Zuavos e o Quartel da PMAM |
Ainda quando circulava em A Notícia, a Coluna de Gil (saudoso colunista
social) deu publicidade a uma investida hoteleira sobre o Quartel da Praça da
Polícia. O lobby empresarial prosperou, tanto que, consoante a lei 1206/76, o Governo
do Estado foi autorizado pelo Poder Legislativo a alienar o mencionado imóvel.
Na época, parte do reboco frontal
do prédio – próximo do Pina – desabou. Esse pequeno acidente ensejou ao
comandante-geral, coronel Mário Ossuosky, a providenciar aparatosa interdição do
espaço e de argumentar junto ao governador Henoch Reis (1975-79) pela alienação
do quartel.
Em dezembro de 1976, o governo
recebeu autorização para vender o prédio, comigo presente e servindo neste
quartel. No entanto, a sociedade encetou larga oposição, pilotada pelo
presidente do IGHA, Roberio Braga. Resultado: a Polícia Militar seguiu ocupando
o quartel por mais 25 anos; ocasião em que entregou o imóvel à Secretaria de
Cultura, coincidência, então sob a regência de Roberio Braga.
* O grupo que comanda a cadeia de hotéis Hilton em
todo o mundo, anda interessadíssimo em edificar similar nestas paragens. As
transas tiveram início no governo João Walter [1971-75] e depois paralisadas
por motivos vários. Está esse grupo erigindo em Belém do Pará um hotel dessa
cadeia e por aqui é pretensão adquirir o antigo prédio que se situa a Polícia
Militar – Quartel General – localizado à praça Heliodoro Balbi.
Como o prédio em questão, antiquíssimo e não tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado, anda meio ocioso e não oferecer as comodidades exigidas para o pleno funcionamento dessa corporação, proporciona a chance de dotar esta Manô contrastante de um hotel de categoria internacional com todo o know-how alcançado no ramo da hotelaria, seria algo devidamente sólido, sem dúvida.
Tem a palavra o Governo do Amazonas, já que o citado imóvel pertence ao Estado.
** Depois é uma oportunidade para não se deixar fugir, lembrando que o grupo caixa-alta português que esteve mantendo approachs por aqui, desejando fazer surgir um complexo turístico sensacional, devido ao impasse gerado provocado por outro grupo empresarial privado, trocou estas paragens pelo litoral cearense, fazendo brotar no Nordeste um ponto de lazer pra ninguém botar defeito.
Quem perdeu muito mais foi esta city, sem contar esses business-men que poderiam nestas alturas estar deitando e rolando: por exemplo o grupo Hotel Amazonas. Pois é.
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