Acerca da evolução da Polícia Militar do Amazonas no período provincial, reproduzo outro tópico do pretendido livro Guarda Policial (1837-1889).
1855
Força Pública
Ao deixar a direção da Província, em 11 de março, o presidente Ferreira
Pena volta a expor a condição da Força Pública (denominação conferida às tropas
federais na guarnição do Amazonas). Assinala que, em 9 de setembro de 1854,
instalou o Corpo da Guarnição da Província, com a posse do coronel Inácio
Corrêa de Vasconcelos, organização criada no ano anterior.
Lamenta que a insuficiência da tropa de linha na região obriga-o a
manter em exercício uma tropa da Guarda Policial na localidade de Ega (atual
Tefé). E indica seu efetivo: “um tenente e 81 praças de pré”. Unicamente.
Assume em caráter temporário a presidência do Amazonas, João Pedro Dias
Vieira, 1º vice-presidente (nascido em Guimarães (MA), em 1820, e bacharelado
pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1841. Magistrado, também exerceu a
política. Morreu no Rio de Janeiro, aos 50 anos).
Dois anos:
três presidentes
Em menos de dois anos – 1856-57, passaram pelo Amazonas três
presidentes. Certamente, não havia interesse dos empossados em arrostar as dificuldades
de toda ordem da longínqua província, ou apenas buscavam títulos? Seja como
for, não havia como pretender um progresso administrativo. Pouco ou quase nada
registram sobre a Guarda Policial, que seguramente já ofegava.
João Pedro Dias Vieira |
A 28 de janeiro de 1856, assume a presidência João Pedro Dias Vieira, que se afasta da administração um ano depois. Vieira registra na Exposição com que passou o governo em 17 de novembro de 1856, que determinou a dissolução da Guarda Policial no município de Maués. No mesmo mês de seu afastamento, foi a vez da “Guarda Policial do município de Vila Bela da Imperatriz”, a hodierna festiva Parintins. Em ambas as localidades, restabeleceu a Guarda Nacional.
O segundo foi Ângelo Tomaz do Amaral (jornalista e político, nascido e morto no Rio em 1822-1901), que toma posse em 12 de março de 1857. Ao assumir, tem conhecimento de que dezesseis dos 23 oficiais destacados para ativar o Corpo da Guarnição da Província já se encontravam em Manaus, “inclusive o tenente-coronel comandante Pedro Nicolau Freguerstein (sic) e o major de artilharia Carlos de Moraes Camisão”. Já em maio, Amaral retira-se de Manaus e retorna em setembro.
Dois meses depois, em 10 de novembro, desembarca em
Manaus para exercer a presidência da província, o juiz e político Francisco
José Furtado (nascido em Oieras (PI), em 1818, e morto no Rio, em 1870; além
desta presidência, foi ministro da Justiça entre 1862-65).
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