Para recordar o coronel Wilde Azevedo Bentes,
ex-comandante da Policia
Militar do Amazonas,
reproduzo a página do jornal TRIBUNA DE
ÓBIDOS, que circulou no 2º trimestre de 2000,
editado pelo Paulo Onofre Lopes de Castro, para
saudar aquele “filho da terra”.
Como é fácil observar, mais de uma década já se
escoou e muita água passou sob a ponte Rio Negro,
de sorte que, esta transcrição, sofreu pequenos
acertos de rumo. E será apresentada em três
capítulos ou partes.
capítulos ou partes.
PERFIL
Quando
criança, queria ser padre. Após um ano e meio no Seminário, longe
de seus
parentes e amigos, ele descobriu que a sua verdadeira vocação não
era o
clero: queria ser um grande Administrador de Empresas. Voltou a
estudar
em sua cidade natal, Óbidos, para continuar os estudos e depois foi
para
Belém, em 1965, onde concluiu o científico no Colégio Paes de Carvalho,
onde
tinha como colega de classe o ex-governador Jáder Barbalho. Em
seguida
passou no vestibular - botou a vitrola pra tocar - e fez uma grande
festa,
mas a alegria durou pouco.
A
princípio ele não queria seguir a carreira das armas, mas o destino lhe
reservou
uma das mais brilhantes carreiras que um militar pode almejar
dentro
do seu staff curricular. O Exército fez prevalecer suas
normas
constitucionais,
em honra à pátria. Assim, mesmo contra sua vontade foi
prestar
o serviço militar obrigatório. Fez curso de Guerra na Selva, comeu
tapuru
de coco, cobra assada na brasa, papagaio cozido no cantil e tomou
muito
leite de amapá (látex medicinal, extraído de uma árvore da região,
aplicado
no tratamento de asma e afecções pulmonares),
para matar a fome
em
plena selva amazônica. "Foi uma das experiências mais marcantes da
minha
carreira, apesar de inusitada", relembra o protagonista desse
episódio.
No
Exército, em Belém, foi aspirante a oficial e tenente. Na sua carreira
militar
fez inúmeros cursos de especialização, tanto no Exército quanto na
Polícia
Militar, dentre os principais, destacam-se o Curso de Minas,
Explosivos
e Destruições, no Exército, no Rio de Janeiro; o Curso de
Aperfeiçoamento
de Oficiais, em Recife, e o Curso Superior de Polícia, em
Fortaleza.
Em
Manaus, foi comandante do Esquadrão de Cavalaria da Polícia Militar e,
em homenagem
à cidade onde nasceu, Óbidos, deu o nome do 1º Pavilhão
daquela
unidade de Pauxi; comandante da Polícia Militar; chefe do
Estado-Maior
da Polícia Militar e secretário de Estado no governo de
Amazonino
Mendes.
Hoje o ex-seminarista, e ex-futuro-administrador, é o ex-coronel (sic) PM
Wilde
de Azevedo Bentes que se aposentou com 33 anos de serviços
Prestados
e, aos 53 anos de idade, está se preparando para ser médico
geriatra.
Sua
esposa, dona Anagrace Marques Bentes é amazonense - filha de um
fazendeiro
do Paraná de Dona Rosa, seu Marques Paraguaio -, mas morou
dez
anos em Óbidos, onde estudava como interna no Colégio São José,
praticamente
atrás da casa do então estudante Wilde Bentes; aquele que
seria
seu futuro esposo, mas só se conheceram em Manaus, na Praça da
Saudade.
Assim quis o destino. Do casamento, que aconteceu em 1969,
nasceram
três filhos: Márcia Angélica, 29 anos; Ana Cristina, 26 e
Eduardo
23. (segue)
Nenhum comentário:
Postar um comentário