A chuva de hoje (ao final da manhã
e parte da tarde) foi-me benevolente e dadivosa. De certo, fez curar a ressaca
de quantos esticaram a noite anterior para reunir-se com familiares e amigos.
Não prolonguei as comemorações, pois me preparava para encontrar a Nazaré Lima,
após 40 anos.
Não tendo lido a mensagem do
Gercimar Lima, filho da Nazaré, botei o carro na estrada, rumo à residência deste
no conjunto Augusto Montenegro. Lá, não mais alcancei a matriarca, todavia, o
papo com ele foi excepcional. Revisamos algumas décadas de distanciamento, ou
nenhum contato. Havíamos dialogado, creio, pelo celular. A chuva cada vez mais
impertinente foi testemunha e prolongadora dos assuntos.
Presenteei-o com algumas publicações, em particular, as que registram pormenores dos meus setentanos. Ganhei uma garrafa de vinho,
que proximamente será sorvido conforme o figurino. E mais, o endereço da Nazaré,
sua genitora.
À tarde, viajei para a Nova
Cidade e, na casa do Fabiano Lima (autor de China
de Papel. Guaratinguetá: Penalux, 2017), encontrei a Nazaré Lima. Ela e o
esposo Luís Antonio, além de Maria Francisca. A conversa varou a tarde e findou marcando-se encontro
para novo papo. Há muito que arredondar na história desta família.
Maria de Nazaré é filha de Manuel Pereira Lima, irmão de minha
mãe Francisca, portanto, prima legítima. Nascida e moradora do Anveres,
distrito do Careiro da Várzea, tem os filhos em Manaus. Todos acertados, empenhados
em mais evoluir, em superar os percalços próprios da vida.
A nossa conversa possibilitou várias
revelações familiares, a mais importante foi o local do sepultamento do
patriarca da família, Vicente Pereira Lima. Lima, oriundo do Ceará, lamento que
ainda não se tenha desvendado o município de nascença, constituiu propriedades
e família no Anveres. Por motivo ainda ignorado, matou-se com um tiro. Sua
esposa Adelaide seguiu tocando a herança, porém, acabou por se retirar para
Manaus, onde faleceu em 1940.
Me retirei, acompanhado da
Beatris e da Sofia, após receber o livro do Fabiano. Confesso que o mimo me deixou
entusiasmado com o progresso da minha família. Arnaldo Lima, outro primo, já
deu partida para imprimir essas e outras minudências da árvore plantada pelo avó Vicente Lima.
Feliz Natal a todos!
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