Vista do Parque Amazonense |
A história de nossa saudosa praça de esportes, que
abrigou o futebol amador, deve ser algum dia impressa. Contudo, uma marca relevante
nessa narrativa deve ser o Parque
Amazonense, que pertenceu à maçonaria. Daí ter sido alcunhado pela
imprensa esportiva de Dispensário Maçônico. A última cicatriz desta praça de
futebol é a cabeça do cavalo que ornava a entrada do estádio, situado na rua Belém,
no Beco do Macedo.
Com a inauguração do Estádio Vivaldão, em 1970, o Parque foi definhando, tanto que desapareceu. Pequena
resenha dessa trajetória vai abaixo, compartilhada do matutino A Crítica (31 dezembro 1974).
Depois de passar cerca de cinco anos administrando o Parque Amazonense, o América [Futebol Clube] perde o direito de usá-lo em face da crise financeira que o clube vem passando. Desde 1973 que o clube dos irmãos Teixeira, por falta de condições, está perdendo quase todo o seu patrimônio.
Os dirigentes da Loja Maçônica — proprietária do imóvel — alegam que o América desde janeiro deste ano não efetua o pagamento regular das mensalidades como estabelece o contrato de arrendamento. O América pagava cerca de dois mil cruzeiros por mês, e tinha opção de ficar em definitivo com o Parque Amazonense, caso cumprisse as suas obrigações financeiras.
Por outro lado, embora não se tenha confirmação dos dirigentes da Maçonaria, o Nacional [Futebol Clube], através do seu novo presidente, Manuel do Carmo Chaves, mostra-se bastante interessado em arrendar o Parque Amazonense para a sua equipe de futebol treinar, bem como construir um alojamento para concentração do time em véspera de jogos pelo campeonato.
Hoje é o último dia de prazo para o América entregar o Parque Amazonense à Maçonaria. Ainda esta semana, deverá receber uma visita dos dirigentes do Naça, com objetivo de acertar as bases para assinatura do contrato, já que o Nacional pretende iniciar os preparativos da sua equipe para a Taça Amazonas realizando os treinos no PA.
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