Creio que foram poucos os nomes de autoridades
que seguiram o tenente EB Ribeiro Junior na administração estadual, entre julho
e agosto de 1924. Todavia, entre estes, destaca-se Coriolano Durand (1878-1938),
“professor, poeta, advogado e dramaturgo”, assinala dele Robério Braga, em Fundadores
da Academia Amazonense de Letras (2019). E sobre aquela rebelião,
complementa Braga: “Em 1924, quando do movimento militar e popular que afastou
o governador Cesar do Rego Monteiro, pronunciou inflamado discurso a favor do
tenente Alfredo Augusto Ribeiro Júnior, chegando a ser preso, pouco depois, quando
da interventoria Alfredo Sá (1925).”Coriolano Durand,
in Fundadores...
Coriolano Durand, in Fundadores... |
Impresso organizado por Gil GR (Casa Rodriguez)
(...) Aqui a tendes, sr. General,
pedindo-vos, pela força germinativa de cada um dos seus cristais, bençãos, em
vez de sangue; sementes, em vez de balas; em lugar do braço que maneja o
canhão, braços que norteiam o arado, para que se lhe arranquem das feridas por
ela mesma suplicadas como uma esmola ao seu infinito amor de mãe, as fartas
messes concebidas, com despedaçamento do seu sacrificado seio, sob as carícias desse
sol ardente, amante seu, eterno e enamorado.”
Do outro, encerra a homenagem,
proclamando:
“Tenente Alfredo Augusto Ribeiro
Junior, agora que descestes as escadas do poder para galgares os primeiros
degraus do martírio e da imortalidade, o Povo Amazonense, usando de sua
soberania, por mim te aclama e sagra ‘Cidadão do Amazonas’ – tu, que pela sua
libertação oferecestes em holocausto a tua liberdade e, quiçá, a tua vida; tu,
heroico defensor da pátria dos Manaus; tu, oh! doce Jesus da minha desventurada
terra!” Manaus, 28 agosto 1924. Coriolano Durand.
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