Compartilho o texto abaixo do dr. Antonio Loureiro,
presidente do IGHA (Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas) que, para
relembrar esta efeméride, o publicou em sua página social.
5 DE SETEMBRO DE 1850
A anexação da esquecida Capitania do Rio Negro ao Brasil
deu-se, somente em novembro de 1823, quando tomou posse a primeira Junta Provincial, que foi sendo prorrogada até 1825,
quando por ordem do Governo Imperial de D. Pedro I, foi extinta e a região
anexada ao Grão-Pará, passando toda a Amazônia a ser uma Província única,
correspondendo quase à metade do Brasil.
As solicitações do Alto Amazonas
jamais foram ouvidas em todo Primeiro Reinado, até o desencadeamento da
Rebelião de 1832, quando a população de Manaus criou a efêmera Província do Rio
Negro, derrotada por uma força militar, mandada pelo Império.
Passaram-se mais 18 anos de
subordinação indevida ao Grão-Pará, até que a Assembleia Nacional Legislativa,
através de Lei apresentada pelo deputado paraense João Batista de Figueiredo
Tenreiro Aranha, cuja origem familiar estava na vila de Barcelos, reconhecesse
e criasse a nova Província.
Isto ocorreu no dia 5 de Setembro de
1850, a data que hoje comemoramos, o reconhecimento da Província do Amazonas, esbulhado
desde 1823.
Esta libertação do domínio político
paraense, transformou-se no controle econômico da região, pela exclusividade do
transporte fluvial a vapor concedida, no dia seguinte, 6 de setembro, à
Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas, pertencente ao barão de Mauá.
Antonio Loureiro
Presidente do
IGHA
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