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sábado, janeiro 06, 2024

PMAM: RELATÓRIO DE 1957

         

Quando Plínio Ramos Coelho assumiu o governo estadual entre 1955-59, nomeou ao major EB Cleto Potiguara Veras para o comando da Polícia Militar do Estado, que permaneceu no posto até próximo ao final do mandato deste governador.
Plínio Ramos Coelho

Como era de praxe, no final de 1957, o comandante produziu um Relatório sobre as atividades da corporação, documento que subsidiava a Mensagem governamental, lida na abertura anual da Assembleia Legislativa. Publicado no matutino Jornal do Commercio, circulado em 8 de janeiro de 1958, dele transcrevo alguns tópicos que entendo fundamentais para o entendimento da evolução da Instrução praticada na Força policial estadual.

Alguns detalhes. A Polícia Militar encerrou o ano de 1957 com o seguinte efetivo: 33 oficiais e 401 praças, havendo os claros de dois oficiais e 47 praças. Havia incluído 109 soldados, sendo 50 de 1a categoria e o mesmo número de 3ª, ou seja, que não haviam cumprido o serviço militar. Prosseguia aquartelada no antigo prédio situado na Praça da Polícia, o qual necessitava de amplos reparos, reclamava o comandante Cleto.

Recorte do matutino Jornal do Commercio
Acerca da Instrução da tropa, descreve o Relatório: “com todo o empenho, obedecendo ao critério da elaboração de programas de trabalho semanal, foi a mesma ministrada, devidamente dosada e sempre tendo-se em mira, além da parte técnica, despertar no soldado o sentimento do dever, encaminhando-o dentro dos princípios sadios da moral e do bem viver”.

Relevante iniciativa deste comando, “o Grupamento Cosme e Damião foi aumentado de efetivo, com o fim de estender o policiamento a outros setores e criar o policiamento da madrugada, atuando agora este contingente durante 24 horas por dia”. Houve uma seleção rigorosa dos novos elementos a serem incluídos neste serviço.

referente a instrução dos oficiais, esclarece que “receberam durante o ano instruções teóricas, destinadas a melhorar o nível de conhecimento dos mesmos, familiarizando-os com os novos processos de treinamento usados nas forças armadas.” No mesmo nível, “foram realizadas visitas em destacados ramos de atividade industriais do Estado”. Assinala que visitaram a região petrolífera de Nova Olinda do Norte, a Refinaria da COPAM, a Companhia Fitejuta e as indústrias da firma I. B. Sabbá.

Sublinha que “trouxe muito proveito à oficialidade”, pelos conhecimentos auridos sobre as riquezas do Amazonas e os processos modernos de produção.

No próximo capítulo escrevo sobre a Escola Regimental Floriano Peixoto.

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