Armando de Menezes, Astrid Cabral e Zemaria Pinto |
O sexagésimo aniversário do Clube da Madrugada ocorreu hoje, e sucedeu exatamente
na Academia Amazonense de Letras, levando-se em consideração que foi a única solenidade
deste dia. A mesma entidade cultural que, nos primeiros dias do CM e com registro
no Manifesto, fora defenestrada, repulsada,
acusada da inércia de seus quadros, pelos jovens madrugadenses.
Ninguém se lembrou da praça da Polícia e do Mulateiro, pois, quem sabe uma reunião no local da fundação, junto à
placa comemorativa, seria uma ótima sugestão. A manhã esteve mais para se conservar
na cama, devido a temperatura reduzida pela ameaça de chuvas. O próprio tempo,
portanto, colaborava com a efeméride.
A Casa de Adriano Jorge, sob a presidência do acadêmico Armando de Menezes,
teve a iniciativa dessa comemoração, que se estendeu por todo este mês. A
coordenação geral deste programa coube ao diretor de Eventos, acadêmico Zemaria
Pinto, que proferiu a palestre de hoje, tratando da Poesia no Madrugada.
Alencar e Silva |
Experiente, conhecido poeta, Zemaria Pinto discorreu com brevidade, mas
com solidez sobre as gerações deste movimento. Dos fundadores, ainda produzindo,
foi lembrado o poeta Jorge Tufic. Passaram pelo inventário do palestrante, entre
tantos, os nomes de Antístenes Pinto, Alencar e Silva, Farias de Carvalho,
Moacir Andrade, L. Ruas, Luiz Bacellar, do primeiro tempo.
Tomo a liberdade de acrescentar o nome de Djalma Passos, lembrando que
Jorge Tufic, em seu livro sobre os 30
anos do Madrugada, registra o nome deste poeta. Talvez a atividade política
de Passos, como deputado federal, o tenha afastado da cidade e dos atuantes
membros do clube.
Também foram citados os sucessores, sem a intenção de encerrar a
listagem, Zemaria Pinto, um dos incluídos, mencionou Alcides Werk, Max
Carphentier, Astrid Cabral (presente à sessão), Elson Farias, Anibal Beça, Anísio
Mello, Aldisio Filgueiras. Lembrou, em especial, o nome do vice-presidente da
Casa, Almir Diniz, que não pertenceu ao CM, mas que tem idade para ter sido um dos
fundadores, mas que não esteve no palco. Diniz justifica tal ausência pela sua
condição, à época, de repórter de O
Jornal, cujo trabalho o obrigava a “entrar pela madrugada”. Desse modo, não
teve tempo para juntar-se aos clubistas.
A sessão teve ainda a participação do músico e arranjador Maury Marques
que, com o banquinho e o violão, mostrou o arranjo que elaborou para diversas
composições poéticas. Este trabalho foi realizado em parceria com o diretor de
Eventos, que assinou os comentários sobre os poemas escolhidos. Tudo caminhava
para o lançamento do CD Lira da Madrugada,
com a mencionada obra, porém a empresa gravadora não concluiu o serviço. Ficou para uma
breve oportunidade.
O comparecimento dos membros do silogeu amazonense foi reduzido, além
dos citados (presidente e diretor de Eventos), estiveram presentes Max
Carphentier, Astrid Cabral, Marilene Corrêa e Renan Freitas Pinto. A plateia, no
entanto, correspondeu em número respeitável, tanto assim, que o Presidente,
emocionado, ao fechar a sessão manifestou sua satisfação pela presença do
grande público.
Assim, pois, até os SETENTANOS do Clube da Madrugada.
Vou estar presente! Assim espero, assim seja.
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