CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, maio 30, 2024

CORPUS CHRISTI, HOJE

A presente postagem acerca da festa religiosa católica é de criação de Renato Mendonça. 

REFLEXÕES SOBRE O CORPUS CHRISTI!

 
Extraído da internet

É um termo latino que significa “O Corpo de Cristo”. A sociedade, tão desatenta aos significados cristãos, comemora o dia de hoje apenas como mais um feriado incorporado ao nosso calendário. E alguns o transformam num feriadão, quando enforcam a sexta-feira junto. Poucos refletem o verdadeiro significado da solenidade, nem têm em conta qual o valor histórico e religioso da comemoração. A solenidade é uma festa móvel, que ocorre sempre na quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade, que este ano sucedeu em 30 de maio. Todavia, se quisermos um referencial mais conhecido, podemos registrar que ocorre 60 dias após a Páscoa.

A festa litúrgica foi inspirada no início do século XIII, partindo de uma menina beata, de 16 anos, que teve diversas visões de Nosso Senhor, através da lua, enquanto exercitava suas orações eucarísticas; via-o numa faixa escura que, para ela, significava a ausência de uma festa litúrgica para honrar a Eucaristia de Jesus; para manter viva a mensagem do Cristo através de seus gestos mais emblemáticos: a partilha do pão e do vinho na Santa Ceia, para honrar o amor e a solidariedade; a lavagem dos pés dos discípulos, para honrar a humildade. Este é, talvez, o resumo pragmático de toda a Evangelização feita por Jesus nos três anos de ministério e pregação por onde passou. E uma parte desse legado, pode ser sintetizado em algumas palavras ditas naquele momento sublime da ceia com os discípulos: “Amai-vos uns aos outros, como eu voa amei” e “Tomai e comei todos vós, esse é o Pão da Vida”. Observem que ele não disse apenas “amai-vos uns aos outros”, mas completou: “como eu vos amei!”. Ou seja, um padrão, uma amostra. Um verdadeiro compêndio da fé e do amor.

A festa seria um contraponto para amainar a consternação com a Semana Santa, culminando com a crucificação de Jesus. Assim, a beata Juliana, de Mont Cornelon, em Liège na Bélgica, teve a inspiração para a instituição da festa. No entanto, inicialmente, ela foi incompreendida e até perseguida pelo clero, mas se manteve fiel à sua fé e entrou para a irmandade, tornando-se monja agostiniana. Longos anos depois, contou com o apoio de uma irmã da Ordem, Eva, para levar novamente a proposta ao Bispo de Liège e daí ao Papa Urbano IV, que iniciou os protocolos para a solenidade. Este, solicitou a São Tomás de Aquino para compor o Ofício do Santíssimo Sacramento, dentre eles o latino Tantum Ergo (tradução, Tão Sublime). Porém, com o falecimento do papa Urbano, a festa ficou esquecida por mais de quatro décadas. Só em 1311, o Papa Clemente V, durante o Concílio de Viena, deu vida à festividade para toda a Igreja em caráter universal, e instituiu a Procissão do Santo Sacramento! Lamentavelmente, Santa Juliana, não viu essa concretização, pois faleceu em 1258, aos 65 anos de idade.

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