Ten-cel Neper Alencar, O Jornal, 1964 |
Neper da Silveira Alencar, falecido coronel da Polícia Militar do Amazonas, nasceu em Manaus a 6 de junho de 1918 e aqui morreu em 7 de março de 1993, estando sepultado no cemitério São João Batista.
De cor branca, cabelos e olhos pretos, media 1,67m, mas devido sua estrutura física parecia ter mais altura. Neper era o terceiro filho do professor Abílio de Barros Alencar (já tratado em postagem anterior), “cuja inclinação era pelo magistério, ensinando matemática”, e de Judith da Silveira Alencar.
Ao tempo do serviço militar, o professor Abílio enviou o filho a Belém (PA), a fim de que este frequentasse o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), gerido pelo Exército. Ao final de 1940, Neper concluiu o curso de infantaria. Sem prestar o estágio regulamentar, logo regressa a Manaus, e conquista uma vaga na Polícia Militar do Estado, então comandada pelo tenente-coronel PM José Rodrigues Pessoa.
É necessário esclarecer que, então, o ingresso de oficial na Força Policial dependia exclusivamente de vaga; porém, para acolher ao tenente Neper, o interventor federal baixou o decreto-lei nº 581, de 2 de junho de 1941, que, modificando artigos do Regulamento Interno, permitiu a inclusão deste oficial. A 30 de junho, este ingressou na PM, no posto de 2º tenente.
Ten-cel José Rodrigues Pessoa |
No final de 1954 acontece eleição governamental, elegendo o trabalhista Plínio Coelho, que vence ao “cacique” Álvaro Maia e a velha oligarquia amazonense. Quando o eleito assume, em 31 de janeiro seguinte, encontra no comando interino da corporação ao elegante tenente-coronel Neper Alencar.
Aqui cabe uma digressão: o Amazonas vivia momentos angustiantes, de igual maneira a Força Policial. Plínio Ramos Coelho afirma isso em sua mensagem de posse, e, tratando da desta força, informa que a encontrou falida sob o comando estoico do coronel Neper Alencar. Como o Estado, toda a Força necessitava de reparos, de reorganização geral. Basta relembrar que sequer fardamento o pessoal possuía. Os vencimentos há meses havia "desertado".
Manaus, centro histórico, anos 1940 |
Nessa condição permanece pelos cinco anos seguintes. Nos meses de janeiro de fevereiro de 1960, o governador Gilberto Mestrinho nomeia o patrono da Academia chefe da Casa Militar, então denominada de Gabinete Militar. Substituído nesta função, tenente-coronel Neper volta a assumir o subcomando da Polícia Militar do Estado. (segue)
Agradeço a homenagem ao cel Neper da Silveira Alencar que nos foi postada. Quando soube dessa postagem fiquei emocionado e com muita saudade do meu querido avô. Tive oportunidade também de aprender sobre sua história.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa de resgatar nossa história.
Luiz Cláudio Alencar da Silva
Neto do saudoso Neper Alencar
sai dai mentiroso do carai
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