Na próxima semana, em 25 de março, o Instituto
Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) completa 99 anos de existência. Seu
presidente, Dr. Antonio Loureiro, já delineou a festa para marcar a data.
Recorte do matutino |
Há muito, venho recolhendo dados sobre as diversas efemérides
do IGHA, a fim de construir um trabalho para seu centenário. Incluem recortes pela
passagem de seus aniversários, pela posse de seus membros, pela a outorga de
prêmios a autoridades, entre outros assuntos. Todo esse material foi recolhido de
publicações de jornais e revistas locais.
É desse arquivo a postagem que vai abaixo, veiculada
em A Crítica, edição de 23 de outubro
de 1986.
Mestrinho recebeu um título raro
do IGHA
Ao receber, na noite de terça-feira última, o título de sócio Grande Benemérito
do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, o governador Gilberto
Mestrinho exortou as novas gerações de amazonenses a acreditarem cada vez mais
nas potencialidades econômicas do Estado, afirmando que "o nosso Amazonas,
na virada do século, será uma terra muito melhor de nela se viver do que nos
dias de hoje, porque todas as potencialidades que aqui existem, em estado latente,
irão explodir em um surto de grandeza, de desenvolvimento e de progresso para o
nosso povo".
A reunião solene do IGHA, presidida por Robério Braga, teve a presença
do mundo intelectual amazonense e de figuras representativas das camadas mais
cultas da sociedade baré, e teve um ambiente de solenidade, como é marca
registrada dos encontros realizados na história sede da Rua Bernardo Ramos.
Constituiu também um cunho de grande significação, por ser aquela,
apenas a terceira vez em seus setenta anos de existência, que o Instituto
concedeu aquele título a alguém, sendo os dois primeiros agraciados os desembargadores
André Vidal de Araújo e João Rabelo Correia, ambos já falecidos.
Agradecendo ao final dos trabalhos, encerrando a reunião numa deferência
especial do presidente do IGHA, Robério Braga, o governador Gilberto Mestrinho
disse da sua gratidão aos membros do Instituto pela concessão que lhe haviam
feito, por unanimidade, mas que os méritos, "se existiam tantos que merecessem
a homenagem, não pertenciam apenas a ele, mas à equipe de trabalho que obedecia
ao seu comando, homens e mulheres que, no seu conjunto, com dedicação e sacrifício,
ajudavam na obra de governar este Estado".
O novo sócio Grande Benemérito foi saudado pelo consócio Arlindo Porto,
que em nome do IGHA, disse dos motivos que levavam o Instituto a conceder
aquele raro galardão, relacionando o elenco de dotações feitas ao órgão pelo
governador Gilberto Mestrinho e que "resultaram no engrandecimento cada
vez maior desta Casa que é a guardiã dos conhecimentos passados e presentes do
Amazonas, em bem das gerações futuras".
Mestrinho agradeceu as palavras de Arlindo Porto, afirmando que o
Amazonas cresceu muito, "graças ao espirito de trabalho daqueles que são
responsáveis pela sua administração e à magnifica compreensão do seu povo. Eu
sou um homem feliz com a contribuição que pude dar à minha terra. Hoje posso
chegar em qualquer lugar do Amazonas e olhar o meu povo com a cabeça erguida,
consciente de que fiz aquilo que se esperava de nós, o governo, dedicando alma,
coração e fé, na crença que deposito no futuro de minha terra natal".
As palavras de saudação do presidente Robério Braga foram marcadas pela
emoção ainda latente pela perda recente do seu genitor, mas tiveram, com as de
Arlindo Porto, um cunho de gratidão e reconhecimento ao governador do Estado
por tudo quanto fez em favor do IGHA. Robério disse da sua fé no futuro da
entidade e a sua certeza de que o Instituto continuará sendo sempre um templo
de proteção e incremento a cultura do Amazonas".
O belo diploma de Sócio Grande Benemérito foi entregue ao agraciado por Platão Araújo e Ana Augusta Correia, descendentes presentes dos dois únicos Grandes Beneméritos do IGHA, ao longo de sua história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário