Padre Nonato Pinheiro, em A Notícia, 1975 |
Quatro lembranças afluem
nesta publicação: o matutino O Jornal que, então predominava na imprensa
amazonense, hoje desaparecido; o padre Nonato Pinheiro, presente com seus
escritos nas páginas do periódico da família Archer Pinto; o aniversário do
deputado Roberto Jansen, jornalista de respeito, que desapareceu pelo caminhos
de Brasília; e, por fim, a homenagem aos
15 anos de Maria das Graças, filha de Osmar Pedrosa.
Apenas não se tem notícia do
falecimento desta debutante, os demais já passaram à eternidade.
Aproveito para
anunciar que uma equipe de abnegados trabalha no espólio literário do saudoso
acadêmico padre Nonato Pinheiro. A intenção é republicar esse material, a
partir do próximo ano, quando este sacerdote completa 20 anos de
falecimento.
Dois poemas desse legado são
aqui expostos. Curiosamente, ambos completam 50 anos; aquele que saúda o aniversário
do deputado ocorreu ontem. O da princesa rosa, amanhã.
Aniversário
O Jornal, 15/12/1963
Para o amigo deputado Roberto Jansen,
pela passagem do seu aniversário
O dia em que nascemos é
festivo,
E ao voltar cada ano o
celebramos,
Inda que a vida traga
desenganos
E duras provações, sem
lenitivo...
E quantas vezes fico
pensativo,
A contemplar o decorrer
dos anos,
Na maioria autênticos
tiranos,
Com seu jugo fatal e
imperativo...
Quem não tem sua cruz e
seu Calvário,
Contando as horas cheias
de amargura
No relógio de um triste
campanário?!
E apesar disso a ingênua
criatura
Inda festeja o seu
aniversário,
Que é mais um passo para
a sepultura!...
O botão de rosa
O Jornal, 17/12/1963
Comemorando os quinze anos de
Maria das Graças de Assunção Pedrosa
Após risonha e leda
meninice,
Quinze anos de existência
hás alcançado.
Conservando esse raro
predicado
De ser mulher sem nímia
faceirice.
Na graça da ternura e da meiguice
Manténs o coração alcandorado,
E sei que guardarás como
legado
As virtudes cristãs de
Dona Eunice!
Que os céus te mandem
bênçãos, ó Maria,
Para seres no mundo
venturosa,
Nobre na dor e sóbria na
alegria!
De ouro se banha o lar de
Osmar Pedrosa,
Porque na luz de tão
festivo dia
Um mimoso botão tornou-se rosa!...
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