Coronel Flávio Rebello |
O velho coronel vinha travando uma luta desigual para
manter a saúde, porém, ontem não resistiu. Encerrou o bom combate. Hoje os
familiares, os amigos e os companheiros de farda estiveram presentes para as
despedidas. Neste dia, marcado pelo futebol mundial, em que o Brasil decide sua
progressão. Por isso, o sepultamento ficou para depois da partida, e, como o
esquife estava marcado pela bandeira da “Estrela Solitária”, registro que o
futebol nacional foi derrotado.
Já escrevi alguns posts sobre o coronel Flavio, estando
espalhados neste Blog. Entretanto, vou expandir as anotações, as de motu proprio,
e para atender uma solicitação de seu sobrinho, o amigo coronel PM Eber Rebello.
Flávio Augusto da Silva Rebello nasceu em Manaus, em 25 de janeiro de 1936, ao
falecer, ontem, era o oficial mais idoso da corporação. Sua vida profissional
começou no Rio de Janeiro, em 1957, onde
concluiu o curso de infantaria do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva
(CPOR), da 1ª RM/RJ. O estágio obrigatório foi realizado no 17º Regimento de Infantaria,
em Cruz Alta (RS). Tão pronto regressou à Manaus, foi incluído na Polícia Militar
do Estado, no posto de 2º tenente, em 19 de outubro de 1960. Em decisão do governador
do Estado, o professor Gilberto Mestrinho (1959-1963), e apoio do comandante da
PMAM, o coronel Assis Peixoto.
Em outubro de 1965 alcançou o posto de capitão, passando a exercer atividades de direção e controle do trânsito da Capital, com tal intensidade que sobreveio-lhe o codinome de “capitão seta”. Na ocasião, essa repartição ocupava um prédio fronteiro ao Quartel da Praça da Polícia, na rua José Paranaguá com avenida Floriano Peixoto. Somente para os mais jovens: transferido o Departamento de Trânsito (Detran) para outra sede, ali funcionou uma agência do BEA e hoje pertence a uma empresa de importação.
Em outubro de 1965 alcançou o posto de capitão, passando a exercer atividades de direção e controle do trânsito da Capital, com tal intensidade que sobreveio-lhe o codinome de “capitão seta”. Na ocasião, essa repartição ocupava um prédio fronteiro ao Quartel da Praça da Polícia, na rua José Paranaguá com avenida Floriano Peixoto. Somente para os mais jovens: transferido o Departamento de Trânsito (Detran) para outra sede, ali funcionou uma agência do BEA e hoje pertence a uma empresa de importação.
Outro detalhe de sua
funcionalidade, ao tempo em que o Dr. Assis Peixoto governou o então Território
Federal de Roraima (1963), Rebello, ainda tenente, integrou esse governo.
Os cursos exigidos pela caserna
foram realizados todos no estado da Guanabara, ora Rio de Janeiro. Dessa
maneira: na Polícia Militar, concluiu os Cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais
e o Superior de Polícia (1967), e, no Exército, o de Técnica de Ensino (1969).
Alcançou, então, o posto de
tenente-coronel em setembro de 1969, coincidindo com uma reorganização no comando
da Polícia Militar, por determinação da IGPM (Inspetoria-Geral das Polícias
Militares), a criação da chefia do Estado-Maior. Esta função foi exercida por
ele em duas oportunidades: em 1970, em substituição ao coronel Neper Alencar e,
entre 1973-76, quando foi promovido ao último posto.
Não obstante, o nome deste
oficial encontra-se enraizado, fundamentado na história do 1º Batalhão de
Polícia Militar (BPM). Não apenas pela primazia de ter sido o primeiro
comandante (1971-73), mas pelo judicioso cumprimento da missão de estabelecer o
“Batalhão Amazonas” no quartel do distante bairro de Petrópolis, em instalação.
Foi esta OPM que inaugurou aquele próprio estadual em 7 de novembro de 1971.
A idealização do complexo
policial pertence à genialidade de Severiano Porto, construído para abrigar o efetivo
da PMAM, então concentrado na Praça da Polícia. Próximo de celebrar o
cinquentenário, o edifício apresenta-se muito, muito desfigurado, em parte pela
transferência do Comando-Geral e outros organismos policiais, e de vários efetivos.
A decisão do coronel Paulo
Figueiredo, então comandante-geral, de deslocar apenas o 1º Batalhão para
aquele quartel, deu início à expansão da Polícia Militar. Assim, pode-se
afirmar que a presença do batalhão no bairro de Petrópolis possui relevantes valores,
a cada ano mais elevados.
Teve o mérito inquestionável de
sobreviver num quartel digno pela arquitetura, porém cercado de vielas mal
cuidadas, com pouco transporte e nenhuma comunicação, sequer telefone. Tudo
isso mudou, hoje o bairro apresenta-se urbanizado e devidamente ocupado.
O velório do coronel Flávio Rebello foi
realizado na funerária Almir Neves, da avenida Joaquim Nabuco. O sepultamento
ocorreu no cemitério São João Batista. RIP
Nenhum comentário:
Postar um comentário