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domingo, fevereiro 13, 2011

CORPO DE BOMBEIROS DE MANAUS (III)

Mais um incêndio esquentava a estatística de outubro de 1948. Aconteceu na Serraria Rodolfo, situada à rua Wilkens de Matos, em Aparecida, (O Jornal, 22 out. 1948). A situação dos bombeiros era precaríssima, pois, sequer o local dos hidrantes, das “bocas de incêndio”, os soldados do fogo conheciam. Os empregados da serraria tiveram um papel preponderante no combate ao incêndio, “muito embora, estivessem presentes os soldados do fogo”. Conhecedores dos equipamentos da serraria souberam aproveitar o motor de sucção e racionar a água disponível.

Acionados, os soldados do fogo chegaram ao local sinistrado “providos de todo o seu material”. As mangueiras, todavia, não serviram porque o “líquido precioso faltou na hora H”. O diretor dos Serviços de Águas e Esgotos do Estado, Dr. Antonio Oliveira, esteve à frente da manobra para equacionar a deficiência. Conseguiu em cerca de 30 minutos, quando bombeiros e elementos do 27º BC controlaram a situação.

Em maio de 1949, o capitão EB Marcio de Menezes assumiu o comando da PMAM, a quem cabia o serviço de combate ao fogo. Por isso, sabendo das dificuldades da corporação, em setembro prestou esclarecimentos a imprensa.

O Jornal. Manaus, 11 set. 1949
Elencou uma série de providencias, a fim de dotar a cidade de um sistema de bombeiros adequado. Acreditava no entendimento com as companhias de seguro, idéia que vinha da província. Sem resultado.

Outra necessidade era a adoção de curso para oficiais e sargentos, e que alguns pudessem frequentar curso no Sul do País. Para isso, os primeiros elementos viajaram em 1953.
Levantamento total das “bocas de incêndio”, esperando obter com isso o indispensável apoio ao trabalho dos bombeiros. Esquecia o comandante da precariedade da energia elétrica e, em consequência, de água.
Montar uma escola de bombeiro voluntário. O plano era salutar, pois consistia em preparar bombeiros em casa comercial e outros estabelecimentos. Muito tempo depois, as indústrias possuem as brigadas de incêndio. Restauração do material existente. Outro plano simples, mas o governo não possuía recursos.


Ao que tudo indica, o comandante Marcio de Menezes nada conseguiu. Deixou o comando da PMAM no ano seguinte. Quando coronel, voltou a Manaus para comandar o 27º BC. Depois, em 1958, candidatou-se ao governo do Estado. Nada.


Favor anotar este número: 1390. Era o fone de atendimento dos bombeiros. Local: Quartel da Polícia Militar, situado na Praça da Polícia. Em 17 de dezembro de 1949, o 1.º tenente PM Jorge Fernandes de Lima assumiu o comando da Companhia de Bombeiros.

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