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terça-feira, julho 23, 2024

REBELIÃO DE RIBEIRO JUNIOR (3)

 
Este movimento centenário teve partida no final desse dia 23, com o deslocamento do 27 BC, sob o comando do capitão José Carlos Dubois, aquartelado onde hoje funciona o Colégio Militar de Manaus. Como havia a necessidade de transpor o quartel da Polícia Militar, situado na sua conhecida praça, a tropa após descer a avenida Eduardo Ribeiro, tomou a rua Henrique Martins em direção à avenida 13 de Maio (hoje Getúlio Vargas), estabelecendo um bivaque atrás do Ginásio Amazonense Pedro II, hoje Colégio Estadual, a fim de submeter a Força Estadual.

Diante da resistência da Força, não obstante a desproporcionalidade de forças, conforme documento escrito pelo capitão Augusto Vaz Sodré da Costa, oficial de dia, que ainda assinalou a presença do comandante – coronel Pedro José de Souza, que recebeu ferimentos juntamente com o tenente Manuel Correa da Silva, os defensores do quartel decidiram contemporizar, facilitando que os revoltosos alcançassem o Palácio Rio Negro.

Deposto o governador interino, o tenente Ribeiro Júnior assumiu o governo estadual, cuja administração durou pouco mais de um mês, todavia trouxe enorme contentamento à população, diante do descalabro do governo deposto. O governo da república, no cumprimento da legislação, remeteu a Expedição do Norte, sob o comando do general Mena Barreto, que prendeu os oficiais revoltosos.

Na despedida de Ribeiro Junior do Palácio Rio Negro, houve uma manifestação popular, quando foram ouvidas diversas vozes. Desse acontecimento foi elaborada uma composição pelo fotógrafo Gil, que ilustra este registro (acima).

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