Cumpri a tradicional visita aos cemitérios, hoje no Dia dos Finados. No cemitério São João Batista se encontram minhas avós, minha mãe e meu filho. No São Francisco, existente no Morro da Liberdade, estão meu pai e minha madrasta-mãe (mais mãe que...). O clima ajudou, pude sentar-me na sepultura e dialogar com a eternidade. Retirei-me mais rejuvenescido.
Escolhi uma das tantas cruzes marcantes no campo santo para ilustrar a postagem. A cruz e a vela bruxuleante.
A cruz e as velas no São João Batista |
O texto abaixo pertence ao mano Renato que, ainda que distante, relembra com devoção os seus mais queridos.
REFLEXÕES DO DIA DE FINADOS
“Eu sou a Ressurreição e a
Vida.
Quem crê em mim, ainda que
morra, viverá.
E quem vive e crê em mim,
jamais morrerá.” Jo
(11,25-26).
“Quem come a minha carne e
bebe o meu sangue,
tem vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia...” Jo (6, 54-55)
Este Dia de Finados, como em todos os anos, nos traz lembranças,
sentimentos e emoções que nenhuma lógica humana é capaz de explicar. O clima
diferente, que nos envolve, nos faz diminuir as palavras e aumentar nossos
sentimentos de pesar, de perda e de tristeza.
Para quem nos amou muito, teve sua participação efetiva, tanto
na nossa geração como na nossa criação e educação, e, se ainda os amamos tanto,
essas almas merecem a nossa reverencia, nossa dedicação e memória. Creio que o
pior da morte, visto pelo lado humano de quem ainda permanece entre nós, não é
morrer — afinal somos finitos —, é ser esquecido, abandonado em túmulos e nem
ao menos ser visitado nestes dias de dedicação aos mortos.
Qualquer lógica
doutrinária que tente nos afastar dessa homenagem, para o cumprimento de um
dever meramente humano, não tem lógica, não tem respaldo a partir da fé em
Jesus Cristo. A morte dos outros nos faz pensar na nossa, é inevitável. Mas,
essa realidade cruel, não nos diminui o sentido da vida, pelo contrário, nos dá
argumentos e fé para viver como se fosse a eternidade.
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