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segunda-feira, dezembro 05, 2022

PMAM: SEUS PRIMÓRDIOS (13)

Acerca da evolução da Polícia Militar do Amazonas no período provincial, reproduzo outro tópico do pretendido livro Guarda Policial (1837-1889).

Recorte da capa do livro

1855

Força Pública

Ao deixar a direção da Província, em 11 de março, o presidente Ferreira Pena volta a expor a condição da Força Pública (denominação conferida às tropas federais na guarnição do Amazonas). Assinala que, em 9 de setembro de 1854, instalou o Corpo da Guarnição da Província, com a posse do coronel Inácio Corrêa de Vasconcelos, organização criada no ano anterior.

Lamenta que a insuficiência da tropa de linha na região obriga-o a manter em exercício uma tropa da Guarda Policial na localidade de Ega (atual Tefé). E indica seu efetivo: “um tenente e 81 praças de pré”. Unicamente.

Assume em caráter temporário a presidência do Amazonas, João Pedro Dias Vieira, 1º vice-presidente (nascido em Guimarães (MA), em 1820, e bacharelado pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1841. Magistrado, também exerceu a política. Morreu no Rio de Janeiro, aos 50 anos).


Dois anos: três presidentes


Em menos de dois anos – 1856-57, passaram pelo Amazonas três presidentes. Certamente, não havia interesse dos empossados em arrostar as dificuldades de toda ordem da longínqua província, ou apenas buscavam títulos? Seja como for, não havia como pretender um progresso administrativo. Pouco ou quase nada registram sobre a Guarda Policial, que seguramente já ofegava.

João Pedro Dias Vieira

A 28 de janeiro de 1856, assume a presidência João Pedro Dias Vieira, que se afasta da administração um ano depois. Vieira registra na Exposição com que passou o governo em 17 de novembro de 1856, que determinou a dissolução da Guarda Policial no município de Maués. No mesmo mês de seu afastamento, foi a vez da “Guarda Policial do município de Vila Bela da Imperatriz”, a hodierna festiva Parintins. Em ambas as localidades, restabeleceu a Guarda Nacional.

O segundo foi Ângelo Tomaz do Amaral (jornalista e político, nascido e morto no Rio em 1822-1901), que toma posse em 12 de março de 1857. Ao assumir, tem conhecimento de que dezesseis dos 23 oficiais destacados para ativar o Corpo da Guarnição da Província já se encontravam em Manaus, “inclusive o tenente-coronel comandante Pedro Nicolau Freguerstein (sic) e o major de artilharia Carlos de Moraes Camisão”. Já em maio, Amaral retira-se de Manaus e retorna em setembro.

Dois meses depois, em 10 de novembro, desembarca em Manaus para exercer a presidência da província, o juiz e político Francisco José Furtado (nascido em Oieras (PI), em 1818, e morto no Rio, em 1870; além desta presidência, foi ministro da Justiça entre 1862-65).


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