2001 – Morre em Manaus, vítima de câncer, doutor Plínio Ramos Coelho, ex-governador do Estado em duas ocasiões (1955-59 e 63-64), quando foi cassado pelo Regime Militar. Mesmo anistiado, não mais disputou cargo político. Apenas colaborou com seu “afilhado” Gilberto Mestrinho, quando este disputou o governo do Amazonas em 1982.
Na única entrevista que realizei com o ex-governador, ocasião em que escrevia sobre a história da Polícia Militar, não tive boa acolhida. Compreendi depois que falar sobre aquela corporação implicava em lembrar o Regime Militar, que havia usurpado, cassado seu mandato. Deixou-me a convicção de que nunca esquecera o trauma.
Por decisão pessoal, seu corpo seguiu para a cidade de São Paulo onde foi cremado, e suas cinzas devem ter adubado frondosa árvore no sítio da família.
São passados dez anos que desapareceu o Ganso do Capitólio, como era generosamente conhecido pelos amigos.
Governador Plínio Coelho, em A Crítica, Manaus, out. 1956 |
O autor, o saudoso João Miranda, que depois assinava apenas o sobrenome, foi chargista por longa, e bote longa, temporada do jornal A Crítica.
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