|1966 e 67, na condição de major comissionado.

 


Coronel Correa nasceu no bairro da Praça 14 de Janeiro, em 1948. Antes de ingressar na PMAM em 1973, concluiu o NPOR/1º BIS, onde prestou estágio profissional, depois passou pela Cia PE, como motociclista, que serviria de marca registrada: a paixão pelas motos. Na PMAM, comandou a Companhia de Polícia Rodoviária (1987); Batalhão de Policiamento Especial (1995); Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP); promovido a coronel em 1997, esteve à frente do Comando do Policiamento da Capital (CPC), entre outras funções. Ainda na ativa, conduziu o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) como diretor-presidente. Já na reserva, colaborou por anos na Secretaria de Segurança Pública.



sexta-feira, novembro 27, 2020

PMAM E SEUS HINOS

1.    BRADO DE GUERRA

Este dobrado deve ter sido adotado como hino da Polícia Militar do Amazonas antes da metade do século passado. Ao final dos anos 1940, certamente. Simplório, sem referência à história da corporação ou de valores que porventura possuísse. Nada! Basta ver o refrão, que eivado de interjeições demonstra sem parcimônia a indigência da letra, de autor ignorado. Dá ares de produto de algum músico da Banda que fora escalado ou compelido a produzir um exercício.

Intitulado de Brado de Guerra da Polícia Militar, era cantado pela tropa sem indicação de qualquer natureza. Assim seguiu até a suspensão de sua execução com o advento da Canção da PMAM, em 1978.

Brado de Guerra da Polícia Militar

Autor: desconhecido

Letra – reproduzida de memória pelo coronel Mael Sá

 

Nós somos da Polícia, Polícia Militar

Do estado do Amazonas, o nosso batalhão.

Uip, uip, urra! urra! urra!

Hei de vencer ou então morrer, é o nosso lema:

Brasil confia em nós, os teus soldados.

 

Avante, avante, avante brasileiros,

que o nosso brado, é brado de guerreiros.

Marchar, marchar, marchar para a vitória,

Que toda a terra, verá a nossa glória.

O nosso pavilhão será imortal como a Nação!

 


2.    Canção da POLÍCIA MILITAR

O comandante-geral da PMAM no quinquênio de 1974-79, coronel Mario Perelló Ossuosky, promoveu uma revitalização da corporação no tocante à legislação e medalhística, além da expansão física com a instalação de novas unidades. Assim sendo, grande parte da legislação ainda vigente teve sua concepção. Dentre outras iniciativas, geriu a adoção da atual Canção da Polícia Militar.

Até então, a PM marchava aos acordes do Brado de Guerra, canção sem autoria e data de criação conhecida. Além desses males, era muito simplória.

Para a consecução do novo hino foi realizado um concurso público, e o vencedor foi o Dr. Newton Aguiar, que compôs a letra e a música. 

Canção da POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS

Decreto 4135, de 16 de janeiro de 1978

Adota a Canção da Polícia Militar do Amazonas.

Letra e música – Newton Aguiar

Orquestração – tenente Ernani Puga

 

Milícia do Amazonas, teus soldados,

São leais, destemidos, são estoicos,

Em Canudos, com sangue batizados,

Na luta com os jagunços foram heroicos.

No Acre, com batalhas e vitórias

Deram ao Brasil maiores extensões,

Voltaram com troféus, cheios de glórias,

Em marcha triunfal aos seus rincões.

 

Pela paz, pela ordem, sempre atentos,

Soldados da Polícia Militar,

Festejando da pátria seus eventos,

Na cadência dos tambores a rufar.

           

            Desfilam com a bandeira que ostenta

Os sinais dos combates que travaram.

A imagem da pátria representa,

Pela qual muitos bravos já tombaram,

Coragem, disciplina e heroísmo,

Com brio e muita galhardia.

Vibrando de orgulho e civismo,

Cumprindo seu dever de cada dia.

Placa indicativa da homenagem



 

quarta-feira, novembro 25, 2020

PMAM: ALMANAQUE DE OFICIAIS - 1967

 Há nas corporações militares um documento intitulado Almanaque, onde são lançados dos integrantes seus dados funcionais. A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) cumpria este procedimento, até que o tempo passando, o volume de policiais se avolumando, a informática assessorando, não mais permitiram a inclusão de dados históricos.
Capa do 
Almanaque

Talvez tenha sido o último a circular com vasto material histórico, o Almanaque para 1967. Nele se encontra a relação dos governadores amazonenses, a galeria dos comandantes-gerais e o Relatório de Cândido Mariano, divulgado em 1897, enfocando a Campanha de Canudos. Há nele, afinal, os TRAÇOS HISTÓRICOS. O texto vai aqui compartilhado, porém, em cor vermelha anotei alguns reparos sobre esta publicação.  


TRAÇOS HISTÓRICOS DA POLÍCIA MILITAR DO AMAZONAS

Quando mais intenso se fazia o movimento colonizador na Província Imperial do Amazonas, Estevão José Ferraz, então deputado, sentindo necessidade de proteger os núcleos que se tornavam dia após dia mais populosos, apresentou à Câmara Provincial o projeto de criação da Guarda Policial, constituída por 74 homens.
Sancionada a lei, em 26 de abril de 1876, foi designado para comandá-la, em 1° de maio do mesmo ano, o major da Guarda Nacional, Severino Eusébio Cordeiro. De conformidade com o decreto de sua criação, a milícia do Amazonas recebia do erário imperial 30% das suas despesas.

Nota: 1) Até o ano de 1972, a Polícia Militar do Amazonas havia “nascido” em 3 de maio de 1876, conforme acima. Em trabalho histórico, ficou provado que a PMAM fora criada em 4 de abril de 1837, que segue festejada. 2) Severino Cordeiro era 1º tenente reformado do Exército, não pertenceu a Guarda Nacional. Identificado como major, por ser o posto do comandante.

Proclamada a República, passou a Guarda Policial a servir ao regime recém instituído, sem que qualquer quebra de disciplina ou manifestação exterior de outra espécie, fizesse acreditá-la corrompida pela política. Continuou assim a Milícia Amazonense, a enriquecer suas tradições mantendo precisamente a 4 de agosto de 1897, o 1° Batalhão da então Força Pública do Amazonas, constituído por 249 praças e 24 oficiais, embarcou com destino à Bahia, a fim de tomar parte nas operações que se realizavam em Canudos, contra os rebeldes de Antônio Conselheiro.

Nota: o 1º batalhão de infantaria pertencia ao Regimento Militar do Estado, essa a denominação da Força Estadual entre 1897-1907.

Tão eficiente foi a colaboração dessa tropa na manutenção da ordem além das fronteiras de seu Estado, que ainda hoje pode ostentar, para orgulho dos homens da gleba, tinta pelo sangue e esfarrapada pelos impactos recebidos, a Bandeira Nacional que conduziu, quando fazia a vanguarda das forças que penetraram em igreja nova, último reduto dos fanáticos de Canudos.

Nota: a questão das bandeiras sempre foi discutível, aquela esfarrapada usada durante o conflito foi, de fato, entregue à tropa diante do governador, quando da partida. Aquela bordada a ouro, na verdade nada de ouro, foi confeccionada pelas esposas dos oficiais combatentes, em Manaus, enquanto aguardavam o desfecho da luta.

Coroa de louros oferta do governo do Pará 

Regressando ao seu Estado, posteriormente recebeu aquele Batalhão, como prêmio pela conduta mantida, rica bandeira bordada a ouro, oferta da mulher baiana. Não menos significativa foi a homenagem prestada pelo povo paraense aos 47 irmãos da Milícia Baré mortos nas caatingas baianas: a oferenda de magnífica coroa de louros fundida em ouro. Comandou a Força Pública, na campanha em referência, o tenente-coronel Cândido José Mariano.

Notas: o governo do Pará ofereceu uma coroa de louros fundida em prata. As bandeiras e a coroa estão no Museu Tiradentes. Candido Mariano era 1º tenente do Exército, apenas foi comissionado tenente-coronel PM para o comando do batalhão.

Atingiu a Corporação, em 1912, o apogeu, ostentando então o seu maior efetivo, 1.463 homens. Durante o ano de 1917, o decreto 1.237, aprovou o acordo com o Governo Federal, arregimentando a Força Pública do Amazonas, como reserva do Exército Nacional.
Vários festejos marcaram em 1926 a passagem do seu cinquentenário.

Nota: como me referi acima, esta corporação foi criada em 1876, daí os festejos de 1926. O Diário Oficial publicou um retrospecto pela data.

Convulsionado o país pela revolução de 1930, foi a Força Policial do Amazonas dissolvida. Em conformidade com o decreto n° 99, foi reorganizada em 20 de abril de 1936.

Nota: há 90 anos, em 29 de novembro de 1930, ocorreu a desativação. E levou mais de cinco anos para o retorno ao trabalho.


No decorrer da guerra contra as potências do Eixo, colaborou na Batalha da Produção; auxiliou a construção de hospedaria para imigrantes; policiou e organizou o transporte dos chamados "soldados
da borracha", e finalmente trabalhou nos serviços de estivas do porto de Manaus, durante três anos, empenhada no descongestionamento do tráfego fluvial, assegurando o abastecimento da hileia.

Nota: além da cooperação acima enumerada, cooperou na construção do edifício do Instituto de Educação do Amazonas, a fim ter liberado seu quartel das normalistas, que o utilizavam há dez anos.

Atualmente [1967] a Polícia Militar do Amazonas tem 823 homens em seu efetivo e desempenha a sua função normal, garantia da ordem pública e defesa das instituições em vigência na terra de Ajuricaba.

terça-feira, novembro 24, 2020

CARTA AO NOVO PREFEITO

 A eleição do próximo domingo, com a vitória de David Almeida, me leva a reproduzir a seguinte carta. Espero a atenção do Almeida, ou melhor, que atenda ao patrimônio da cidade, visto que a situação mostrada, como diz minha madrinha, parte o coração. 

Após a utilização pelos Bombeiros, serviu a
Fundação Joaquim Nabuco (foto)


Senhor Prefeito 

David Almeida

As imagens que ilustram esta missiva, demonstram a incúria da Prefeitura diante da ruína de um monumento da cidade. Tem mais, escancara o desleixo com a segurança de transeuntes, pois a qualquer momento a “coisa” que parece um tapume pode desabar sobre alguém. Asseguro-lhe que já desabou em três ocasiões, e, em cada uma delas, os funcionários da Comuna fizeram o malefício de reduzir e de tornar inseguro o tapume.

Conheço este edifício de duas maneiras: a primeira, quando em 1973 a Polícia Militar do Amazonas tomou o encargo de combater os incêndios e outros desastres correlatos. Eu estava presente. Foi ali que se reiniciou o Corpo de Bombeiros que, em nossos dias, do alto de Petrópolis, sob nova direção, zela muito bem pela Cidade.

A segunda experiência com a edificação ocorreu quando pesquisei sua presença na avenida Sete de Setembro para o livro Bombeiros do Amazonas, de minha autoria. Portanto, este local serve como manto sagrado para tantos Bombeiros Militares, em especial àqueles que estiveram sob o controle da Prefeitura de Manaus. Posto que empenharam a saúde, diria até a vida, para salvaguardar a população.

Por isso, senhor Prefeito, tome este empenho: repare o Quartel dos Bombeiros, a marca que ele alcançar, será a marca de sua administração. Ou então, demolindo-o, o Senhor evita a dor impetuosa que atinge àqueles que o fizeram funcionar, como o subscritor que apela para seus propósitos de candidato.

    Cordialmente

            Roberto Mendonça


Perigosa situação atual.

domingo, novembro 22, 2020

POEMA SOBRE PORQUINHO-DA-ÍNDIA

O poema pertence a Manuel Bandeira, os porquinhos (Juanito e Pepe) ao Manoel Roberto... Mendonça. E a coruja Tutuia cuida dos animalzitos. Atesto e dou fé.

Poema de Bandeira
Porquinhos de casa
Tutuia, protetora dos porquinhos caseiros


sábado, novembro 21, 2020

PRAÇA DO CONGRESSO OU DO BITTENCOURT

Para lembrar um antigo logradouro de Manaus, a Praça Antonio Bittencourt, que o popular apelidou de Praça do Congresso, reproduzo o folheto que foi distribuído na ocasião de sua última restauração, quando governador Omar Aziz.


Capa do folheto que marcou a restauração da praça


O patrono

Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt nasceu em Manaus, no dia 3 de novembro de 1853, pouco mais de um ano após a instalação da
Província do Amazonas. Filho do tenente José Ferreira Bittencourt e Damiana Filipa de Souza. Ingressou nas tropas que serviriam na Guerra do Paraguai, destacando-se como militar de carreira. Começou na condição de Alferes, passou à Guarda-Aduaneiro, Amanuense da Secretaria Geral da Província,
progredindo em todas as funções e aposentando-se como Oficial Maior, ou
Diretor Geral, com 25 anos de serviço.
Integrou o Partido Democrata, chefiado por Emílio José Moreira com o qual rompeu em 1896. Foi deputado provincial e deputado estadual em diversas ocasiões. Foi Secretário-Geral do Estado no governo de Silvério Nery
(1900-04) e candidato ao Senado da República (1903). Foi indicado e eleito vice-governador do Estado na chapa de Antônio Constantino Nery (1904-08). Eleito Governador do Estado, no período de 1908 a 1912, com apoio
partidário e do presidente Affonso Penna.

Foi deposto do cargo em 1910, quando do célebre bombardeio de Manaus, mas reconduzido ao cargo por ordem do presidente da República, Nilo Peçanha.

O período foi de grande tumulto político e de graves consequências para as finanças e a ordem pública, mas ainda assim, Bittencourt foi austero em sua administração e honrado em toda a sua vida.
Foi um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, em março de 1917, assumindo a presidência logo após a gestão de Bernardo Azevedo da Silva Ramos. Integrou a maçonaria amazonense, galgando
todos os graus e exercendo os mais destacados cargos administrativos.
Casou-se com Antônia de Andrada Bittencourt, com quem teve os filhos Raymundo, Francisca e Agnello. Quando viúvo, casou-se com sua prima Amélia de Souza Bittencourt, com quem teve vários filhos, entre eles Dalila e Ilza.

 

O Lugar
Ainda no tempo do Império do Brasil (1822-89), tudo começou no espaço chamado de Largo do Paiçandu – homenagem ao território uruguaio tomado em 1865. Desapareceu com o aterro do igarapé do Espírito Santo e a abertura de ruas e loteamentos, formando na parte final da região, o Jardim do Palácio Novo.
Uma Comissão de Saneamento do Estado propôs a bifurcação da avenida Eduardo Ribeiro, em frente ao Palácio do Governo, para facilitar o trânsito de veículos, e para este fim desapropriou áreas, iniciando-se o movimento de terras. As obras passaram a ser realizadas em derredor do Palácio e essa ampla esplanada, anos depois, foi sendo reduzida por cessão de terras públicas para edificações particulares, resultando na sua formação atual. Já designada de Praça Cinco de Setembro - em homenagem à elevação do Amazonas à categoria de Província, o jardim foi completamente reformado, na administração municipal do professor Gilberto Mestrinho, sendo o desenho artístico elaborado pelo Dr. Areolino de Azevedo.

 

Os Nomes Antigos
Constituiu-se inicialmente como Largo do Paiçandu. A denominação seguinte foi de Praça Cinco de Setembro. Recebeu o nome de Praça Antônio Bittencourt em homenagem ao político renomado da época - Antônio Clemente Ribeiro Bittencourt. Popularmente foi chamada de Praça da Saúde, em razão do edifício sede da Repartição de Saúde Pública, ali existente por muitos anos. A denominação popular que mais se fixou na memória coletiva foi Praça do  Congresso, referência direta ao 1° Congresso Eucarístico Diocesano de Manaus e à comemoração dos cinquenta anos de criação do Bispado do Amazonas, realizado naquele logradouro em junho de 1942.


Monumentos
Durante muitos anos a Praça permaneceu sem monumentos, constituindo-se em uma esplanada aberta diante do antigo Palácio, e só recebeu melhoramentos quando dos preparativos para o 1.° Congresso Eucarístico Diocesano de Manaus, de 1942. Para esse evento foram edificados o mastro para a Bandeira Nacional e o monumento a Nossa Senhora da Conceição. Anos depois, o prefeito Manoel Ribeiro mandou edificar um busto em bronze em homenagem ao governador Eduardo Ribeiro, substituído na reabilitação e restauração do logradouro no governo Omar Aziz, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.

 

Vizinhança
O entorno da Praça foi valorizado por vizinhança ilustre, ainda que tenha perdido o sentido da proposta original, de um grande jardim frontal ao Palácio do Governo. O palacete de esquina da rua Monsenhor Coutinho serviu de residência e gabinete de trabalho do Dr. Thomas, importante médico e cientista inglês que atuou em Manaus por longos anos. No mesmo palacete, anos depois, pelo prefeito Amazonino Mendes, foi instalada a Biblioteca João Bosco Pantoja Evangelista – importante professor e escritor amazonense. Na mesma quadra se encontram a residência da família Bulbol, comerciantes respeitados de Manaus, a casa de residência do diretor do Colégio Militar de Manaus e que serviu também de residência dos generais comandantes do GEF – Grupamento de Elementos de Fronteira e da Região Militar, Rodrigo Octávio Jordão Ramos quando comandante Militar da Amazônia.
Ao centro e ao alto, no local onde seria o Palácio do Governo, está o Instituto de Educação do Amazonas, ali instalado pelo governo Álvaro Maia. Do lado oposto, em linha com o Instituto Benjamin Constant, antigo Instituto Elisa Souto, encontra-se a residência do médico Arlindo Frota e o prédio do Departamento de Saúde Pública, este já demolido. Completando o entorno, no local do antigo e belíssimo palacete Miranda Corrêa, está o edifício do mesmo nome, e o Ideal Clube, de imponente arquitetura.

quinta-feira, novembro 19, 2020

DIA DA BANDEIRA E + DE DONA DORA

Tenho uma obrigação semanal, na quarta-feira vou à reunião dos filatelistas, ali na praça do Congresso. Bem ao lado de nosso conclave existe uma casa antiga, que vem recebendo nova decoração, por isso mais elegante ainda. Fiz uma foto e envie para meu irmão Renato, lembrando-lhe que ali nossa Dona trabalhou como doméstica. A casa era (ou ainda é) da família Bulbol.

Residência dos Bulbol,
na Praça do Congresso

Renato retrucou, relatando a visita que fez a esta residência – aos sete anos - junto com nosso pai, então pretendente da colaboradora (usando uma expressão corrente). Foram recebidos com cortesia, porém, receados pelo patrão. Confessou-me a nostalgia que tomou em virtude da foto e do relato que travamos.


DONA DOROTÉIA

19|11|2002

Renato Mendonça

Chamou-me atenção a data de hoje, ao preencher um documento. Lembrei-me do aniversário de Dona Dorotéia — um dos meus anjos, exaltados em crônicas anteriores — que nos deixou há dez anos.

Pessoa maravilhosa com quem eu convivi intensamente dos oito aos dezoito anos. Depois o acaso tratou de nos afastar. Era minha madrasta — palavra que sempre detestei pela aspereza da pronúncia e porque parece trazer no seu bojo um sentido cruel e uma falta de carinho no tratamento. Esse substantivo não lhe caía bem. Não teve o carinho e afeto específico de uma mãe biológica, porque além de mim, teve outro tanto para criar, porém, compensou com a dedicação e o zelo típico das pessoas de bom coração, sem deixar que eu notasse alguma discriminação pelo fato de ser adotivo.

Casal Manuel e Dora

Contribuiu enormemente na minha educação e me apoiou nas horas mais difíceis. Era uma mulher ativa, excelente dona-de-casa e cozinheira, com uma determinação fora do comum.

Decidimos, instintivamente, mudar seu nome de tratamento para simplesmente “Dona”. Um nome mais curto nos aproximava um pouco mais. Depois, com o passar dos anos, carinhosamente a chamávamos de “Doninha”. O diminutivo lhe engrandeceu ainda mais, e nos colocou — eu e meus irmãos da primeira geração — sob sua proteção. Nos últimos anos de vida ainda voltou a estudar, e se aculturou um pouco mais.

Ela morreu precocemente, vitimada por um câncer no pulmão sem nunca ter experimentado um cigarro. São os desígnios de Deus. Não vamos cobrá-Lo nenhuma explicação, óbvio. Foi embora, mas deixou lições e ensinamentos. Fatos pitorescos que ficaram gravados no nosso álbum de recordações.

Num dia de minha infância, quando criávamos galinha no quintal para comer, ou vender — quando a situação estava preta —, acidentalmente uma pisou um dos seus pintinhos e quebrou-lhe a perna. Fiquei apavorado sem saber o que fazer quando vi aquela fratura exposta. Levei-o até ela, imaginando que o pintinho seria sacrificado. Na mesma hora ela tentou tracionar a perna do pintinho para tentar recolocar o local da fratura em situação de engessar. O pintinho “berrava”. Não foi possível porque já havia passado algum tempo, e o tendão tinha se comprimido. A alternativa que ela encontrou foi cortar o pequeno pedaço do ossinho que sobrava. Cortou-o com uma tesoura de unha. Em seguida pegou dois palitos de fósforo e fez uma tala. Recolocou o pintinho com sua mãe como se fosse coisa mais natural possível.

Para minha surpresa, meses depois aquele pintinho tornou-se o galo do terreiro e não teve nenhuma sequela. As duas pernas do animal ficaram rigorosamente iguais. Milagre? Não sei. (...)

E assim levou sua vida. Alegre, sempre disposta. Gostava de, aos domingos, preparar uma comida especial. Gorda, não se incomodava com isso. Não fazia dieta e, sempre que tinha oportunidade compartilhava com a gente uma caipirinha ou uma cervejinha, apenas para ficar mais contente.

Nos últimos anos a vimos perder peso, fustigada pela doença e pelas internações. Não se entregou em nenhum momento. Tinha sempre a esperança e a fé de curar-se. Era católica fervorosa. Deixou-nos um legado: a alegria de viver e a resignação com as adversidades da vida, que ela nunca reclamava.

Deus a guarde em um lugar de refrigério, de luz e paz. Amém.

domingo, novembro 15, 2020

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Hoje - Dia das eleições municipais no Brasil. 

15 de novembro

1889 – Ocorreu a Proclamação da República no país, cujo fato sucedeu na então Capital Federal, conduzida pelos militares federais, à frente o marechal Deodoro da Fonseca. O distanciamento geográfico do Amazonas, entretanto, apenas permitiu que esta alvissareira notícia chegasse ao nosso porto seis dias depois. Lembro que, por ocasião da Independência, a notícia alcançou Manaus um ano depois (9 nov. 1823).

1893 – Inauguração do Diário Oficial, instalado na avenida Sete de Setembro, no edifício hoje ocupado pelo banco Bradesco, aos fundos da Biblioteca Pública. Em nossos dias, a Imprensa Oficial segue ocupando o tradicional endereço da rua Dr. Machado.


Edifício original onde foi inaugurada
a Imprensa Oficial, hoje Bradesco

1919 – Assume o comando da Força Policial do Estado, Alberto Duarte de Mendonça, capitão de infantaria do Exército, comissionado no posto imediato, vindo do 27 BC. De certo, um dos comandos mais curtos, pois permaneceu no cargo, não se tem registro das razões, até 18 de dezembro seguinte. Desse modo, não há foto na galeria dos comandantes, restando dele somente uma nota de rodapé. Foi substituído pelo tenente-coronel PM Octavio Sarmento, por sinal seu contemporâneo na Escola Militar, ao lado de Cândido Mariano.

1995 – Falece, em Manaus, o doutor Paulo Pinto Nery, descendente de marcante família no Amazonas, da qual saíram quatro chefes do Poder Executivo. Pinto Nery foi mestre da Faculdade de Direito do Amazonas, prefeito da Cidade e governador do Estado, e mais outros encargos na área do Poder Legislativo.

quinta-feira, novembro 12, 2020

PMAM: A INCLUSÃO DE POLICIAIS

 Anteontem (10), convidado pelo IESP (Instituto Integrado de Ensino de Segurança Pública) efetuei uma aula para o CPS (Curso de Preparação de Soldados) no Auditório do UniNilton Lins. Dois detalhes me surpreenderam: o efetivo do curso – 350 alunos; e a monumentalidade do teatro da universidade.

Aproveitei a ocasião para relembrar aos ouvintes o caminho que a Polícia Militar do Amazonas (PMAM) percorreu desde sua fundação até àquele momento, no tocante à formação de seus grupos. São passados 183 anos. Obviamente, que no primeiro século desta existência seus integrantes foram acolhidos (não selecionados) sem atentar para qualquer regramento, visto não existir, e visto não “poder escolher” diante da precariedade de mão-de-obra masculina.

Quartel da Polícia Militar, em 1902,  com a estrutura que
conhecemos. Hoje transformado em Palacete Provincial. 

Quando em 1876, na recriação da Guarda Policial do Amazonas, embrião da atual corporação, observando-se os registros de inclusão, verifica-se a precariedade dos recrutados: qualquer idade, quase nenhuma alfabetização, precariedade de aquartelamento, e a constante reclamação contra o soldo. Tentando atrair e consolidar o voluntário, prometia-se que, após três anos de serviço, receberia ele uma gleba de terras e recursos para a agricultura.

Na entrada da República, o governador do Estado Villeroy reservou o saudoso quartel da Praça da Polícia para a Força Estadual. A edificação ainda não fora ampliada, mas permitia acolher o diminuto efetivo. O Amazonas, ao transitar pelo apogeu da borracha, atraiu desmedida soma de patrícios e estrangeiros em busca da riqueza. Nessa conjuntura, a PMAM foi ampliada, tanto que o governador Eduardo Ribeiro, em 1895, inaugurou o aquartelamento que hoje conhecemos como Palacete Provincial. Quanto à inclusão de praças, o ritmo seguia o de antanho, com regras bem frouxas: não havia data para ingresso, nem se cogitava de seleção, pois todo voluntário era bem-vindo. A quantia de nordestinos alistados na corporação abismava, posto que entre dez policiais (oficiais e praças), apenas um era amazonense.  Admitia até estrangeiros, desde que não se engasgassem com a língua portuguesa.  

A extração da borracha, contudo, sofreu duríssimo golpe na primeira década do século 20, quando passou a ser produzida do outro lado do mundo. O Amazonas e, consequentemente, seus órgãos diretivos sentiram o baque, e foram se fragmentando. Em 1950, a PMAM dispunha de um efetivo (atenção, previsto!) de 328 policiais. Para efeito de confronto: menos que o pessoal presente no auditório, visto que somente o CPS era constituído de 350 alunos-soldados.

Em final de 1930, há 90 anos, a interventoria de Álvaro Maia “dissolve a Força Policial do Amazonas”. Em curta e grossa decisão, como se lê, impõe a ela mais de 5 anos fora de atividades. Quando do retorno, em abril de 1936, o comandante José Pessoa, paraibano de boa cepa, instituiu aquela data como renascimento da PMAM. A inclusão de seus componentes, no entanto, prosseguiu nos moldes antecedentes.

Álvaro Maia, interventor federal,
que desativou a PMAM, em 1930

A primeira mudança ocorreu em 1941, quando admitiu vo primeiro oficial proveniente do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) de Belém do Pará. Fala-se do patrono da Academia de Polícia Militar, o saudoso coronel Neper Alencar. Outros oficiais R/2 são incorporados, em especial no período da 2ª Guerra, quando o 27 BC instalou o NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais do Exército) na capital amazonense.

Findo o confronto mundial, os recursos financeiros voltam a escassear no Estado, e o “fundo do igarapé” mostra-se vivaz. A Força Estadual cada vez mais desnutrida torcia para que algum pretendente transpusesse o portão das armas, ou que os “soldados da borracha” que escaparam do combate ou até se esquivaram dele, achassem refúgio na Polícia Militar do Estado do Amazonas (PMEA).

A mudança política ocorrida em 1964 trouxe refrigério financeiro à administração amazonense. A corporação policial foi consequentemente contemplada e, entre outros benefícios, recebeu em 1965 do governador Arthur Reis (1964-67) a denominação de “Batalhão Amazonas”. A 7 de abril do ano seguinte, a PMAM inaugurou a primeira escola destinada a formação de soldados. Aproveitou as dependências do antigo “Piquete”, localizado na rua Dr. Machado, sobre o barranco do igarapé do Mestre Chico, no bairro da Praça 14 de Janeiro. Sob a denominação de Centro de Instrução Militar (CIM) funcionou até 1972.

Comprovante do CFS do Sd PM
Cosme Caetano da Silva, realizado
no 1º BPM em 1981.

A partir dessa parada, e antes da criação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap) em 1980, a instrução de praças foi realizada nas dependências do 1º Batalhão, em Petrópolis. Não era o melhor recurso, porque a amplidão do aquartelamento permitiu não somente os cursos de formação, mas também a instalação de outras unidades da PMAM.

O Cefap funcionou por duas décadas, situado no quartel construído inicialmente para a Companhia de Polícia Rodoviária, situado no entroncamento das rodovias Torquato Tapajós com a BR 174. Correspondeu ao investimento do Estado, ao preparar para o serviço um número extraordinário de soldados e, como alardeia sua denominação, promover o aprimoramento de tantos graduados.

No início deste século, nova encaminhamento sobre a formação dos quadros da corporação foi posta em prática. A qualificação dos cursos de oficiais e de praças, além da preparação de soldados exigem mais recursos. Expedientes de variadas espécies, principiando sob a [RM1]  supervisão da Secretaria de Segurança. Enfim, a corporação passou a integrar junto com a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar, além do Detran o Instituto Integrado de Ensino da Segurança Pública (IESP). Ainda que provisoriamente, funciona nas dependências do UniNilton Lins, onde como afirmei na entrada, lembrei esses dados aos futuros soldados da PMAM.


 [RM1]