Cartão Postal focando o
bonde na Ponte de Ferro
Para tratar sobre este tipo de policiamento
convém lembrar a circulação de bondes elétricos entre 1897 e 1957, em Manaus.
bonde na Ponte de Ferro
Há
um registro icônico de 1927, com um guarda no cruzamento das avenidas Joaquim Nabuco com
Sete de Setembro, o esquecido Canto do Quintela. O guardião estava sobre os
trilhos de bonde, quê fazendo? Vamos ao primeiro capítulo.
A fim de melhor harmonizar o entendimento sobre a
evolução do policiamento de trânsito em Manaus, convém uma exposição de
apropriados antecedentes: a circulação de automóveis em Manaus era bem diminuta
na década de 1950. Todavia, com a instalação de montadoras de automóveis no
Brasil, o número foi crescendo paulatinamente e, por óbvio, exigindo mais
cuidados com o tráfego, cuja maior evidência eram os primitivos ônibus de
madeira. Antecipando o Detran (Departamento de Trânsito), funcionou por décadas
a Delegacia de Tráfego, seguida da DET (Delegacia Especializada de Trânsito),
ambas instaladas à rua José Paranaguá esquina da rua Floriano Peixoto, nas
proximidades do quartel da PMAM (Polícia Militar do Amazonas). Nessa esquina,
não obstante o crescimento de veículos, operou a primeira sede do Detran (Departamento
Estadual de Trânsito).
A partir de 1964, com a instalação do Governo Militar, e
com a PMAM se renovando, esta Força tomou novos encargos, um dos quais em
relação ao trânsito, tendo incumbido à 2ª Cia Fzo (Companhia de Fuzileiros) o
controle do fluxo de veículos. É conveniente esclarecer que a reduzida Força
Estadual – cerca de trezentos homens – operava com a equivalência de um
batalhão do Exército. Desse modo, no quartel da Praça da Polícia existia a 1ª
companhia, que cuidava das guardas em geral; a 2ª, já circunstanciada; e a 3ª,
intitulada de GPO (Grupamento de Policiamento Ostensivo), que abrigava o
policiamento do “Cosme e Damião”; o pessoal de administração, mecânicos e
artífices, mais os integrantes da Banda de Música estavam sob o guarda-chuva da
CCSv (Companhia de Comando e Serviços).
Em fevereiro de 1967, o governo federal de Castelo Branco
restaurou a Zona Franca de Manaus. Em decorrência dessa inciativa, o porto de
importação atraiu para a capital amazonense um número respeitável de nacionais
e estrangeiros. Além de lojas de todas as dimensões, e a locomoção desses
visitantes redimensionou a circulação de carros na então pacata cidade, tanto
que determinou novo recorte de policiamento, em geral.
Na ocasião, o controle do trânsito efetuado pela Segunda
teve um comandante assaz cumpridor de metas (caxias, em linguajar da caserna):
tenente Ruy Freire. Exigente no trajar e na disciplina, exigia o mesmo procedimento
de subordinados, que tiravam serviço em pontos fixos e móveis da cidade, todos
dotados do temido “talão de multas”. Ao tempo, cada policial cuidava de
resolver in loco os problemas encontrados, pois, não havia como
contactar com o quartel. Afora o sargento “rondante”. As artérias mais
preocupantes, em decorrência do comércio que carecia de carga e descarga e pela
aglomeração de fregueses, situavam-se em redor do Mercado Público. Outra
bastante agitada, era a rua Marechal Deodoro (antes de se tornar exclusiva de
pedestre). (segue)
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