Cartão Postal da Cidade Flutuante |
As pontes estavam ladeadas por casas flutuantes construídas sobre bóias também, em sua maioria residências, mas existiam casas comerciais: fornecedores de viveres, materiais de pesca e outros artefatos para os ribeirinhos; ainda se encontravam restaurantes, bares, botecos, bazares etc.
Entre tais casas comerciais, gostaria de enfatizar o "Flor de Abacate"... um lupanar estabelecido logo no inicio da ponte do Arueira, oferecendo bebidas, músicas, danças e mulheres livres para dos clientes; era tudo muito bacana, somente que... vez por outra as duplas do "Cosme Damião" (policiais da Policia Militar patrulhando as ruas) desciam até o logradouro para apaziguar os ânimos, e as vezes prender os mais exaltados.
Postal da Cidade Flutuante |
O primeiro governo revolucionário de 1964 idealizou "limpar" a frente da Cidade, promovendo assim a retirada dos moradores e demolição das casas, oferecendo como local de nova moradia, terras recém desmatadas onde hoje, mais ou menos, se situam os bairros do Alvorada 1 e 2. Desapareceu dessa maneira a Cidade Flutuante, que eu conheci.
* Herbert Ribeiro (professor aposentado, estudioso da vida manauense, conhecedor dos bondes de Manaus, sua próxima colaboração)
Visão da Cidade Flutuante. A Crítica, agosto 1980 |
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