Último capítulo da história da
Polícia Militar do Amazonas, relativo ao período provincial, compartilhado do
meu almejado livro Guarda Policial (1837-1889).
Colônia Oliveira Machado
O bacharel Joaquim de Oliveira
Machado toma posse na presidência do Amazonas, em 10 de fevereiro de 1888. Nascido
em Barra do Pirai (RJ), a 20 de abril de 1842, faleceu aos 78 anos, em Niterói
(RJ). Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco (SP).
Ao assumir o governo
provincial amazonense vê-se diante de intransponíveis dificuldades financeiras,
porém, atendendo aos apelos locais resolve enfrentar a crise. Todavia, é curto
seu período de governo, avança por 140 dias, até 1º de julho!
Oliveira Machado |
Barão
do Solimões
Em 1.º de julho de 1889,
Manuel Francisco Machado (nascido em Óbidos (PA) em 1838, onde faleceu em 1928),
o único barão do Solimões, é empossado na presidência da província. Dois dias
depois, desembarca em Manaus o conde d’Eu (1842-1922), esposo da princesa
Isabel. Na capital, o primeiro genro imperial visitou as repartições públicas,
e, em seguida, acompanhado de parlamentares regionais viajou em inspeção até o
forte de Tabatinga, no rio Solimões, marco da fronteira com as repúblicas da
Colômbia e do Peru. O baronato teve curtíssima duração, pois se extinguiu em 21
de novembro, quando Manaus conheceu a reviravolta política com a instalação da
República.Conde d'Eu, esposo da princesa Isabel
De imediato, uma Junta Governativa assume o governo do Estado.
Há, todavia, um feito singular
a se creditar ao barão do Solimões: competiu-lhe cerrar no Amazonas as cortinas
do Governo Imperial. Esse feito lembra outra coincidência, também de cunho
regionalista. São dois paraenses a inaugurar (Tenreiro Aranha) e a encerrar
(barão do Solimões) a administração provincial no Amazonas.
Comandante da transição
Em 12 de setembro de 1889,
assume o comando do Corpo Policial do Amazonas o major (possivelmente do
Exército) José Pereira da Rocha Filgueira, comissionado no posto de
tenente-coronel. Ainda não fui capaz de encontrar outros dados sobre este
oficial. Nenhuma indicação foi encontrada tanto no Arquivo Histórico do
Exército, consultado com tenacidade, quanto nos arquivos da Polícia Militar do
Amazonas.
Não creio que esse comandante
fosse oficial superior do Exército, porque na capital amazonense não havia
disponibilidade de oficiais, ainda mais do posto de major. E mais, com
semelhante patente, nenhum ainda não servira na Força Estadual. Mesmo buscando
entre os reformados, Filgueira não foi localizado, resta, pois, a última
alternativa: pertencer a Guarda Nacional, transmito esse impasse aos pósteros. Oriundo
de onde tenha origem, constitui-se o comandante executor da transição do
Império à República, na corporação.
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