Há 50 anos, na tarde do Sete de Setembro, o
Corpo de Bombeiros, então ancorado na Polícia Militar do Amazonas, subiu as
escadarias da Matriz da Padroeira para demonstrar os equipamentos recém incorporados
ao seu patrimônio. Manaus, então, podia confiar no desempenho dos “homens do
fogo”, afinal a cidade havia presenciado cenas de desespero, algumas devido a carência
material daquela unidade de socorro.Auto Escada Metz, a primeira em Manaus (acima)
coronel Pedro Câmara👇
coronel Pedro Câmara👇
Assistiram ao adestramento o governador do
Estado, João Walter, o comandante-geral da PMAM, coronel EB Lucy Coutinho, o
comandante do CB/PMAM, coronel PM Pedro Câmara, entre tantos e povo em geral. Ainda
do livro Bombeiros do Amazonas saquei esta memória que o coronel (hoje
reformado) Osório Fonseca guardou desta Unidade. Lembrou-me, quando
entrevistado, que foi comandante do quartel da Codajás entre 1978-79, e,
perguntado sobre a incorporação deste serviço à Força Estadual, resumiu:
Em 1973, a PM
assumiu o Corpo de Bombeiros. Logo, chegaram os carros, os equipamentos.
Tornaram-se motivo de enorme vaidade para os policiais militares. Manuseá-los
era demais, pois, nenhum bombeiro em Manaus vira uma Auto Escada que,
equivocadamente, chamavam de magirus. Tratava-se, sim, de uma escada
alemã, mas o fabricante era Metz. Para ostentação, exibia-se a auto escada em
qualquer lugar ou reles oportunidade. Até para, do quartel, observar as margens
do rio Negro, onde a balsa que leva para Manacapuru parava. Era o tal de
levantar, "arvorar", descer a escada etc. Parecia até um
"brinquedo" importado, porque não havia sequer prédio alto na cidade
de Manaus. Detalhe da capa do livro
Desde 1998, emancipado da PM, o serviço de
extinção de incêndios e outras atividades afins passou ao encargo do Corpo de
Bombeiros Militar do Amazonas, que prospera conduzindo os “homens e mulheres do
fogo”, “sempre prontos para pousar em meio ao horror das grandes hecatombes,
para o labor sublime de salvar, de resgatar, de opor uma barreira aos
desastres, aos sinistros, às catástrofes”, consoante glorificou o saudoso poeta
Farias de Carvalho.
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