Novo capítulo da história da Guarda Policial, atual Polícia Militar do Amazonas, no período provincial, compartilhado do meu almejado livro Guarda Policial (1837-1889).
Movimentações na Guarda em 1886
Em 19 de julho, o cidadão Teodoro Monteiro da Cunha é nomeado para o cargo de alferes quartel-mestre e secretário-ajudante, estabelecido pela Lei 730, de maio desse ano. Por cidadão, entenda-se uma pessoa sem qualificação militar, ou seja, o aproveitamento de elemento disponível e capacitado.
Em 11 de agosto – a presidência nomeia o
capitão Miguel Victor de Andrade Figueira, o tenente Menandro Leandro Monteiro
Tapajós e o bacharel Felipe de Azevedo Faro para, em comissão, propor
alterações no Regulamento nº 51, de
junho de 1884. O resultado já estabelecido pela comissão dependia de exame
daquela autoridade.
Em 25 de agosto – são concedidos três meses de
licença para tratar da saúde fora da província, ao Dr. Jonatas de Freitas
Pedrosa, médico da Guarda. Para substitui-lo foi nomeado, a 3 de setembro, o
Dr. Júlio Mário da Serra Freire, que adiante foi substituído pelo Dr. Joaquim
Mariano Bayma do Lago (médico do Exército). Enfim, a licença do titular foi
prorrogada por igual período, em 29 de novembro. São os primeiros médicos da
corporação, ou, mais adequado, que apenas prestaram serviço ao corpo policial.
Pedrosa foi senador e governador do Estado (1913-17).
Em 5 de outubro – foi nomeada a comissão composta de José Joaquim Pinto de França, 1º escriturário do Tesouro; Manoel Antônio Rodrigues Pará, tenente da Guarda; e Júlio Pinto de Almeida, oficial de Fazenda, para examinar as contas do ex-comandante da Guarda, Francisco Antônio Nepomuceno.
1887 - Inclusão de praças
Em Exposição ao Poder Legislativo, em 10 de março, o vice-presidente
Comendador Clementino repete o mantra: o Corpo Policial encontra-se desfalcado
de praças. E esse desfalque era de tal ordem que não permitia o policiamento da
capital, pois “acha-se a maior parte da força destacada em diversas localidades
do interior”. Para suprir a discrepância, aquela autoridade manda contratar fora
da província novos Guardas. Repercute, porém, uma inovação com essa
“importação”. O contratante toma rumo diferente, não o Nordeste, porém, as
províncias do Sul para “contratar pessoal idôneo”. O encarregado dessa comissão
foi o tenente José Soares de Souza Fogo, que embarcara um mês antes, a 11 de
fevereiro.
Finalizando a exposição, o vice-presidente
consignou a desditosa consideração acerca dos policiais: são difíceis os
engajamentos e, quando tais acontecem, “se faz com pessoal pouco idôneo”. Em
contraponto, ressalta que a cidade de Manaus oferece “tantos e melhores meios
de vida aos que querem trabalhar”. Entenda-se como quiser.
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