Na tarde do Natal, pela tarde, assisti estarrecido uma motociata que rumava certamente para a praia de Ponta Negra. O barulho ensurdecedor das máquinas me atraiu à janela para o espetáculo.
Motocicletas, entre 300 a 400 motos – são meus
cálculos – de todos as marcas e potências dobravam da rua Belém em direção à
avenida Álvaro Maia, na metade da tarde. Eram poucos os devidamente
equipados, com capacetes, ao menos. A grande maioria desfilava sem essa
proteção, sem camisas, descalços e, mais grave, transportando os filhos menores.
Tem mais, havia os que executavam manobras arriscadas, como empinar ou levantar
a traseira do “cavalo de aço”.
Que fazer? me indaguei. Recorrer ao 190? Desisti prontamente.
Lembrei-me então do CPM (Comando de Policiamento Metropolitano)
que abriga o policiamento de trânsito. Este possui um site em que proclama sua atuação
na "fluidez e a fiscalização do trânsito”. Desisti de pronto, pois
era o Dia de Natal.
Na manhã seguinte, fui solicitado por um amigo a ouvir
a descrição de um fato que envolve a fiscalização do trânsito. Os moradores de
Manaus vêm observando nesta última semana a presença de policiais militares, atuando
na vistoria de automóveis e motocicletas. Tudo bem, pena que o fato ocorra
somente no final de ano.
O fato que ouvi deixa triste qualquer cidadão, não precisa
ser policial ou militar. O casal teve seu carro retido por apresentar uma ligeira
fissura no para-brisa. Certo. Porém, o policial levou o condutor pro canto e
anunciou a multa, que poderia “ser indultada”, se fosse adiantado o pagamento.
Entendeu?
Está lamentável a circulação de automóveis na cidade,
não se sabe quem deve fiscalizar, orientar o trânsito. Não se vê agente ou
policial de farda alguma. E haja Polícia neste nosso país verde-amarelo. Perdão
pelo desabafo, desejo contribuir.
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