CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, junho 02, 2018

DONA DORA (1936-1992)

Doroteia Mendoza

Há algum tempo venho percebendo o emprego de “boadrastra”, em substituição ao termo madrasta.  Quem o emprega, certamente, deseja ressaltar a grata presença e o tratamento auferido da nova companheira paterna. Envolvido por este sentimento, lembro aqui a minha “boa”, ainda que nessa data, a de seu falecimento, ocorrido em 1992.  

Assim, simplesmente Dona, a tratávamos. Dona Dora chegou em casa ao casar-se com seu Manuel Mendoza, viúvo de dona Francisca (minha mãe). Era 20 anos mais nova que meu pai, razão pela qual entendia que ela faria o sepultamento do velho. Bem que cuidou com devotamento do marido e os filhos deste, daí meu ininterrupto entusiasmo por ela.

Porém, não teve sorte com a saúde, o câncer a matou apesar de nossos cuidados, deixando o velho novamente viúvo. Este somente faleceu há quatro anos, com 98 anos.

Desfrutei esse privilégio. 
De jeito que estou de acordo com a nova ortografia para indicar a “boa” (ou excelente) substituta de nossa mãe. Até a eternidade, Dona!

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