Sequenciando o desenvolvimento da Guarda Policial, hoje Polícia Militar do Amazonas, no período provincial, compartilho novo tópico do meu pretendido livro Guarda Policial (1837-1889).
Palacete provincial, em gravura de 1883
Inauguração do
Palacete
Em 28 de fevereiro de 1875, ocorre a
inauguração do Palacete Provincial, conforme assinala o “imutável” diretor das
Obras Públicas, então major engenheiro Leovigildo Coelho, em exposição ao
presidente da Província, Domingos Monteiro Peixoto, que se despedia do cargo.
O Palacete constitui “um dos primeiros prédios
públicos com características da arquitetura tradicional, construído em Manaus”.
A avaliação pertence a Otoni Mesquita, em Manaus:
História e arquitetura (1852-1910),
que, prosseguindo em seu estudo, observa o aspecto formal da edificação.
Trata-se da “herança de uma arquitetura colonial, lembrando bastante as
construções típicas de casas da Câmara e Cadeia, erguidas em todo o país
durante aquele período”.
Em março seguinte, ao transferir o governo ao
1º vice-presidente Nuno Alves Pereira de Mello Cardoso, oficial da Marinha,
Peixoto ratifica a informação do ano anterior: o 3º Batalhão de Artilharia é o
único corpo militar “que faz o serviço na guarnição”, portanto, na Província,
sem contar com efetivo bastante. No comando, encontrava-se o major reformado
Silvério José Nery, que se debatia com os crônicos estorvos: desfalque de
efetivo e expurgo de oficiais de “mau proceder”. Peixoto distingue no Relatório
de 16 de março de 1875 um tópico conveniente: incêndios.
Abaixo dessa entrada, o presidente comenta as primeiras providências tomadas para suprir a inexistência do serviço de contra incêndios. Muito embora inexistisse um corpo especializado, acabava de desembarcar na cidade “uma bomba com os seus pertences”, de tração animal e de fabricação inglesa. Por falta de melhor local, o engenho estava à disposição da repartição de Obras Públicas, abrigada na Matriz de Nossa Senhora da Conceição, ainda em obras, mas prestes a acolher os fiéis.
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