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terça-feira, março 15, 2016

CENTENÁRIO DO IGHA: NOTAS

Na próxima semana, em 25 de março, o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) completa 99 anos de existência. Seu presidente, Dr. Antonio Loureiro, já delineou a festa para marcar a data.
Recorte do matutino

Há muito, venho recolhendo dados sobre as diversas efemérides do IGHA, a fim de construir um trabalho para seu centenário. Incluem recortes pela passagem de seus aniversários, pela posse de seus membros, pela a outorga de prêmios a autoridades, entre outros assuntos. Todo esse material foi recolhido de publicações de jornais e revistas locais.

É desse arquivo a postagem que vai abaixo, veiculada em A Crítica, edição de 23 de outubro de 1986.

Mestrinho recebeu um título raro do IGHA

Ao receber, na noite de terça-feira última, o título de sócio Grande Benemérito do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, o governador Gilberto Mestrinho exortou as novas gerações de amazonenses a acreditarem cada vez mais nas potencialidades econômicas do Estado, afirmando que "o nosso Amazonas, na virada do século, será uma terra muito melhor de nela se viver do que nos dias de hoje, porque todas as potencialidades que aqui existem, em estado latente, irão explodir em um surto de grandeza, de desenvolvimento e de progresso para o nosso povo".

A reunião solene do IGHA, presidida por Robério Braga, teve a presença do mundo intelectual amazonense e de figuras representativas das camadas mais cultas da sociedade baré, e teve um ambiente de solenidade, como é marca registrada dos encontros realizados na história sede da Rua Bernardo Ramos.

Constituiu também um cunho de grande significação, por ser aquela, apenas a terceira vez em seus setenta anos de existência, que o Instituto concedeu aquele título a alguém, sendo os dois primeiros agraciados os desembargadores André Vidal de Araújo e João Rabelo Correia, ambos já falecidos.

Agradecendo ao final dos trabalhos, encerrando a reunião numa deferência especial do presidente do IGHA, Robério Braga, o governador Gilberto Mestrinho disse da sua gratidão aos membros do Instituto pela concessão que lhe haviam feito, por unanimidade, mas que os méritos, "se existiam tantos que merecessem a homenagem, não pertenciam apenas a ele, mas à equipe de trabalho que obedecia ao seu comando, homens e mulheres que, no seu conjunto, com dedicação e sacrifício, ajudavam na obra de governar este Estado".

O novo sócio Grande Benemérito foi saudado pelo consócio Arlindo Porto, que em nome do IGHA, disse dos motivos que levavam o Instituto a conceder aquele raro galardão, relacionando o elenco de dotações feitas ao órgão pelo governador Gilberto Mestrinho e que "resultaram no engrandecimento cada vez maior desta Casa que é a guardiã dos conhecimentos passados e presentes do Amazonas, em bem das gerações futuras".

Mestrinho agradeceu as palavras de Arlindo Porto, afirmando que o Amazonas cresceu muito, "graças ao espirito de trabalho daqueles que são responsáveis pela sua administração e à magnifica compreensão do seu povo. Eu sou um homem feliz com a contribuição que pude dar à minha terra. Hoje posso chegar em qualquer lugar do Amazonas e olhar o meu povo com a cabeça erguida, consciente de que fiz aquilo que se esperava de nós, o governo, dedicando alma, coração e fé, na crença que deposito no futuro de minha terra natal".

As palavras de saudação do presidente Robério Braga foram marcadas pela emoção ainda latente pela perda recente do seu genitor, mas tiveram, com as de Arlindo Porto, um cunho de gratidão e reconhecimento ao governador do Estado por tudo quanto fez em favor do IGHA. Robério disse da sua fé no futuro da entidade e a sua certeza de que o Instituto continuará sendo sempre um templo de proteção e incremento a cultura do Amazonas".

O belo diploma de Sócio Grande Benemérito foi entregue ao agraciado por Platão Araújo e Ana Augusta Correia, descendentes presentes dos dois únicos Grandes Beneméritos do IGHA, ao longo de sua história. 

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