Quando diretor do Diário Oficial do Estado na
década de 1980, o falecido Joaquim Alencar
e Silva (poeta bem conceituado em nossa terra) implantou um caderno com o
título de Suplemento Literário
Amazonas (SLA). De circulação mensal, perdurou entre novembro de 1986 e,
creio, a exoneração deste diretor do periódico oficial.
Conhecia alguns exemplares, mas, dia desses,
encontrei no Sebo de Antonio Diniz
uma preciosidade: a Coleção dos
Primeiros 12 Números do SLA, com uma dedicatória do mencionado dirigente. E
prometo fazer bom proveito, em especial publicando aqui o material ali
encartado.
Dou início, apresentando o corpo redacional e o editorial
do número de estreia, para que se registre mais esse movimento, entre tantos outros
produzidos na Cidade pelos intelectuais.
Editor
do Suplemento – Alencar e Silva
Programador
visual – Arthur Engrácio
Secretária
– Maria Lindalva de Mello
Comissão
editorial – Jorge Tufic, Anísio Mello, Rita Alencar e Silva
e Socorro Santiago.
(No local do editorial)
A instituição de um suplemento literário, no Diário Oficial do
Estado, a exemplo do que, de há muito, ocorre em quase todas as Imprensas
Oficiais do país, sempre constituiu um anseio da intelectualidade amazonense. Algo
assim, de encher os olhos, como o S suplemento literário de Minas Gerais, que
acaba de ingressar gloriosamente na maioridade dos seus vinte anos de bons
serviços prestados à Nação.
E eis que, finalmente, Suplemento
Literário Amazonas vem de acontecer. Cercado de expectativas e esperanças. E,
sobretudo, do desejo de bem servir a comunidade e à Nação. Sem qualquer sentimento
menor. Nem de modéstia. Comprometido, antes, com o propósito maior de espelhar
a realidade literária local, projetá-la, com vigor, como convém no cenário cultural
do país – e fazê-la conhecida de nossos irmãos de todos os quadrantes da
Pátria.
Nasce, pois, o SLA com o objetivo de estender pontes entre o nosso
e os demais Estados da Federação, viabilizando, assim, um efetivo intercâmbio de
conhecimento e experiências das diferentes realidades locais.
Esse esforço de comunicação dirige-se, por igual, ao “público
interno”, ao qual o SLA procurará servir, mais de perto, de modo, inclusive, a
minimizar a desinformação de nossos estudantes acerca de autores amazonenses,
notadamente os nossos poetas, aqui e ali acusados de parnasianos, enquanto, na
realidade, pouco ou nada se faz para o conhecimento de seus trabalhos.
Cercado, assim, dos mais altos propósitos é que surge o Suplemento Literário Amazonas. E com
ele, esperamos, daqui por diante, um novo tempo começará a correr para os
artistas e escritores locais. Na medida, é claro, em que todos respondermos de
modo positivo à iniciativa que ensejou a sua concretização.
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