Este período ofereceu-me fortes motivos para minhas
postagens, mas, algumas dificuldades me impediram. Vou aqui resumir.
Na segunda (3), lembrei-me do nascimento do
filho Roberto que, lamentavelmente, tive que levá-lo para a sepultura. Perdi o
filho, e nele, um auxiliar bastante ligado às buscas pelos diversos acervos da
cidade e às publicações próprias. Deus o tenha!
* * *
Capa da Revista |
No dia seguinte (4), completei 20 anos de admissão no
IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas). Era então presidente o
comendador Junot Carlos Frederico e o orador oficial, que realizou o discurso
de recepção, Jayme Pereira.
A sede – Casa
de Bernardo Ramos – apresentava-se em péssimo estado. A deterioração tomava
conta de todas as dependências. Debaixo, pois, desse infortúnio, tomei posse na
noite desse dia. Dos integrantes da Casa, compareceram uns poucos. Na
solenidade, para agradecer à corporação que então servia, usei o uniforme da
Polícia Militar. Confesso, contudo, que estava contente, felicíssimo, pois essa
primeira aprovação premiava minhas primeiras investidas nos arquivos e as claudicantes
publicações.
Fui empossado na Cadeira 24, cujo patrono é
frei Gaspar de Madre de Deus. Sucedia ao saudoso arcebispo de Manaus, dom João
de Souza Lima que, depois de renunciar à mitra local, se retirou para Salvador
(BA), onde faleceu.
Logo me engajei com o presidente Junot Frederico,
tentando ajudá-lo de alguma forma, pois as dificuldades eram enormes. Tanto que
os membros mais políticos, ou ligados a esses, movimentavam-se em busca de
ampla reforma no prédio. Somente na gestão seguinte, de Arlindo Porto, é que o
IGHA conseguiu apoio federal e, assim, a Casa
ganhou a cara que ainda conserva.
Na virada do século, participei da presidência
do Instituto. Nessa ocasião, o IGHA tinha o prédio já recuperado, mas faltava
organizar a parte interna, como dispor o vasto e diversificado acervo. Foi
quando me empenhei ao extremo, agindo qual um mestre de obras ou coisa
equivalente. E, mediante auxilio estadual, pudemos (são tantos os integrantes
empenhados) atualizar a Casa de Bernardo
Ramos.
Ao final dessa gestão, como não conseguisse me
manter na diretoria e, depois de uma disputa pela presidência visivelmente
viciada, afastei-me pesaroso dessa agremiação cultural. Permaneci espiando de
longe e, apesar das mágoas, torcendo pelo sucesso. Que, infelizmente, não
aconteceu.
O atual presidente, Antônio Loureiro, permitiu
a minha colaboração, apesar de não integrar a atual diretoria. Assim,
participei da organização da Revista do IGHA,
datadas do 1º e 2º trimestres últimos. E, no início de 2015, já decidi volver ao
arquivo e à biblioteca da Casa para contribuir no renovamento destes.
* * *
Na quarta-feira (5), outro filho, outro
aniversário. Eduardo completou 42 anos, nascido em Fortaleza (CE), ocasião em que
eu frequentava um curso policial militar. Acertei com meus pais, então
residentes em Santos (SP), para que o nascimento ocorresse naquela cidade. No
entanto, um mês antes do previsto, o cearense nasceu.
Eduardo vive hoje em Manaus, depois de passar
por Brasília (DF) e Porto Velho (RO), com a mulher Cíntia e o filho Dudu.
* * *
No casamento de Diego |
Em 7, sexta-feira, era aniversário do Diego.
Outro filho, sim. Dessa maneira, consegui um fato excepcional: filho dia sim,
dia não. Superei a marca de meu falecido pai, que gerou três filhos no mês de
junho.
Diego casou no ano passado, tendo curtido uma brevíssima
temporada nos EUA. Agora, já estava esperando o primeiro descendente. Aliás, uma
descendente. Entusiasmado com aquele país, convenceu a mulher gestante e,
sábado (8), voltaram aos EUA para o nascimento da filha.
Confesso que fiquei surpreendido com esta
atitude, tão esquisita, mas fiquei contente por dois motivos: a disposição
deste jovem filho em planejar e, mesmo diante de entraves costumeiros, executar
esse plano tão audaz; segundo, porque vou ser avô de uma americana-amazonense
(ou uma gringa-cabocla). Sucesso, meu garoto, já dei início as
comemorações.
* * *
Enfim, no sábado (8), a Polícia Militar do
Amazonas ocasionou a formatura solene para lembrar o “retorno da tropa de
Canudos”. A solenidade ocorreu na Praça da Polícia, diante do saudoso quartel
do Comando Geral, hoje Palacete Provincial. A canícula daquela manhã não
ajudava em nada, dia extremamente quente, deve ter assustados aos convidados,
pois poucos compareceram à festa. Nenhuma palavra nos jornais locais. Nada na
imprensa falada. Dessa maneira, a efeméride importantíssima para a corporação de
Cândido Mariano manteve-se na obscuridade.
Escrevi sobre a participação da Força Estadual
em Canudos (BA), no livro Cândido Mariano
& Canudos, edição da Universidade Federal, no centenário deste
acontecimento (1997). Também por ocasião do centenário escrevi um texto para o
jornal Em Tempo, que pretendo postar.
Bandeira conduzida em Canudos |
Cabe esclarecer que, o evento que a PMAM promove
anualmente, diz respeito ao retorno da sua tropa enviada contra os
conselheiristas, adeptos de Antônio Conselheiro.
No final daquele século (1897), esse batalhão, como todos que participaram da
contenda desigual e fratricida, foram recebidos como “heróis”. É bem verdade
que, as vésperas de completar doze décadas, e atendendo ao “politicamente
incorreto”, a visão sobre essa luta inverteu os papeis dos contendores.
No entanto, os comandados do tenente-coronel Cândido
Mariano, de alguma forma, ajudaram a finalizar aquela “Guerra do fim do mundo”,
no dizer de Vargas Llosa. Nunca mais se ouviu o choro de brasileiros,
resultante de lutas entre irmãos.
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