Doroteia Mendoza |
Há algum tempo venho percebendo o emprego de “boadrastra”,
em substituição ao termo madrasta. Quem
o emprega, certamente, deseja ressaltar a grata presença e o tratamento auferido
da nova companheira paterna. Envolvido por este sentimento, lembro aqui a minha
“boa”, ainda que nessa data, a de seu falecimento, ocorrido em 1992.
Assim, simplesmente Dona, a tratávamos. Dona Dora chegou em casa ao casar-se com seu
Manuel Mendoza, viúvo de dona Francisca (minha mãe). Era 20 anos mais nova que
meu pai, razão pela qual entendia que ela faria o sepultamento do velho. Bem que
cuidou com devotamento do marido e os filhos deste, daí meu ininterrupto entusiasmo
por ela.
Porém, não teve sorte com a saúde, o câncer a matou
apesar de nossos cuidados, deixando o velho novamente viúvo. Este somente
faleceu há quatro anos, com 98 anos.
Desfrutei esse privilégio.
De jeito que estou de acordo
com a nova ortografia para indicar a “boa” (ou excelente) substituta de nossa
mãe. Até a eternidade, Dona!
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