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domingo, março 14, 2021

NUNO CARDOSO: FUNDADOR DOS BOMBEIROS EM MANAUS (2)

Com esta folha, concluo o documento expedido pelo Arquivo Central da Marinha sobre Nuno Cardoso (1816-81), autor da Portaria que criou em Manaus o Serviço de Extinção de Incêndios, em 1876. Lembrando a evolução da corporação que, em nossos dias, atende como Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM).

Para mais subsídios sobre este Corpo, veja meu livro: Bombeiros do Amazonas: retrospectiva - 1876-1998 (Manaus: Travessia, 2013).

 


NUNO ALVES PEREIRA DE MELO CARDOSO (Parte 2)

Por decreto de 2 de dezembro de 1854 foi nomeado Cavaleiro da Ordem de Cristo, em remuneração de serviços militares. Por Aviso de 30 de janeiro de 1855, foi-lhe concedida a licença que pediu para se empregar na Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas.

Foi promovido ao posto de CAPITÃO-TENENTE, por decreto de 2 de dezembro de 1856. Por Aviso de 17 de abril de 1860 se lhe permitiu tomar assento na Assembleia Legislativa da província do Amazonas.

Em dezoito de outubro de 1862 apresentou Certidão legal de batismo de sua filha natural Maria, tida com Clementina Maria de Nazareth; no verso desta certidão, que reza ter tido lugar o batizado na Igreja de Santana da Campina, em Belém, aos 18 de setembro de 1853, acha-se uma declaração deste oficial, de ter nascido esta menina a 28 de abril de 1853, e sido por ele perfilhada com o nome de Maria Clementina de Melo Cardoso: translado da justificação que fez perante a Câmara Eclesiástica da Cidade de Manaus, em 2 de junho de 1862, de ter nascido a 7 de outubro de 1858 seu filho natural Nuno; e o de perfilhação que fez em 12 de abril de 1861 dois seus filhos acima mencionados: Maria Clementina de Melo Cardoso, tida com Clementina Maria de Nazareth, e Nuno Alves Pereira Cardoso, tido com Raimunda Maria Bagata; e finalmente, certidão de casamento com Dona Maria Leopoldina Nery da Fonseca, celebrado em Manaus a 10 de agosto de 1861. Apresentou certidão legal de batismo de sua filha Mariana, nascida a 16 de dezembro de 1862.

Na forma do determinado em Aviso de 11 de outubro de 1866, foi chamado ao serviço da Armada a 13 do mesmo mês.

CAPITÃO DE FRAGATA. Por antiguidade. Por decreto de 21 de janeiro de 1867, apresentou-se nesta Corte a 20 de julho de 1870, requerendo sua reforma em 25 do mesmo mês e ano, e sido inspecionado a 27 do mesmo mês, foi julgado incapaz de todo serviço por sofrer de hiperemia crônica do fígado e catarro bronquite crônico.

Por comunicação da Secretaria da Marinha de 10 de setembro do mesmo ano constou que, por decreto de 3 de setembro dito fora reformado no posto de Capitão de Mar e Guerra, nos termos do artigo 4º, parágrafo 1º, da Lei de 16 de dezembro de 1790. Por Portaria de 13 de setembro lhe foi permitido residir na província do Amazonas. Apresentou sua patente de reformado, mostrando ter pago os respectivos direitos.

Apresentou a certidão de batismo de seu filho João, nascido a 16 de junho de 1868, na cidade de Manaus e batizado na mesma paróquia aos 30 de novembro do mesmo ano.

Em 5 de agosto de 1871 apresentou certidão de batismo de sua filha legítima Hortência, nascida em 26 de outubro de 1870, batizada em 6 de maio de 1871 na freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Manaus. Apresentou certidão legal de batismo de seu filho Antonio, nascido em 13 de maio de 1867 e batizado na Igreja dos Remédios em Manaus, em 26 de setembro do mesmo ano.

Faleceu em 28 de agosto de 1881, (aos 75 anos) na província do Amazonas, segundo participou o comandante da Flotilha da mesma província.



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