O poema pertence ao acadêmico Mavignier
de Castro (1891-1970), que circulou na revista Victoria-Regia, de
outubro de 1933. Tomei a iniciativa de compartilhar, atualizando às novas regras
da ortografia.
Fragmento da página, mostrando a
grafia antiga de Manaus
MANAUS
Na margem onde agora o cais amarra
vapores de calarem trinta pés,
a fortaleza de São José da Barra
destroçou as igaras dos Barés.
Logo, a vila-fortim – a História narra –
cortando a selva passa igarapés;
de choças e solares foi bizarra
Manaus, em mil oitocentos e dez...
Capital da Província, eis a cidade
transformando em custosos artifícios
o colonial aspecto de outra idade.
Hoje, em nada recorda a velha taba,
mas lembra, no esplendor dos edifícios,
a perene altivez de Ajuricaba.
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