Vou ilustrar a postagem com a fotografia da imagem de Santo Antonio, erigida no barranco da cidade de Borba (AM), cuja construção foi processada pelo artista Marius Bell, que a tem como sua maior obra. Todavia, o texto pertence a meu irmão - Renato Mendonça, saudando o Santo do dia e o santo de casa. Somos três irmãos: Roberto, Antonio e Renato.
BOLO
DE SANTO ANTÔNIO
13.06.2024
Estive hoje pela manhã na Igreja da Porciúncula, em Niterói. Não sabia que a festa na rua ao lado estava repleta de pessoas. Muita gente querendo comprar coisas para degustar, entre eles o famoso Bolo de Santo Antônio. Uma fila enorme para comprar nas diversas barracas postadas ao longo da rua. Nem fui até o final, não me atrevi a me acotovelar com tanta gente, ou faltou-me um pouco mais de perseverança mesmo. Aproveitei a ocasião e, na volta para casa pelo caminho do Campo de São Bento, a minha consciência começou a fazer suas reflexões e me interpelar por um juízo de realidade sobre o que eu tinha observado naquele curto momento, baseado nos conceitos subjetivos que se têm hoje da religião, sem caminhar pelo preconceito, pela discriminação ou julgamento precipitado.
Embora
não tenha conseguido comprar nada, particularmente fiquei feliz por saber que
ainda temos tantos católicos neste lado sul do Brasil. O que me deixava
intrigado, sem saber exatamente como isso aconteceu, é como as igrejas
evangélicas, ditas neopentecostais, conseguiram cooptar tanta gente humilde de
boa-fé, e alguns de má fé. O que se viu, nos últimos anos, é uma politização em
torno das religiões evangélicas. E isso acarreou entre os fiéis um sentimento
pouco espelhado na solidariedade humana. A primeira coisa que me ocorre pensar,
é como essas pessoas execram a figura de Maria, mãe de Jesus. Nem se importam
que Nossa Senhora é, antes de tudo, uma figura simbólica de todas as mães deste
planeta. É o símbolo da vida, é o símbolo do afeto, do aconchego, da
amamentação, do zelo — é o símbolo do Amor.
Dia
desses, quando eu estava na frente de um hospital aqui no Rio, esperando o
momento de visitar a um amigo de nome Antônio, uma dupla de mulheres se
aproximou de mim com um folhetim da Igreja Batista, e me entregou. Quando lhes
disse o porquê da minha presença ali, elas falaram num discurso vazio e
protocolar, que só Deus conseguiria a salvação. Concordei, mas acrescentei que
eu estava também esperançoso e com fé no seu filho Jesus, que realizou muitos
milagres e curou muita gente. Observei que elas ficaram incrédulas sobre essa
minha referência. E eu, evitando polemizar o assunto, disse-lhes que está tudo
no Novo Testamento, e que isso é uma questão de fé, qualquer que seja o credo
tutelado pela Bíblia. E foi só, elas me abandonaram com as minhas orações sendo
rezadas silenciosamente.
Renato, Roberto e Antonio, 2007 |
Todavia,
outro fator de júbilo nesse dia 13 de junho é o aniversário de meu irmão
Henrique Antônio. É pena que só posso abraçá-lo virtualmente. Ele está
na terra natal do padroeiro, e me ocorre pensar positivamente que está com boa
saúde. Isso já me conforta, me basta. Sempre isso: que ele seja feliz e goze de
boa saúde, até quando Deus quiser. Mas, é sempre bom ter fé que Jesus Cristo,
com seu poder divinal, também possa volver seu olhar misericordioso e suas mãos
santas para lhe abençoar nesse dia. E que ele possa simbolicamente saborear a
cada dia uma fatia generosa e vital do bolo de Santo Antônio, servido pelo
Senhor. Parabéns!
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