A propósito do desenvolvimento da Guarda Policial, hoje PM do Amazonas, no período provincial, compartilho novo tópico do meu pretendido livro Guarda Policial (1837-1889).
Primitivo Palacete Garcia, hoje, amplamente aumentado, Palacete Provincial |
Palacete Provincial (I)
Consoante a
informação contida em Relatório, José
Coelho da Gama e Abreu, presidente da Província (1867-68), alude à compra de um
prédio em construção de propriedade do capitão (Guarda Nacional) Custódio Pires
Garcia pelo governo provincial, no valor de 12:000$000 (doze contos de réis). O
sobrado em edificação situava-se à rua do Espírito Santo, hoje Dr. Moreira,
cujo terreno estendia-se para o “aterro” (eufemismo para indicar o soterramento
do igarapé existente nos fundos), atual avenida Floriano Peixoto. Em frente ao
Palacete Garcia, assim crismado em alusão ao sobrenome do proprietário, existia
um terreno ocioso destinado à construção de um logradouro conveniente ao
entretenimento da urbe.
O parque ali
edificado já acumula meia dúzia de denominações: 1) Largo do Palacete; 2) Largo
28 de Setembro (em memória à Lei do Ventre Livre, de 1871); 3) Praça da
Constituição (dos primeiros instantes da República); 4) de João Pessoa, no
alvoroço do “golpe getulista” em 1930; 5) Gonçalves Ledo; e 6) atual de
Heliodoro Balbi (consoante o decreto 472/1953), portanto, há 70 anos mantém esta
denominação.
Houve um
período em que a praça esteve tripartite, sob as denominações de Gonçalves Dias
(local do original Café do Pina), de Heliodoro Balbi (parte central) e de
Roosevelt (seção situada após a rua Marcílio Dias), todavia, o prefeito Jorge
Teixeira de Oliveira (1974-79) reunificou-as, legando à cidade o largo tal como
usufruímos em nossos dias. A população,
no entanto, teima em alcunhá-la de Praça da Polícia, em decorrência da presença
do extinto quartel da Força Militar do Estado em seu entorno.
O Palacete
Garcia, quando de sua aquisição, destinava-se a abrigar a Tesouraria
Provincial, porém, acolheu diversas repartições públicas. Nesse prédio
estiveram abrigadas a Assembleia Provincial, a Biblioteca Pública, a Repartição
das Obras Públicas, entre outras. A mais marcante foi a Polícia Militar,
especialmente pelo duradouro período de ocupação (1890-2002), em cujo edifício
funcionou em seus últimos anos o comando-geral da corporação. (segue)
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