CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, fevereiro 25, 2023

POEMA PARA O SÁBADO

 O poema pertence ao acadêmico Mavignier de Castro (1891-1970), que circulou na revista Victoria-Regia, de outubro de 1933. Tomei a iniciativa de compartilhar, atualizando às novas regras da ortografia. 

 

Fragmento da página, mostrando a 
grafia antiga de Manaus 

MANAUS 

Na margem onde agora o cais amarra

vapores de calarem trinta pés,

a fortaleza de São José da Barra

destroçou as igaras dos Barés. 

Logo, a vila-fortim – a História narra –

cortando a selva passa igarapés;

de choças e solares foi bizarra

Manaus, em mil oitocentos e dez... 

Capital da Província, eis a cidade

transformando em custosos artifícios

o colonial aspecto de outra idade. 

Hoje, em nada recorda a velha taba,

mas lembra, no esplendor dos edifícios,

a perene altivez de Ajuricaba. 



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