Certidão de Casamento de Vicente e Adelaide Lima |
Presumo que Vicente Lima (meu avô) tenha viajado em
companhia da família no vapor Cabral,
que aportou em Manaus no início de abril de 1889. Esse transporte foi providência
do governo imperial, buscando desafogar os retirantes nordestinos abatidos pela
longa estiagem daquela década. Nessa leva, desembarcaram aqui 841 imigrantes,
recolhidos em Santana do Acaraú e Camocim, cidades cearenses. Se essa hipótese
se confirmar, Vicente teria 16 anos de idade.
Vale lembrar que essa leva de retirantes foi enviada
ao governo do Amazonas, que se encontrava atribulado para instalar duas
colônias na área, no Cambixe (Treze de Maio) e no lago do Janauacá (Santa
Maria), para a exploração da agricultura. Portanto, é concebível, e há comprovação, que larga ajuda foi
disponibilizada pelo governo.
Outras incertezas em sua biografia dizem respeito
ao grau de instrução e o primeiro casamento. Do quanto relembram os mais velhos
e expõem os ralos documentos existentes, é que sabia ler e escrever, como
atesta o escrivão do Cartório.
O primeiro enlace ocorreu com Maria de tal, que já
possuía duas filhas (ainda não identificadas), com a qual Vicente teve as
filhas Maximina e Joaquina (que se tornou esposa de Vicente Eloy). Com a morte
de Maria, veio o casamento do viúvo com Adelaide Vieira, de cujo consórcio
provém a linhagem Pereira Lima ou, mais singelo, os Lima do Anveres.
Outro recorte da Certidão de Casamento de Vicente e Adelaide Lima |
Essa novela com seus efeitos sucedeu na primeira
década do século XX, pois, em 22 de novembro de 1911, Vicente Pereira e
Adelaide Vieira (de 25 anos, solteira, filha de Miguel Vieira da Cunha e Maria
Francisca Mendes), decidiram “casar-se um com o outro”, conforme termo da
certidão passada no Careiro, então distrito de Manaus. Na certidão expedida
consta que o casal já possuía a filha recém-nascida Raimunda (1911). Com o
tempo, nasceram Sebastião (1913); Maria (1914); Manuel (1915); Francisca (1917)
e José Galdino (1923). Consta um nascituro (Alcides) e um adotivo, Fernando
(1922), certificado com o sobrenome da família.
No Lago do Anveres, o casal residia na sítio Fortaleza, adquirido ao Estado, cujo processo
demarcatório consta em Diário Oficial de 1915.
Sou um Anveres também
ResponderExcluirSou da família Anveres e gostaria de conhecer mais a fundo a origem dos meus familiares
ResponderExcluirSou um Anveres !
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