Acerca da Polícia Militar do Amazonas no período provincial, associada às efemérides mais destacadas do Estado, compartilho novo tópico do pretendido livro Guarda Policial (1837-1889).
Comando das Armas
Em 19 de setembro de 1853, consoante a Lei imperial 715, é criado o
Comando de Armas da Província, substituindo o Comando-Geral Militar, instalado
por ocasião da campanha contra a Cabanagem. A efetivação do novo corpo ocorreu
um ano depois, em 9 de setembro, com a posse do coronel Inácio Corrêa de
Vasconcelos, que foi substituído pelo coronel de artilharia Severo José de
Souza Lima, em 12 de junho de 1856.Clássico sobre a Guerra do
Paraguai
Sucedem ainda no comando: o tenente-coronel Pedro Nicolau Faegerstein,
oficial mercenário alemão, incluído no exército imperial brasileiro durante o
primeiro império (1822-31). Os demais são: coronel José Vicente de Amorim
Bezerra, empossado em 10 de março de 1858; major Carlos de Moraes Camisão (1821-67),
empossado em 11 de outubro e destituído em 8 de dezembro de 1859, quando é
substituto pelo coronel João Antônio de Oliveira Lobo.
Em seguida, o major Camisão engajou na Campanha do Paraguai (1865-70),
tendo participado com tal denodo da Retirada
da Laguna, que se encontra imortalizado nas letras do visconde de Taunay.
Estátua do coronel situada na Urca (RJ) |
Falla
presidencial
Na Falla com que inaugurou os
trabalhos da Assembleia Provincial, em 1º de outubro de 1853, o presidente
Ferreira Pena assinala sobre uma Força Policial: “cumpre-me ponderar que o
Tesouro Provincial não pode por ora mantê-la sem prejuízo de muitos
melhoramentos que a Província reclama”. Entretanto, esta autoridade finaliza
auspiciosa: “devemos esperar que o Governo Imperial faça postar nesta Província
a tropa de linha, que for precisa para todo o serviço da sua guarnição”.
Ou seja, sem dispor de fundos, Pena ansiava pelo Exército, posto que já
“em 1845, era patente o papel policial desempenhado pelo Exército”, assegura o
autor de História da Evolução Militar do
Brasil, corroborado pelos historiadores nacionais, que asseguram “ter sido
policial o papel desempenhado pela tropa de primeira linha do período colonial
ao imperial”. Essa particularidade somente se reverteria com a paz estabelecida
após a Campanha contra o Paraguai.
Em agosto do ano seguinte, novamente na abertura da Assembleia
Provincial, o presidente do Amazonas transmite tênue notícia sobre a Guarda
Policial, melhor dizendo, as guardas policiais. Novamente sem identificar a
localização, Ferreira Pena informa que a Guarda Policial “presta algum serviço
nos lugares onde não foi substituída pela Guarda Nacional”.
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