CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quarta-feira, novembro 02, 2022

DIA DOS FINADOS

 Cumpri a tradicional visita aos cemitérios, hoje no Dia dos Finados. No cemitério São João Batista se encontram minhas avós, minha mãe e meu filho. No São Francisco, existente no Morro da Liberdade, estão meu pai e minha madrasta-mãe (mais mãe que...). O clima ajudou, pude sentar-me na sepultura e dialogar com a eternidade. Retirei-me mais rejuvenescido.

Escolhi uma das tantas cruzes marcantes no campo santo para ilustrar a postagem. A cruz e a vela bruxuleante.

A cruz e as velas no 
São João Batista

O texto abaixo pertence ao mano Renato que, ainda que distante, relembra com devoção os seus mais queridos.  

REFLEXÕES DO DIA DE FINADOS

 Renato Mendonça 

“Eu sou a Ressurreição e a Vida.

Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

E quem vive e crê em mim, jamais morrerá.” Jo (11,25-26).

“Quem come a minha carne e bebe o meu sangue,

tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia...” Jo (6, 54-55)

 

Este Dia de Finados, como em todos os anos, nos traz lembranças, sentimentos e emoções que nenhuma lógica humana é capaz de explicar. O clima diferente, que nos envolve, nos faz diminuir as palavras e aumentar nossos sentimentos de pesar, de perda e de tristeza.

Para quem nos amou muito, teve sua participação efetiva, tanto na nossa geração como na nossa criação e educação, e, se ainda os amamos tanto, essas almas merecem a nossa reverencia, nossa dedicação e memória. Creio que o pior da morte, visto pelo lado humano de quem ainda permanece entre nós, não é morrer — afinal somos finitos —, é ser esquecido, abandonado em túmulos e nem ao menos ser visitado nestes dias de dedicação aos mortos.

 Qualquer lógica doutrinária que tente nos afastar dessa homenagem, para o cumprimento de um dever meramente humano, não tem lógica, não tem respaldo a partir da fé em Jesus Cristo. A morte dos outros nos faz pensar na nossa, é inevitável. Mas, essa realidade cruel, não nos diminui o sentido da vida, pelo contrário, nos dá argumentos e fé para viver como se fosse a eternidade.

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