Capa do Caso Delmo Pereira |
Durango Duarte é o autor. O mesmo que produziu Manaus: entre o passado e o presente, em trabalho gráfico de qualidade, destacando os pontos históricos e alguns turísticos da capital amazonense. As fotos, atualizados pelo processo photoshopiano, bem demonstram a evolução da cidade. É lamentável que, em nossos dias, a gestão municipal não tenha correspondido, contribuindo para o descaso da cidade outrora “sorriso”.
Duarte voltou a empregar a mesma técnica em Caso Delmo Pereira: o crime mais famoso de Manaus (editado pela Mídia Ponto Comm, 376p, R$ 79,90), cujo lançamento ocorreu no início do mês. O livro, inegavelmente, possui qualidade gráfica e editorial impressionante. Nesse aspecto, a publicação tem nosso louvor.
No entanto, quanto ao texto, sim, não há texto. Somente a Introdução, no mais vê-se aquele exercício primário do control cê e vê. As páginas estão preenchidas pelos jornais da empresa Archer Pinto – O Jornal e Diário da Tarde, copiados de cabo a rabo. Nem sequer o autor teve a delicadeza de citar os demais periódicos de Manaus: Jornal do Commercio; A Crítica; A Gazeta; A Tarde.
A despeito da bela apresentação, tanto do papel quanto da reprodução, nada mais se encontra nas páginas do Caso Delmo. Quanto desperdício de tempo e recursos, em razão de que se esperava uma releitura do delito “mais famoso de Manaus”.
Em resumo: ainda há um sobrevivente dos suspeitos encarcerados, no caso o empresário Cirilo “Batará” Anunciação, outros devem existir. Pensei encontrá-los ou aos seus descendentes nas páginas. Afinal, a leitura dos jornais e do texto do processo torna-se repetitiva e enfadonha, revelando pouquíssima percepção aos nascidos hoje.
Caso Delmo Pereira, contracapa |
Enfim, estimada Sandra, não aconselho você a adquirir o Caso Delmo; é preferível sacar da poupança mais uns trocados, exatos R$ 120,00, para adquirir o Manaus: entre o passado e o presente, nas livrarias Valer ou Saraiva.
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